"O Clube sou eu"
Podia ser este o titulo do seu livro. Aquele que podia ser a fonte histórica do seu legado, contado na primeira pessoa, não será mais do que um "eu sou carolina", com paginas de lavagem de roupa suja, onde só ele sai imaculado. Triste fim para alguém que nos deu o mundo. Literalmente. Por duas vezes.
Desde o dia 13 de Novembro do ano passado que PdC perdeu todo o respeito que tinha pelos sócios e eu o que tinha por ele. Se havia ainda alguma réstia de admiração, essa caiu com a entrevista que deu à Sic Noticias uns dias depois.
Ouvi 5 minutos (quando sempre o ouvia quando falava) e desisti. Não aguentava mais mentiras, areia para os olhos e que me tratassem como burro.
Ele não era o meu ídolo. Era o presidente do meu clube, onde jogaram os meus ídolos.
Desde aí nunca mais lhe prestei atenção. Não vi o Doc na prime, não ouvi as entrevistas, não o ouvi na campanha. Não vou ler o livro. Tem tata importância como o da ex mulher dele. Vou vendo citações que saem na net, como quem vê um acidente na autoestrada. Impossível não olhar. Mas depois arrependemo-nos sempre.
Este não é o meu Presidente, o que eu vi levantar a taça em Viena, o que chorou em Pedras Rubras com a taça na mão. O que abracei em Oeiras, na festa da delegação de Lisboa e tirei fotografia com ele e com a réplica da orelhuda e que guardei durante anos e anos com estima e admiração.
Este é uma pessoa que perdeu o Norte (que tanto quis defender) e que se tornou num mitómano, para se defender quando necessário. Trocou os valores que defendia no inicio da sua presidência por outros valores mais transacionáveis.
A história fará o seu julgamento. Terá sempre um lugar de destaque (talvez o maior) no nosso clube, caso ele sobreviva a esta crise económica / financeira. Mas o seu legado ficará manchado para quem conviveu com este descalabro.
Que deixe o clube em paz.
PORTO!!!!