hitman disse:
O valor de recompra nunca será mais que o dobro, ou seja, quando muito temos que desembolsar 10milhões para ficar com a parte do fundo.
O valor de recompra será aquele que estiver estipulado contratualmente... e nem sequer tem de ser um valor fixo. Pode muito bem ser dependente da valorização do jogador. Existirá sempre a salvaguarda do fundo em não perder o dinheiro investido - ou seja não deve haver divisão de risco, o Porto terá sempre de recomprar por um mínimo/indemnizar o fundo em caso de o jogador desvalorizar e sair por um valor inferior. No caso de haver uma valorização o tecto a pagar nem sequer tem de estar estipulado, pode muito bem ser uma percentagem indexada à valorização na altura da recompra.
A questão aqui é que a política tem sido a de contratar para obter valorização desportiva no imediato, colocando em segundo plano a valorização económica no futuro. E as contas até são simples - a banca não está receptiva a novos empréstimos, o poderio financeiro do nosso clube não é suficiente, esta é uma forma de receber jogadores, que de outra forma não seria possível. É preciso ver estes negócios como uma forma de empréstimo em que a garantia imediata é uma percentagem do passe do jogador, com a certeza de ter de devolver o valor ao fundo a médio prazo, com a possibilidade de pagar um juro indexado à valorização que o jogador possa vir a ter.
Se concordo ou não com este tipo de negócios? É como tudo, se utilizados na medida certa (sem exageros e para os negócios certos), de forma controlada e com um plano estruturado para o um desenvolvimento futuro quer seja ele a valorização ou a desvalorização do activo... tudo bem. Agora claramente que quando utilizados indevidamente e em excesso podem vir a trazer muitos dissabores - estamos a impor um limite ao potencial económico de uma futura venda sem garantir uma real distribuição do risco. É uma paralela de financiamento, que infelizmente temos de recorrer, dada a conjuntura actual.
Cumps