Então devia haver mais cidadaos interessados em espalhar odio ao próprio pais e aos "supremacistas brancos"? E essa a atividade política que devia haver mais por parte dos cidadaos?
Sao cidadãos portugueses porque ridicularmente receberam a nacionalidade portuguesa.
O que eles fazem, seria mais importante nos paises de origem deles, que sao paises de terceiro mundo.
É a interpretação e a opinião do colega, não mais que isso. Certamente não a minha nem a de muitas outras pessoas. Sequer a da lei, quanto à nacionalidade. Se de facto se considera que as pessoas mencionadas incorrem em delito de opinião e incitamento ao ódio... há bom remédio, apresente-se queixa em lugar próprio. Acho muitíssimo bem que inscrevam as suas convicções na agenda mediática e política do país. Que tragam os seus temas e ideias para debate. Quem não concorda, que argumente da melhor forma que conseguir e esgrima as suas próprias ideias, ao invés de pretender deportar cidadãos nacionais para os seus países de origem ou vedar-lhes o acesso ao exercício pleno da cidadania. A sugestão que o colega faz é a mesma que Ventura fez na assembleia. A discórdia faz parte da política e da vida em sociedade. Ódio vejo-o sim noutros sectores partidários e tão pouco defendo a ilegalização das suas plataformas.
Os agentes que mencionou trazem para debate, de forma mais veemente, o tema do racismo e da discriminação. Discorde-se do modo, da relevância dos próprios assuntos, antipatize-se com as pessoas... o que que quer que seja. Mas serão temas relevantes para muitas pessoas e muitos portugueses. Não há qualquer motivo para acolhê-los de forma extremada. Até porque as pessoas em causa, contrariamente a outros actores e partidos políticos, têm uma expressão mediática reduzida.
... em todo o caso, repare no argumento: quem é acolhido deve adoptar um postura de agradecimento submisso. Devo dizer que já li entrevistas a Joacine em que esta reconhece o país de acolhimento. Pouco ou nada relevante. Mas retome-se a ideia: a postura de determinado tipo de portugueses deve ser de agradecimento, ideia à qual subjaz outra - a postura deve ser de agradecimento e não de reivindicação, pois a disputa pelo poder, a definição do rumo político do país, ... essas pertencem à outra categoria de portugueses. Mostrem-se agradecidos e não levantem ondas ou, em alternativa, façam política noutros sítios. Não... são cidadãos nacionais e, agradecidos ou não (... nem todos os portugueses se desfazem em loas ao país onde nasceram, tão pouco perdem direitos por isso; a lei não discrimina cidadãos em função da ligação emocional à nação...), devem participar livremente na sociedade e no rumo do país. Se todos estivéssemos satisfeitos com o actual estado das coisas, por que raio haveríamos de fazer política?...