Violência doméstica e familiar

Mary Antas

Tribuna
20 Abril 2018
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Sabia que nos adolescentes, as raparigas têm uma maior tendência para a violência sobre os seus colegas rapazes?
É verdade, há estatísticas feitas, creio que até serão na faculdade de direito do porto. Mas não teimo. Mas sei que existem. Já um amigo criminologista mo referenciou...
Agora aos adultos...

Dentro de uma relação:

E serão só as mulheres a sofrerem violência doméstica?
Quantas mulheres não espiam os telefones dos namorados/ maridos?
Quantas mulheres não fazem cenas de ciúmes?
Quantas mulheres não humilham e coagem psicologicamente os seus parceiros?
Quantas mulheres não berram ou berraram aos seus parceiros?
Quantas mulheres não usaram o sexo como "arma de arremesso" e de punição contra o seu parceiro?

No divórcio:

- Quantas mulheres não fazem lavagem cerebral aos filhos "envenenando-os contra o pai?
- Quantas mulheres não usam os filhos também como "arma de arremesso" contra o pai, dificultando as visitas, fins de semana, feriados, férias, deste com os filhos etc..?

-Quantas mulheres não proíbem mesmo os filhos de falarem com o pai?

- Quantas mulheres não cometeram perjúrio em sede de tribunal, mentindo e acusando o pai dos seus filhos de crimes hediondos, na disputa da guarda parental destes?

- Quantas mulheres não fazem a vida num inferno ao seu ex parceiro, interpondo sucessivos processos em tribunal a exigir tudo e mais um par de botas?

...E a lista continua...

Quanto ao resto, dou -lhe razão. Não faz sentido nenhum, a violência entre um casal!
Adultos, como tal, têm a obrigação de se saberem respeitar! Ponto.
Sabia, perfeitamente. Dedico muitas horas da minha vida no auxílio a vítimas e em conversas/ações de sensibilização em escolas.

Simplesmente quando fiz o post, há mais de 2 anos, parti de um caso específico e desenvolvi um raciocínio, não disse em lado nenhum que só as mulheres são vítimas de violência doméstica e conjugal, nem preciso de ser convencida disso, não sou estúpida nem alheada da realidade e nem precisava de estar dentro do meio para saber isso.

Tudo o que escrevi aplica-se aos dois géneros, mesmo que morram muito mais mulheres do que homens (16 mulheres, 5 homens e 2 crianças em 2021, por exemplo). Nos números globais de vítimas de violência doméstica faltam muitos homens, porque além de todos os problemas que elenquei, para os homens fica 2x mais difícil apenas por serem homens e ainda terem de lidar com o estigma. Se uma mulher tem vergonha um homem muito mais, infelizmente.
 
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BSilva

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Sabia, perfeitamente. Dedico muitas horas da minha vida no auxílio a vítimas e em conversas/ações de sensibilização em escolas.

Simplesmente quando fiz o post, há mais de 2 anos, parti de um caso específico e desenvolvi um raciocínio, não disse em lado nenhum que só as mulheres são vítimas de violência doméstica e conjugal, nem preciso de ser convencida disso, não sou estúpida nem alheada da realidade e nem precisava de estar dentro do meio para saber isso.

Tudo o que escrevi aplica-se aos dois géneros, mesmo que morram muito mais mulheres do que homens (16 mulheres, 5 homens e 2 crianças em 2021, por exemplo). Nos números globais de vítimas de violência doméstica faltam muitos homens, porque além de todos os problemas que elenquei, para os homens fica 2x mais difícil apenas por serem homens e ainda terem de lidar com o estigma. Se uma mulher tem vergonha um homem muito mais, infelizmente.
De acordo. E folgo saber o que afirma.
Quando escrevi este post, não reparei, por distração, que era já antigo.
Só à posteriori...
Mas é bom na mesma, é pretexto para uma boa troca de ideias...😁

E voltando à discussão.....

Verifico, que da maneira como na sociedade hoje se fala e se coloca este flagelo, a mensagem que passa são (quase) as mulheres no papel de vítimas.
O que, como você disse e bem, não é de todo verdade!

E o que escrevi, procurou denunciar, a praticamente inexistente discussão ou até menção!!! na praça pública, desta violência, na sua maioria, psicológica, perpretada por mulheres!

Não só em relação aos homens, como até aos próprios filhos na relação destes com o pai!

Sem esquecer ainda, fruto de uma maior divulgação do crime como público, da (desconhecida) dimensão de aproveitamento, por razões muitas vezes, inconfessáveis, de falsas denúncias deste crime sobre os seus ex-parceiros!!!! Isto é muito grave!

Reconhecerá à partida os problemas a jusante, a formarem-se...

Não só pelas consequências do anátema levantado ao bom nome de um qualquer homem - perfeitamente odioso, pela repulsa que a violência causa na sociedade de hoje -, como terá também consequências sobre as verdadeiras vítimas, e na vulgarização do problema, criando o caos na destrinça do verdadeiro sobre o falsidade.
Aliás, já realidade, como sabemos.

A lei não será perfeita , mas creio que terá de passar por, tal como existe hoje um automatismo na denúncia, surgir em contraponto, num processo de potencial injúria se se aferir uma falsa denúncia.

Caso contrário, teremos a atrocidade de um género, com um poder arbitrário e de discricionariedade ao nível criminal sobre o outro!!
- vide exemplo acontecido com Ruben Semedo na Grécia...
Intolerável!

Certamente que não quereremos que o feminismo tome o lugar do machismo, transformando a sociedade (dita) patriarcal numa matriarcal, pois não? 😉

P.S. - tenho um familiar que, infelizmente, passou pela situação que acima descrevo, onde teve de prestar depoimento numa esquadra de polícia, por (falsa ) denúncia de violência doméstica. Caso - obviamente - arquivado pelo MP!!

Nenhum homem, nos dias de hoje, está livre!
E se anónimo, danos poderão haver ou não, limitados!

E se figura pública? Como ficamos?
Com o alcance hoje ilimitado da informação e rapidez de alcance, quais as dimensões dos prejuízos?
Danos reputacionais pessoais, profissionais, políticos, até!
Muito complexo...

Obrigado pela discussão e testemunho.
Saudações portistas 👍
 

fjpfcp

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Foi um julgamento de credibilidade. E a Amber a partir do momento que é apanhada a manipular fotos tramou se.

Ate pode ter sido vitima, mas sem credibilidade, nao se ganha.
 

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De acordo. E folgo saber o que afirma.
Quando escrevi este post, não reparei, por distração, que era já antigo.
Só à posteriori...
Mas é bom na mesma, é pretexto para uma boa troca de ideias...😁

E voltando à discussão.....

Verifico, que da maneira como na sociedade hoje se fala e se coloca este flagelo, a mensagem que passa são (quase) as mulheres no papel de vítimas.
O que, como você disse e bem, não é de todo verdade!

E o que escrevi, procurou denunciar, a praticamente inexistente discussão ou até menção!!! na praça pública, desta violência, na sua maioria, psicológica, perpretada por mulheres!

Não só em relação aos homens, como até aos próprios filhos na relação destes com o pai!

Sem esquecer ainda, fruto de uma maior divulgação do crime como público, da (desconhecida) dimensão de aproveitamento, por razões muitas vezes, inconfessáveis, de falsas denúncias deste crime sobre os seus ex-parceiros!!!! Isto é muito grave!

Reconhecerá à partida os problemas a jusante, a formarem-se...

Não só pelas consequências do anátema levantado ao bom nome de um qualquer homem - perfeitamente odioso, pela repulsa que a violência causa na sociedade de hoje -, como terá também consequências sobre as verdadeiras vítimas, e na vulgarização do problema, criando o caos na destrinça do verdadeiro sobre o falsidade.
Aliás, já realidade, como sabemos.

A lei não será perfeita , mas creio que terá de passar por, tal como existe hoje um automatismo na denúncia, surgir em contraponto, num processo de potencial injúria se se aferir uma falsa denúncia.

Caso contrário, teremos a atrocidade de um género, com um poder arbitrário e de discricionariedade ao nível criminal sobre o outro!!
- vide exemplo acontecido com Ruben Semedo na Grécia...
Intolerável!

Certamente que não quereremos que o feminismo tome o lugar do machismo, transformando a sociedade (dita) patriarcal numa matriarcal, pois não? 😉

P.S. - tenho um familiar que, infelizmente, passou pela situação que acima descrevo, onde teve de prestar depoimento numa esquadra de polícia, por (falsa ) denúncia de violência doméstica. Caso - obviamente - arquivado pelo MP!!

Nenhum homem, nos dias de hoje, está livre!
E se anónimo, danos poderão haver ou não, limitados!

E se figura pública? Como ficamos?
Com o alcance hoje ilimitado da informação e rapidez de alcance, quais as dimensões dos prejuízos?
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Muito complexo...

Obrigado pela discussão e testemunho.
Saudações portistas 👍
Não mais é do que um reflexo da grande desproporcionalidade nas vítimas. Em números redondos, entre 2013 e 2017, a APAV abriu 37 mil processos de apoio. 32 mil foram para mulheres. Não defendo que deva ser assim - já lá vou - mas é uma consequência natural e não uma agenda escondida por trás.

Quase metade de todos estes processos não tiveram uma queixa associada, pelo que não é difícil perceber onde estão as prioridades.
Algures nos últimos anos houve uma espécie de murro na mesa relativamente a este flagelo, foi preciso dar uns valentes berros e safanões no laxismo para que algumas coisas - algumas... - começassem a ser feitas ou melhoradas. Das estruturas de apoio à formação e sensibilização dos agentes de autoridade. Demasiada gente morreu porque pediu ajuda e não teve o que precisava. Um sítio onde passar a noite, um polícia que não dissesse "todos os casais têm problemas", um juiz que não citasse a Bíblia.

Com tudo isto junto, é natural que se falasse mais vezes para as mulheres, mas eu tenho uma visão diferente, quiçá enviesada, mas é o que testemunho de perto.
Já há vários anos que se fazem campanhas direcionadas aos homens e as denúncias deles são cada vez mais, o que é um "bom" sinal, bem entendido, porque não é que eles sejam mais vezes vítimas agora, estão é a denunciar mais e as autoridades também começam a estar mais preparadas. Conheci uma vítima, homem, que na esquadra ouviu um "dê-lhe também, não me diga que não tem físico para isso".

E a tendência é para continuar. É um processo e um caminho muito longo que, como todas as "revoluções", inevitavelmente, tem falhas e tropeções. Antigamente, "não se metia a colher", era uma coisa normal, nem queixas quanto mais estatísticas. Depois os homens nem entravam nesses números, mas agora já não é assim. É uma evolução constante.

Num espectro entre denúncia falsa e perigo de vida, não faltam complexidades.
 

J | [Ka!s3r^].

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  • Alfredo Quintana
Infelizmente o tema presta-se a demasiadas instrumentalizações políticas e ideológicas. É legítimo e, mais do que isso, necessário traz para debate os estigmas associados à violência doméstica dirigida contra os homens. É erróneo contrapor o feminismo ao machismo, e muitas vezes sinal de motivação ideológica. O feminismo constitui um movimento social com diferentes expressões e fases, que leva décadas de existência. E com um papel relevante no valorização da mulher em sociedades historicamente dominadas por homens. Trata-se de um movimento legítimo de luta por maior poder, que naturalmente causa incómodo, pois qualquer grupo que reclame recursos, poder, etc., visa alterar o statu quo, o que implica um novo arranjo de poder. Outra coisa são as expressões radicais do fenómeno, diria que geralmente desaconselháveis em qualquer tipo de luta social/política. Devemos ser precisos na visão, para evitar o apelo das ditas guerras culturais.

Embora a violência doméstica seja um fenómeno maioritária e desproporcionadamente dirigido contra as mulheres, é isso o que nos relevam os estudos e as estatísticas, os homens estarão subrepresentados na contabilidade do flagelo. Pelo que foi já escrito neste tópico. Os problemas de género afectam homens e mulheres. O estereótipo do homem valentão, macho-alfa, que tem de ser homem de uma determinada forma e não de outra, contribui negativamente nestes casos. Como é óbvio, homem que é homem não é agredido nem dá parte fraca, muito menos por uma mulher. Era só o que faltava. Sabemos que a realidade não se conforma com preconceitos. Exemplo mais do que pertinente da importância de olhar para os temas do género. Um olhar académico, objectivo, não necessariamente o que nos propõem os partidos políticos, as redes sociais, ... através dos quais, infelizmente, assistimos ao recrudescimento dos teóricos, ou meros apologistas e interessados, da querela homem versus mulher. Problema não incomum dos nossos tempos, o de se substituir um problema e debate sérios por imitações desfiguradas dos mesmos.

O problema é grave. As novas gerações relevam os mesmos problemas e visões distorcidas das relações amorosas. Considera-se normal o comportamento agressivo e violento, aceita-se uma certa ideia possessiva de amor. Não é surpreendente, considerando de onde viemos. Mas há aqui qualquer coisa que está a falhar, em que estamos a falhar enquanto sociedade, pais, mães, amigos, escola, estado..

De vez quando aparecem umas notícias deste género, de deixar os cabelos em pé. Maioria dos jovens acha legítima a violência no namoro, diz estudo | Violência no namoro | PÚBLICO (publico.pt)
 
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Foi um julgamento de credibilidade. E a Amber a partir do momento que é apanhada a manipular fotos tramou se.

Ate pode ter sido vitima, mas sem credibilidade, nao se ganha.
História sem santos.
Ambos são pessoas com problemas.
Mas de índoles diferentes.

Ele uma pessoa com vícios, que muitas vezes fica preso a bebedeiras ou a mocas de fumar do belo como se fosse uma chaminé e perde o contacto com a realidade.
Ela uma pessoa de perfil abusador por natureza, com traços de psicopatia.

Um pode ter cura se quiser, mas já é modo de vida.
Outra é só mesmo uma pessoa de merda e nem no manicómio sei se curaria.
 

wolfheart

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Infelizmente o tema presta-se a demasiadas instrumentalizações políticas e ideológicas. É legítimo e, mais do que isso, necessário traz para debate os estigmas associados à violência doméstica dirigida contra os homens. É erróneo contrapor o feminismo ao machismo, e muitas vezes sinal de motivação ideológica. O feminismo constitui um movimento social com diferentes expressões e fases, que leva décadas de existência. E com um papel relevante no valorização da mulher em sociedades historicamente dominadas por homens. Trata-se de um movimento legítimo de luta por maior poder, que naturalmente causa incómodo, pois qualquer grupo que reclame recursos, poder, etc., visa alterar o statu quo, o que implica um novo arranjo de poder. Outra coisa são as expressões radicais do fenómeno, diria que geralmente desaconselháveis em qualquer tipo de luta social/política. Devemos ser precisos na visão, para evitar o apelo das ditas guerras culturais.

Embora a violência doméstica seja um fenómeno maioritária e desproporcionadamente dirigido contra as mulheres, é isso o que nos relevam os estudos e as estatísticas, os homens estarão subrepresentados na contabilidade do flagelo. Pelo que foi já escrito neste tópico. Os problemas de género afectam homens e mulheres. O estereótipo do homem valentão, macho-alfa, que tem de ser homem de uma determinada forma e não de outra, contribui negativamente nestes casos. Como é óbvio, homem que é homem não é agredido nem dá parte fraca, muito menos por uma mulher. Era só o que faltava. Sabemos que a realidade não se conforma com preconceitos. Exemplo mais do que pertinente da importância de olhar para os temas do género. Um olhar académico, objectivo, não necessariamente o que nos propõem os partidos políticos, as redes sociais, ... através dos quais, infelizmente, assistimos ao recrudescimento dos teóricos, ou meros apologistas e interessados, da querela homem versus mulher. Problema não incomum dos nossos tempos, o de se substituir um problema e debate sérios por imitações desfiguradas dos mesmos.

O problema é grave. As novas gerações relevam os mesmos problemas e visões distorcidas das relações amorosas. Considera-se normal o comportamento agressivo e violento, aceita-se uma certa ideia possessiva de amor. Não é surpreendente, considerando de onde viemos. Mas há aqui qualquer coisa que está a falhar, em que estamos a falhar enquanto sociedade, pais, mães, amigos, escola, estado..
Conheço alguém que diz, que quanto á violência do possessivo de amor e a violência e mortes que daí resultam, que por mais campanhas e educação que haja, não vão acabar pelo menos num futuro próximo. Tem a ver com o cérebro reptiliano, vindo do inicio da humanidade....é algo irracional e tem a ver com dar continuação aos genes, tipo como o macho Leão com o seu Harém. Aquelas leoas são dele. Não sei se me fiz explicar. É muito mais complexo que o que parece, em comparação por exemplo o medo sem explicação e natural que o ser humano tem da noite escura, da escuridão, ou de animais predadores...é algo muito distante inserido no nosso cerebro e adn.
 
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Ambos são pessoas com problemas.
Mas de índoles diferentes.

Ele uma pessoa com vícios, que muitas vezes fica preso a bebedeiras ou a mocas de fumar do belo como se fosse uma chaminé e perde o contacto com a realidade.
Ela uma pessoa de perfil abusador por natureza, com traços de psicopatia.

Um pode ter cura se quiser, mas já é modo de vida.
Outra é só mesmo uma pessoa de merda e nem no manicómio sei se curaria.
Eu nao vou presumir que os conheço.

So sei o que vi/ ouvi deste julgamento.
 

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Conheço alguém que diz, que quanto á violência do possessivo de amor e a violência e mortes que daí resultam, que por mais campanhas e educação que haja, não vão acabar pelo menos num futuro próximo. Tem a ver com o cérebro reptiliano, vindo do inicio da humanidade....é algo irracional e tem a ver com dar continuação aos genes, tipo como o macho Leão com o seu Harém. Aquelas leoas são dele. Não sei se me fiz explicar. É muito mais complexo que o que parece, em comparação por exemplo o medo sem explicação e natural que o ser humano tem da noite escura, da escuridão, ou de animais predadores...é algo muito distante inserido no nosso cerebro e adn.
Mas esse comportamento possessivo também não é monopólio estrito de leões ou leoas. E é em grande medida cultural, pois há outras comunidades humanas que vivenciam o amor de formas radicalmente distintas. É uma das vantagens da antropologia, a de mostrar muitas organizações possíveis e poucas fatalidades. Seja como for, independentemente do tipo de mecanismo envolvido, cultural, biológico... há que fazer alguma coisa. Falar sobre relações passionais poderá ser difícil, ter fortes dimensões pessoais, íntimas, emocionais ou até irracionais, mas não deixa de se tratar de relações entre pessoas, com muitas das mesmas normas e valores que se aplicam a outros tipos de ligação.
 

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Eu nao vou presumir que os conheço.

So sei o que vi/ ouvi deste julgamento.
Também não os conheço, não me parece que viva no glorioso mundo de Hollywood :LOL:

Faço só avaliação comportamental pelo report de vivências sabidas e pela observação das posturas públicas de cada um.

Além de habilidades que me são intrínsecas.
 
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Mas esse comportamento possessivo também não é monopólio estrito de leões ou leoas. E é em grande medida cultural, pois há outras comunidades humanas que vivenciam o amor de formas radicalmente distintas. É uma das vantagens da antropologia, a de mostrar muitas organizações possíveis e poucas fatalidades. Seja como for, independentemente do tipo de mecanismo envolvido, cultural, biológico... há que fazer alguma coisa. Falar sobre relações passionais poderá ser difícil, ter fortes dimensões pessoais, íntimas, emocionais ou até irracionais, mas não deixa de se tratar de relações entre pessoas, com muitas das mesmas normas e valores que se aplicam a outros tipos de ligação.
Quando a biologia e a cultura entram no campo de batalha, a cultura entre de luvas de boxe e a biologia com luvas feitas de granito no impacto mas leves como se fossem de espuma.
A cultura é a água, e a biologia pedra.
Demora eras a esbater ou a redesenhar.
E há coisas que nos estão "hard wired" no ADN.

Depois claro que isso também vai de cada um.
Há pessoas que têm o instinto ao volante, as suas reações emocionais parecem passar por uma lente de aumento exponencial.
Outras têm uma estrutura de controlo maior, o o ego é atenuado pela razão que vai estando mais ao volante.
As primeiras são as que têm mais tendência a actos de violência psicológica ou física.
As segundas menor, mas também podem ter maior tendência a manipulação.
 
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Quando a biologia e a cultura entram no campo de batalha, a cultura entre de luvas de boxe e a biologia com luvas feitas de granito no impacto mas leves como se fossem de espuma.
Hmmm... eu diria que a biologia tem as costas largas. A cultura também terá as suas culpas exageradas. Mas pouco é impossível quanto ao ser humano, parece-me, mais cultura menos cultura, mais biologia menos biologia.
 

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Hmmm... eu diria que a biologia tem as costas largas. A cultura também terá as suas culpas exageradas. Mas pouco é impossível quanto ao ser humano, parece-me, mais cultura menos cultura, mais biologia menos biologia.
A resposta de formatação cultural é lenta, tu não consegues mudar comportamentos biológicos com facilidade, leva tempo, muito tempo na consideração humana.
Já formatar culturalmente outros traços culturais é um processo rápido.
 

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A resposta de formatação cultural é lenta, tu não consegues mudar comportamentos biológicos com facilidade, leva tempo, muito tempo na consideração humana.
Já formatar culturalmente outros traços culturais é um processo rápido.
Seria interessante então discutir a natureza dos comportamentos, o que é biológico e o que é cultural, se é que é possível apontar comportamentos exclusivamente biológicos ou culturais. Até mesmo os comportamentos relacionados com a satisfação de necessidades fisiológicas são desempenhados com diferentes roupagens culturais. Seja como for, das cavernas até aos arranha-céus, temos tempo, a espécie tem muito tempo para ser moldada pela cultura.

Neste caso, será necessário actuar sobre o eventual impulso possessivo e agressivo na relação passional, por difícil e morosa que seja a tarefa.
 

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Seria interessante então discutir a natureza dos comportamentos, o que é biológico e o que é cultural, se é que é possível apontar comportamentos exclusivamente biológicos ou culturais. Até mesmo os comportamentos relacionados com a satisfação de necessidades fisiológicas são desempenhados com diferentes roupagens culturais. Seja como for, das cavernas até aos arranha-céus, temos tempo, a espécie tem muito tempo para ser moldada pela cultura.
A espécie tem muito tempo, mas o indivíduo tem pouco.
Há coisas em que o pensamento mais básico, como espécie nos é vantajoso e tem outros em que é a matriz cultural.
Claro que existem comportamentos mistos.
 
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A espécie tem muito tempo, mas o indivíduo tem pouco.
Há coisas em que o pensamento mais básico, como espécie nos é vantajoso e tem outros em que é a matriz cultural.
Claro que existem comportamentos mistos.
Diria que a sociedade precisa mais da espécie do que do indivíduo particular. Para nós, indivíduos concretos, poderá ser uma chatice. Felizmente, tanto somos um como outro, ou tomamos parte na sociedade, ainda que fugazmente. Sempre temos oportunidade de contribuir para a definição de um determinado rumo. Espero que se consiga encontrar padrões relacionais mais saudáveis, independentemente de se mexer pelo lado da cultura, da biologia ou de ambos.

Parece-me difícil traçar uma distinção clara. Desnecessário ou até impossível. Aliás... talvez argumentasse que a cultura é uma fatalidade biológica da espécie humana, com poder suficiente para alterar a sua própria natureza. Imagine-se um ser humano a fugir de um perigo, tomado por algo tão primitivo como o medo, com uma prótese, uma perna mecânica, que substitui uma parte do próprio organismo. Somos seres incríveis, bem vistas as coisas.
 
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BSilva

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Infelizmente o tema presta-se a demasiadas instrumentalizações políticas e ideológicas. É legítimo e, mais do que isso, necessário traz para debate os estigmas associados à violência doméstica dirigida contra os homens. É erróneo contrapor o feminismo ao machismo, e muitas vezes sinal de motivação ideológica. O feminismo constitui um movimento social com diferentes expressões e fases, que leva décadas de existência. E com um papel relevante no valorização da mulher em sociedades historicamente dominadas por homens. Trata-se de um movimento legítimo de luta por maior poder, que naturalmente causa incómodo, pois qualquer grupo que reclame recursos, poder, etc., visa alterar o statu quo, o que implica um novo arranjo de poder. Outra coisa são as expressões radicais do fenómeno, diria que geralmente desaconselháveis em qualquer tipo de luta social/política. Devemos ser precisos na visão, para evitar o apelo das ditas guerras culturais.

Embora a violência doméstica seja um fenómeno maioritária e desproporcionadamente dirigido contra as mulheres, é isso o que nos relevam os estudos e as estatísticas, os homens estarão subrepresentados na contabilidade do flagelo. Pelo que foi já escrito neste tópico. Os problemas de género afectam homens e mulheres. O estereótipo do homem valentão, macho-alfa, que tem de ser homem de uma determinada forma e não de outra, contribui negativamente nestes casos. Como é óbvio, homem que é homem não é agredido nem dá parte fraca, muito menos por uma mulher. Era só o que faltava. Sabemos que a realidade não se conforma com preconceitos. Exemplo mais do que pertinente da importância de olhar para os temas do género. Um olhar académico, objectivo, não necessariamente o que nos propõem os partidos políticos, as redes sociais, ... através dos quais, infelizmente, assistimos ao recrudescimento dos teóricos, ou meros apologistas e interessados, da querela homem versus mulher. Problema não incomum dos nossos tempos, o de se substituir um problema e debate sérios por imitações desfiguradas dos mesmos.

O problema é grave. As novas gerações relevam os mesmos problemas e visões distorcidas das relações amorosas. Considera-se normal o comportamento agressivo e violento, aceita-se uma certa ideia possessiva de amor. Não é surpreendente, considerando de onde viemos. Mas há aqui qualquer coisa que está a falhar, em que estamos a falhar enquanto sociedade, pais, mães, amigos, escola, estado..

De vez quando aparecem umas notícias deste género, de deixar os cabelos em pé. Maioria dos jovens acha legítima a violência no namoro, diz estudo | Violência no namoro | PÚBLICO (publico.pt)
"....É erróneo contrapor o feminismo ao machismo, e muitas vezes sinal de motivação ideológica. O feminismo constitui um movimento social com diferentes expressões e fases, que leva décadas de existência...."

Caríssimo colega, a minha (polémica) opinião:

- O feminismo, como movimento articulado começou, creio salvo erro, por volta dos 1850, e efectivamente era um movimento de luta por igualdade de direitos.

Actualmente, me parece, que se revela um movimento ideológico mais extremado, metamorfoseado num instrumento de manipulação de massas, fundamentalista, com um forte pendor dual, que oscila ora num tom acusatório, ora vitimizador, revanchista, ao "cavalgar" numa lógica justiceira de ajuste de contas com um passado de que se acha fiel depositário e moralmente superior!

Diria até político - ideológico, que tem servido para desempenho do papel de facilitador na escada de acesso ao Poder.

Isto é, continua a esconder-se atrás do biombo do argumento inicial da sua génese - igualdade de direitos e de sexos - para se tornar numa arma política de luta pelo poder!
Luta pelo Poder, não tenhamos dúvidas!
É legítimo? Será!

Mas então que se assuma, abandonando a lógica "vitimista" e reinvindicativa de acesso privilegiado.

Tenho-o dito há anos, em acesas conversas entre amigos e familiares, e para mim, resulta claro, que o feminismo de hoje, torna-se a cada dia que passa, o outro lado da moeda!

Quem no passado discordava fortemente da minha ideia, hoje, à luz presente, começa, até de forma um pouco incrédula diria até, a convergir com a minha tese...

E é só.
Não pretendo entrar em mais polémicas, senão é agora que sou mesmo cancelado!😆😆