Carlos Pereira, Rui Sá e Rui Nóbrega, dirigentes do Marítimo, foram constituídos arguidos por alegada fraude fiscal ao IRS e à Segurança Social. Em causa, segundo o despacho emitido pelo Departamento Criminal de Investigação e Acção Penal (DCIAP), estão alegados pagamentos a mais de 80 jogadores e treinadores através de uma empresa "offshore", situada nas Ilhas Caimão, que terão lesado o Estado numa verba superior a seis milhões de euros.
Em suma, o DCIAP considera que o Marítimo pagava aos seus profissionais através de dois contratos distintos. Um que declarava às Finanças e outro cujo montante não era dado a conhecer à administração tributária. O presidente Carlos Pereira desmente. "Os direitos de imagem estão consagrados nos contratos coletivos de trabalho", reconheceu ontem, mas sem referir quando e como são tributados. Para mais, vinca que esta "não é uma situação virgem, nem no Marítimo, nem no futebol nacional ou internacional", recordando que "num passado bem recente, outra instituição foi illibada". Já os processos contra jogadores e treinadores foram arquivados por desconhecimento de eventuais crimes fiscais praticados pela entidade empregadora, neste caso o Marítimo. Uma medida que deixou Carlos Pereira satisfeito. Contudo, o Marítimo já fez saber que vai recorrer desta deliberação e de todas as outras que a SAD discorde.
Noutro contexto, o líder do emblema madeirense abordou a difícil situação que vive a Liga, considerando ter alguma culpa no atual impasse. "Lamento muito o momento. Errar é humano e o importante é trabalhar para resolver a situação. Temos de acabar com este impasse para os clubes voltarem a ter recursos da Liga", finalizou o presidente do Marítimo.
Fonte O jogo