«Foi agredido por José Sá e Tiago Costa Aguiar, este de forma mais grave. Não sei porque foram removidos da acusação»
"Henrique Ramos sente-se traído pelo Ministério Público. O assistente tem divergências com toda esta gente [arguidos], mas foi ao púlpito da AG dizer o que pensava. Quando saiu do púlpito, foi interpelado e agredido por dois indivíduos, sendo que ambos foram removidos desta acusação. Parece um contrato da Vodafone, com alíneas. Foi agredido por José Sá e Tiago Costa Aguiar, este de forma mais grave. Não sei o que estes arguidos divergem deste processo e porque foram removidos da acusação. Henrique Ramos sente-se instrumentalizado pelo MP com a finalidade de contribuir para a narrativa. Inevitável tudo o que se fez para tornar Fernando Madureira como o bode expiatório. A acusação dedica oito artigos ao meu assistente e nada do que está do art. 81 ao 88, segundo me foi transmitido pelo meu constituinte, corresponde à verdade. Nomeadamente, quando se diz que foi rodeado por Fernando Madureira e outros, quando na verdade Fernando Madureira até se colocou de costas para defender Henrique Ramos. Outra coisa ridícula. Fernando Saul assumiu perante os seus amigos que deu um cachaço a Henrique Ramos, molhou a sopa. Na verdade, Henrique Ramos assume divergências com Saul, mas diz “este nunca me tocou”, ao passo que o Ministério Público diz que Saul bateu em Henrique Ramos. Henrique Ramos sempre demonstrou descontentamento pela forma como foi arrastado para este processo, quando teve sempre o intuito de contribuir, ao passo que os incendiários não estão. O que Henrique Ramos tem a dizer em relação aos restantes arguidos: “os dois elementos que o agrediram não estão incluídos no processo, já Carlos Nunes está neste processo pela sua compleição física, porque não lhe revê grande capacidade para participar num plano criminoso”. Quanto aos demais arguidos, nomeadamente Vítor Catão, que conhece, mas tem uma visão muito própria de um indivíduo que deve ser objecto de estudo clínico. Não teve qualquer tipo de atrito, nem esteve próximo dele, pelo que desvaloriza qualquer ação sua", prosseguiu o advogado de Henrique Ramos, concluindo: "Na visão do meu assistente, a forma como foi agredido, depois de falar na AG, é que incendiou tudo, mas esses elementos foram retirados do processo. A responsabilidade da ordem dos trabalhos era de Lourenço Pinto. Esta acusação é tão séria como o acne dos irmãos de outro processo."