Treinador de Bancada disse:
Não acho que o Tomás Esteves tenha condições DE MOMENTO de jogar numa equipa principal do FCP. Agora a muito curto prazo será melhor que qualquer nosso alteral direito, especialmente se a equipa tiver um modelo de posse mais combinativo no futuro.
Ainda tem muito futebol de formação nele, de não encostar, de não bater, e tem dificuldades gritantes na transição defensiva e no posicionamento defensivo. Agora com a redonda no pé toma invulgarmente carradas de boas decisões. Falta-lhe essa intensidade e capacidade física para aguentar a pedalada do futebol sénior, o que é normal tendo em conta a sua idade. Se tívessemos um treinador capaz na B, só lhe faria bem estar lá a polir o seu jogo durante um ano.
Eu não concordo com essa ideia.
A questão física é uma falsa questão, é apenas uma questão de adaptação, como foi com o Manafá, por exemplo, que chegou do Portimonense e não aguentava um jogo e em 2/3 semanas já estava a jogar normalmente.
Ele já provou na pré-época e na equipa B que facilmente aguenta um jogo, se jogar na A facilmente se adapta ao ritmo de jogo, é uma questão de adaptação ao estímulo.
Quanto à questão da intensidade, vejo muitas vezes muita gente a falar na intensidade como se se tratasse de uma questão física, não tem nada a ver com o correr ou com o correr rápido, tem a ver sim, com o pensar rápido. O Lucho nunca foi um jogador rápido, nunca precisava de andar a fazer piscinas como o Herrera, era inteligente no posicionamento e pensava mais rápido que todos os outros. O Lucho percebia onde tinha de estar, onde a bola ia cair, qual o espaço que devia ocupar, por isso é que a questão da intensidade nunca se colocou. O Lucho pensava rápido e executava rápido, intensidade é isto.
A equipa B é uma equipa desorganizada, sem ideia de jogo, é apenas um conjunto de jogadores que treinam juntos, não é uma equipa, além de que o Tomás treina na A e joga na B, não tem o entendimento dos companheiros que treinam todos os dias juntos. Facilmente se detectam problemas que não existem, aconteceu exactamente o mesmo ao Diogo Leite na época passada e vinham para aqui inventar deficiências no seu jogo que não existiam. A equipa B é um contexto que faz os miúdos parecerem piores do que aquilo que realmente são. Acontece exactamente o mesmo nos sub-19, há malta que acha que só 1 ou outro é que se aproveitam e que os outros não prestam para nada, quando na realidade é uma equipa com vários miúdos de qualidade que parecem piores do que aquilo que realmente são.
O Tomás entende muito melhor o jogo e a posição que o Saravia e o Manafá, é muito mais equilibrado e consistente que qualquer um deles. Só precisa do estímulo inicial.