Política Nacional

bluemonday

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4 Maio 2024
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  • Reinaldo Teles
  • José Maria Pedroto
Parece que há pessoal aqui que ontem ficou chateado com a libertação de mais 4 reféns israelitas das mãos dos palestinianos após mais uma operação militar bem sucedida.

É preciso muita sapiência para vir falar em genocídio de um povo cuja população até tem crescido nos últimos anos lol. Mas nada que admire, vindo de quem vem.

Em relação às eleições europeias, crescimento da extrema direita espectável atendendo às políticas de merda inseridas no espectro oposto, que têm sido implementadas em quase todo o continente nos últimos anos.
A minha questão com o tocante do genocídio é a seguinte: um genocídio rege-se por ser voluntário.

Ora, o que Israel está a fazer não me parece voluntário: é claramente desumano, mas afigura-se-me mais um "não olhar aos meios para atingir os fins" e um ponto de indiferença, do que propriamente uma atuação deliberada.

De todo modo, Israel foi longe de mais, está a praticar monstruosidades e deviam existir consequências. Agora, genocídio? Não me parece...
 

Almadedragao

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16 Julho 2018
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  • Reinaldo Teles
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A minha questão com o tocante do genocídio é a seguinte: um genocídio rege-se por ser voluntário.

Ora, o que Israel está a fazer não me parece voluntário: é claramente desumano, mas afigura-se-me mais um "não olhar aos meios para atingir os fins" e um ponto de indiferença, do que propriamente uma atuação deliberada.

De todo modo, Israel foi longe de mais, está a praticar monstruosidades e deviam existir consequências. Agora, genocídio? Não me parece...
Depois de ver o que aconteceu a 7 de outubro com o povo palestiniano na rua a festejar aquele evento, fico sem pena nenhuma deles.

Ainda estes últimos 4 reféns foram resgatados de casas de civis...

Querem libertar a Palestina? Comecem com o hamaz. Tudo o resto é propaganda contra o ocidente e anti semita.
 
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Raba

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13 Junho 2013
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Não, não votam da mesma forma. Basta ver a votação da IL, que roubou votos à AD, graças à força do candidato - inclusive, um deles foi o meu.

O povo português vota por clubismo ou por gostar da carinha dos candidatos.

A Temido, mesmo sendo a pior ministra da saúde de que tenho memória e uma política terrível, tem uma simpatia falsa que atrai os mais néscios. O PS garantiria 28% dos votos independentemente de tudo.

O Bugalho, embora ligeiramente mais competente, é um arrogante de primeira e um beto elitista, além de não possuir o fator reconhecimento que a Temido tem.

Se compararmos com outro arrogante, como o Cavaco, que é só o político mais bem-sucedido em Portugal, existem diferenças:

- O Cavaco era inequivocamente muito mais competente.

- O Cavaco impunha autoridade que o Bugalho não tem.

- O Cavaco não era beto, nem elitista, sendo uma das duas pessoas (a outra é o Ramalho Eanes) de origens humildes, que ocupou pelo menos um dos dois cargos mais importantes.
Também votei IL, o Cotrim era claramente o melhor candidato de todos.
 

Cheue

‎ ‎ ‎ ‎
12 Maio 2016
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Querem libertar a Palestina? Comecem com o hamaz. Tudo o resto é propaganda contra o ocidente e anti semita.
o mundo é tão simples...
até num conflito super complexo e em que há um odio mutuo brutal se consegue reduzir a isso...
 

sirmister

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21 Março 2008
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  • Março/22
  • Abril/19
Não, não votam da mesma forma. Basta ver a votação da IL, que roubou votos à AD, graças à força do candidato - inclusive, um deles foi o meu.

O povo português vota por clubismo ou por gostar da carinha dos candidatos.

A Temido, mesmo sendo a pior ministra da saúde de que tenho memória e uma política terrível, tem uma simpatia falsa que atrai os mais néscios. O PS garantiria 28% dos votos independentemente de tudo.

O Bugalho, embora ligeiramente mais competente, é um arrogante de primeira e um beto elitista, além de não possuir o fator reconhecimento que a Temido tem.

Se compararmos com outro arrogante, como o Cavaco, que é só o político mais bem-sucedido em Portugal, existem diferenças:

- O Cavaco era inequivocamente muito mais competente.

- O Cavaco impunha autoridade que o Bugalho não tem.

- O Cavaco não era beto, nem elitista, sendo uma das duas pessoas (a outra é o Ramalho Eanes) de origens humildes, que ocupou pelo menos um dos dois cargos mais importantes.
É capaz de ter roubado mais ao chega diria.

Acho que a unica semelhança entre o Bugalho e o cavaco é que parece os dois muito velhos. Porque de resto nada a ver o Cavaco, o Cavaco era um estudioso com varia obra publicada que se tornou politico, o Bugalho é só um comentador que se torna politico e é tipo uma celebridade do big brother, é famoso por ser famoso não tem nada que sustente.
 

bluemonday

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4 Maio 2024
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É capaz de ter roubado mais ao chega diria.

Acho que a unica semelhança entre o Bugalho e o cavaco é que parece os dois muito velhos. Porque de resto nada a ver o Cavaco, o Cavaco era um estudioso com varia obra publicada que se tornou politico, o Bugalho é só um comentador que se torna politico e é tipo uma celebridade do big brother, é famoso por ser famoso não tem nada que sustente.
E a pressuposta arrogância do Cavaco surgiu quer da sua timidez (falsamente compreendida como arrogância), quer do gozo constante que a elite lisboeta (a que o Bugalho pertence) lhe dava por ser um rapazinho de Boliqueime, dentro (Balsemão, Marcelo, etc.) e fora (Soares, Portas, Louçã) do PSD, tornando-se assim uma persona non grata.

Além disso, por muito que bastantes pessoas queiram do fazer do Cavaco um conservador, ele nunca o foi. Não era nenhum progressista, mas bem longe de um conservador (esses que tanto o criticavam, ademais).
 

d4rc92

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18 Dezembro 2014
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Porto
Não, não votam da mesma forma. Basta ver a votação da IL, que roubou votos à AD, graças à força do candidato - inclusive, um deles foi o meu.

O povo português vota por clubismo ou por gostar da carinha dos candidatos.

A Temido, mesmo sendo a pior ministra da saúde de que tenho memória e uma política terrível, tem uma simpatia falsa que atrai os mais néscios. O PS garantiria 28% dos votos independentemente de tudo.

O Bugalho, embora ligeiramente mais competente, é um arrogante de primeira e um beto elitista, além de não possuir o fator reconhecimento que a Temido tem.

Se compararmos com outro arrogante, como o Cavaco, que é só o político mais bem-sucedido em Portugal, existem diferenças:

- O Cavaco era inequivocamente muito mais competente.

- O Cavaco impunha autoridade que o Bugalho não tem.

- O Cavaco não era beto, nem elitista, sendo uma das duas pessoas (a outra é o Ramalho Eanes) de origens humildes, que ocupou pelo menos um dos dois cargos mais importantes.
Que te leva a dizer que foi a pior ministra da saude...
Acho que as vezes se manda umas bujardas destas mas tipo, alguem passou por uma pandemia antes? Alguem apanhou com todas as consequencias que isso trouxe nas pessoas?

O proprio desgaste que provocou nos profissionais de saude? O constrangimento de todo o sistema que naturalmente nao conseguiu ter a mesma normalidade, isto é: ha varias consultas de especialidade etc que foram ficando com serviço constrangido fruto a tudo o que ocorreu.

Sinceramente, eu acho que a Marta Temido teve dos desafios mais complicados dos ultimos tempos, no que toca a saude.
Podemos discutir que podia ter sido melhor aqui e acolá, mas la está, outro no seu lugar teria tomado outras decisoes, muitas delas tambem erradas, que tambem teriam conseguencias... Ninguem estava preparado para uma pandemia, e se voltasse a ocorrer, muito sinceramente, duvido que alguem estivesse novamente "treinado" para responder a uma pressão dessas!

Quanto ao bugalho... eu sinceramente não consigo gostar. É daqueles putos da tv, mimados que só querem dar nas vistas, der por onde der. A minha opinião sobre ele é simples: se ele tiver que calcar alguem em directo na tv para se fazer sobressair, ele vai faze-lo, e vai faze-lo de forma ainda mais visivel porque ele é um vaidoso e não tem elegancia nenhuma. Acho que na politica falta muita humildade, e nos comentadores politicos, tambem é a mesma coisa. Quem os ouve parece tudo simples, tudo facil... depois chegam-se a frente e só fazem bosta, tipo socrates, Portas, etc etc etc... e mais virão!
Comentar é simples, tomar decisoes e arcar com as consequencias disso é que é mais dificil. Eu nunca na vida gostava de ter uma responsabilidade parecida com essa! Acho mesmo extremamente complexo e acredito que é super desgastante e muitas vezes desmotivador, porque não tenho duvidas que um politico a serio, quer é ter sucesso e cumprir com o seu papel: seja montenegro ou costa!
 
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sirmister

Tribuna Presidencial
21 Março 2008
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  • Março/22
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E a pressuposta arrogância do Cavaco surgiu quer da sua timidez (falsamente compreendida como arrogância), quer do gozo constante que a elite lisboeta (a que o Bugalho pertence) lhe dava por ser um rapazinho de Boliqueime, dentro (Balsemão, Marcelo, etc.) e fora (Soares, Portas, Louçã) do PSD, tornando-se assim uma persona non grata.

Além disso, por muito que bastantes pessoas queiram do fazer do Cavaco um conservador, ele nunca o foi. Não era nenhum progressista, mas bem longe de um conservador (esses que tanto o criticavam, ademais).
O Cavaco foi o politico que mais eleições ganhou em Portugal, a perceção da sua imagem é atualmente pior do que era por causa das redes sociais que é dominada pela extrema esquerda que sempre o odiou, mas no geral e como as eleições indicam ele sempre foi popular.
 

Ginjeet

Tribuna Presidencial
11 Março 2018
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Título apelativo.
Depois começas a ler, e percebe-se que é uma tentativa de prever o número de artigos na área da medicina com conclusões erradas através de uma fórmula matemática. No entanto, o próprio artigo assume que o valor de positivos pode ser superior a 85%, assumindo que os investigadores utilizam pressupostos corretos e são competentes na sua investigação.

Questionar as autoridades não deve implicar duvidar da competência de todos os que trabalham em determinadas áreas nem sugerir que milhões de pessoas estão simplesmente envolvidas numa conspiração qualquer para esconder a verdade da público. Diria até que é insultuoso para todos aqueles que investigam e trabalham nessas áreas, ver alguém, sem competências nem formação nenhuma que apoie essas críticas, a questionar da integridade das pessoas que trabalham incansavelmente para encontrar soluções.

Eu defendo o loby das farmacêuticas, das armas e das finanças? Deves estar a confundir-me com alguém. É exactamente o contrário. Eu sou contra a medicalização da saúde, contra a guerra e contra a impressão descontrolada de dinheiro.
Há uma incoerência na forma como certas indústrias são vistas, especialmente na sociedade norte-americana. O lobby farmacêutico está frequentemente alinhado com o lobby petrolífero na promoção da "liberdade" em relação à regulação fiscal, ambiental e intelectual. Ao mesmo tempo, tens o tal desafio da autoridade, que recentemente colocou a indústria farmacêutica no centro das atenções, pois a pandemia trouxe restrições, os tais ataques à "liberdade", e as vacinas foram vistas com resistência. Ou seja, as mesmas pessoas que promovem e divulgam o conteúdo financiado pela indústria farmacêutica - relativamente à desregulação da indústria e da economia e à desinformação ambiental, são os mesmos que criticam a indústria farmacêutica pelas vacinas e pelo COVID. Naturalmente, passa-lhes ao lado.

Mas sou capaz de ler um artigo e perceber se ele tem alguma solidez ou não passa de propaganda. O que tu não percebes é como a ciência tem vindo a ser instrumentalizada ao serviço do big money.
Há uns tempos partilhaste aqui um vídeo que é um exemplo perfeito de propaganda da indústria que acabei de referir e que demonstra que a tua capacidade de perceber a solidez dessas informações pode não ser tão robusta como tu pensas. A maioria das pessoas não quer aprofundar o seu conhecimento sobre os temas, mas sim ter algo que corrobore aquilo em que querem acreditar. Na altura ainda provoquei - sei que podia ter sido mais direto a iniciar o debate - mas fizeste um hit and run e eu imitei. No entanto, concordamos em algo: há muito dark money envolvido. Mas a esmagadora maioria dele pretende abrandar alterações ao sistema para manter posições dominantes nos setores e não o inverso.
 
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Dagerman

Tribuna Presidencial
1 Abril 2015
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6,984
Título apelativo.
Depois começas a ler, e percebe-se que é uma tentativa de prever o número de artigos na área da medicina com conclusões erradas através de uma fórmula matemática. No entanto, o próprio artigo assume que o valor de positivos pode ser superior a 85%, assumindo que os investigadores utilizam pressupostos corretos e são competentes na sua investigação.

Questionar as autoridades não deve implicar duvidar da competência de todos os que trabalham em determinadas áreas nem sugerir que milhões de pessoas estão simplesmente envolvidas numa conspiração qualquer para esconder a verdade da público. Diria até que é insultuoso para todos aqueles que investigam e trabalham nessas áreas, ver alguém, sem competências nem formação nenhuma que apoie essas críticas, a questionar da integridade das pessoas que trabalham incansavelmente para encontrar soluções.



Há uma incoerência na forma como certas indústrias são vistas, especialmente na sociedade norte-americana. O lobby farmacêutico está frequentemente alinhado com o lobby petrolífero na promoção da "liberdade" em relação à regulação fiscal, ambiental e intelectual. Ao mesmo tempo, tens o tal desafio da autoridade, que recentemente colocou a indústria farmacêutica no centro das atenções, pois a pandemia trouxe restrições, os tais ataques à "liberdade", e as vacinas foram vistas com resistência. Ou seja, as mesmas pessoas que promovem e divulgam o conteúdo financiado pela indústria farmacêutica - relativamente à desregulação da indústria e da economia e à desinformação ambiental, são os mesmos que criticam a indústria farmacêutica pelas vacinas e pelo COVID. Naturalmente, passa-lhes ao lado.



Há uns tempos partilhaste aqui um vídeo que é um exemplo perfeito de propaganda da indústria que acabei de referir e que demonstra que a tua capacidade de perceber a solidez dessas informações pode não ser tão robusta como tu pensas. A maioria das pessoas não quer aprofundar o seu conhecimento sobre os temas, mas sim ter algo que corrobore aquilo em que querem acreditar. Na altura ainda provoquei - sei que podia ter sido mais direto a iniciar o debate - mas fizeste um hit and run e eu imitei. No entanto, concordamos em algo: há muito dark money envolvido. Mas a esmagadora maioria dele pretende abrandar alterações ao sistema para manter posições dominantes nos setores e não o inverso.
O teu problema, no essencial, é que ainda não compreendeste como a Ciência (TM) pode ser capturada e controlada pelo big money. E isto pelo menos desde o princípio do século XX, quando os interesses da indústria química/petrolífera trataram de promover uma pseudo-ciências chamada virologia (se quiseres bibliografia sobre o assunto, estás à vontade).
Como a ciência hoje já não é feita individualmente por génios, como até ao século XIX, mas por equipas e no seio de instituições, ela está dependente de financiamento privado ou estatal. Dependência essa que cria pressões, que de científicas podem não ter nada (e muitas vezes não têm).

E quem financia as universidades e os estudos ditos científicos tem o poder de determinar o chamado "consenso científico," que depois a CS e o público encaram como Verdade Absoluta e irrefutável. A partir desse momento, quem contestar essa "verdade científica" (TM), passa a ser visto como um herege nos tempos da Inquisição (os termos oficias hoje são "negacionista", "conspiracionista" ou "desinformado"), mesmo que esse contestário seja um cientista doutorado no assunto e até dê aulas em Oxford-ó-caralho. O que é o contrário do espírito científico, mas que safoda.

Tu não precisas de ouvir os argumentos dos cientistas contrários porque já sabes que eles estão "errados", visto que não fazem parte do "consenso científico" caucionado pelo Templo da Ciência (vulgo universidade) e difundido pela máquina de propaganda chamada CS. Escolheste a priori o teu lado, que é o "trust the science", portanto nunca vais poder em questão nada. Isso é uma atitude científica? Não me parece. Mas também não tem mal. Pelo contrário, todos os estudos antropo-bio-sociológicos mostram que, numa espécie social, seguir a verdade oficial é a atitude mais prudente e mais saudável. Hoje como no tempo de Sócrates, Galileu, Espinosa ou Semmelweis, os espíritos críticos tendem a dar-se mal na vida. E quem é que precisa disso?
 
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Ginjeet

Tribuna Presidencial
11 Março 2018
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O teu problema, no essencial, é que ainda não compreendeste como a Ciência (TM) pode ser capturada e controlada pelo big money.
Certo... Nem trabalho na área de R&D, nem lido com investigações, patentes e bases científicas constantemente. :rolleyes:
Presumo que fales com base em conhecimento técnico direto, não apenas porque viste isso num vídeo qualquer, espero.

E isto pelo menos desde o princípio do século XX, quando os interesses da indústria química/petrolífera trataram de promover uma pseudo-ciências chamada virologia (se quiseres bibliografia sobre o assunto, estás à vontade).
A "pseudociência" que foi fundamental para evitar milhões de mortes por doenças como a varíola, polio, sida, todos os tipos de hepatite, HPV, entre outras?

Como a ciência hoje já não é feita individualmente por génios, como até ao século XIX, mas por equipas e no seio de instituições, ela está dependente de financiamento privado ou estatal. Dependência essa que cria pressões, que de científicas podem não ter nada (e muitas vezes não têm).
Vais ter mesmo de me revelar a tua área de especialização, que te permite aferir e generalizar o caráter de todas as pessoas que dedicam décadas de estudo e pesquisa a uma especialidade, sujeitando-se ao escrutínio constante dos seus pares, de organizações e agências de transparência, e que veem as suas experiências a serem replicadas um pouco por todo o mundo até terem as suas conclusões finalmente reconhecidas.

E quem financia as universidades e os estudos ditos científicos tem o poder de determinar o chamado "consenso científico," que depois a CS e o público encaram como Verdade Absoluta e irrefutável. A partir desse momento, quem contestar essa "verdade científica" (TM), passa a ser visto como um herege nos tempos da Inquisição (os termos oficias hoje são "negacionista", "conspiracionista" ou "desinformado"), mesmo que esse contestário seja um cientista doutorado no assunto e até dê aulas em Oxford-ó-caralho. O que é o contrário do espírito científico, mas que safoda.
Primeiro: não existe consenso científico. Existe sim um conjunto de conclusões semelhantes de diferentes estudos que podem ser replicados e que permitem levar a um entendimento generalizado. Pega nas vacinas por exemplo, já que é um tema que gostas.
A vacina da gripe é eficaz para prevenir casos graves em indivíduos vulneráveis. Esse é o entendimento generalizado, baseado em, por esta altura arrisco dizer, milhares de estudos sobre o tema. Depois disso, há questões relacionadas com a eficácia da vacina tendo em conta as diferenças genéticas de diferentes populações e comorbidades, existem questões relacionadas com a durabilidade da vacina, já que aparentemente a imunossenescência pode reduzir a sua eficácia. Existem dúvidas relativamente à eficácia da vacina para diferentes mutações do vírus, há quem debata que, e aliás isto até é geral dentro da área, se a utilização do vírus inativado é ou não preferível ao vírus atenuado. Ou seja, o único "consenso" aí é que a vacina é melhor do que nada. A partir daí, tens imensos debates oriundos de diferentes estudos feitos anualmente que demonstram que existem variações de incidência, que levam alguns médicos a não recomendar a vacina para certos grupos.

Segundo: Em qualquer área, se partíssemos do pressuposto de que tudo o que foi feito anteriormente é falso e que teríamos de começar tudo do zero, cientificamente seria um caos. Não terias um telefone na mão porque ainda estaríamos a debater se o selénio e a sílica são ou não semicondutores, não farias mergulho submarino porque não saberias quanto oxigénio seria necessário colocar na garrafa, não tratarias metade das doenças que já erradicaste atualmente, porque ainda estaríamos a discutir se a molécula de DNA tem ou não hélice dupla. Partes dos princípios que compõem a ciência atual e com isso crias tecnologia que funciona. Mesmo que às vezes não saibamos bem como. Por exemplo, o analgésico mais comum do mundo, o paracetamol, ainda hoje não sabemos bem como funciona. Mas funciona, não foram ainda descobertos efeitos secundários graves e, portanto, vai sendo utilizado. Até em excesso, diria eu.

Terceiro: O financiamento de qualquer pesquisa tem de ser discriminado. De dark money pouco tem, são processos transparentes. Qualquer instituição atualmente tem comissões de ética, responde a conselhos regulatórios, a agências fiscalizadoras e as próprias revistas exigem a toda e qualquer publicação a lista de fontes de financiamento. Ninguém quer ser o novo Wakefield.

Tu não precisas de ouvir os argumentos dos cientistas contrários porque já sabes que eles estão "errados", visto que não fazem parte do "consenso científico" caucionado pelo Templo da Ciência (vulgo universidade) e difundido pela máquina de propaganda chamada CS. Escolheste a priori o teu lado, que é o "trust the science", portanto nunca vais poder em questão nada. Isso é uma atitude científica? Não me parece. Mas também não tem mal. Pelo contrário, todos os estudos antropo-bio-sociológicos mostram que, numa espécie social, seguir a verdade oficial é a atitude mais prudente e mais saudável. Hoje como no tempo de Sócrates, Galileu, Espinosa ou Semmelweis, os espíritos críticos tendem a dar-se mal na vida. E quem é que precisa disso?
Acusas-me de algo que pareces fazer.
Eu tenho um hábito com vários anos: Há quem goste de ouvir música no ginásio. Eu sempre preferi documentários, podcasts, no mínimo notícias. Em qualquer plataforma, e é isso que os algoristmos me apresentam. E apanho de tudo, inclusive o tal filme que já colocaste antes no tópico das alterações climáticas, o qual suponho que subscrevas. E vejo (maioritariamente ouço) as coisas, porque não me incomoda minimamente ouvir opiniões contrárias, mas sou capaz de ouvir e interpretar o que ouço, reconhecer as forças e as fraquezas e tirar as minhas próprias conclusões. Como já te disse, se quiseres falamos disto:

Já concordámos na questão do dark money. Partilhamos de alguns ressentimentos relacionados com algumas indústrias que priorizam o lucro em detrimento do bem-estar social. Agora, perdes-me quando falas de conspirações globais, questionando a integridade de milhões de pessoas, e de extremos de que todas as autoridades, instituições, fundações e associações são corruptas e todos os intervenientes estão envolvidos em algum tipo de conluio. Já disse, é insultuoso para as pessoas, nas quais me incluo, sugerir que estão a esconder alguma verdade universal só porque sim. Mas fico contente que tenhas referido Galileo. Posso assumir que o teu desafio às autoridades não chegou ao terraplanismo.