São tempos completamente diferentes. Neste momento, nem sequer temos essa capacidade de gerar jogadores da formação a esse nível. Nem nós, nem nenhum clube do mundo. Eu já me dava por feliz se a cada 5 anos, vá, aparecesse um Dalot, um Rúben Neves, um André Silva... A formação não deve ser nem privilegiada nem desprezada. Deve ser tratada como mais um recurso, tal como o scouting, a meu ver. É um erro pensar que temos de ter um plantel só com jogadores da formação, como é um erro pensar que só podemos achar grande valor fora. Acho que temos de conseguir um equilíbrio entre ambos para termos equipas mais competitivas, sejam elas com mais ou menos jogadores da formação. E erros de análise vão existir sempre nos dois campos: vamos continuar a perder jogadores da formação que depois são craques em outro sítio, como vamos continuar a trazer refugo do estrangeiro e o contrário. Ninguém tem uma varinha para saber exatamente o que cada um vai ser daqui a uns anos. Agora, o processo pode ser afinado, sem dúvida. E um centro de formação desportiva no Porto, cidade, era obviamente uma mais-valia... Mas a questão física é apenas uma. Precisamos de garantir outras condições para reter e valorizar esse talento...
Por exemplo, muito pouca gente fala aqui no fórum do projeto inovador que é a Dragon Force. Tem os seus aspetos menos positivos, mas é sem dúvida uma grande aposta do nosso clube na área da formação de atletas e de treinadores.