Falas em chegar a um clube e o que importa não é o historial tático mas sim a cultura. E não vejo onde é que isso é contraditório com o que falei acima. Efetivamente o folha era diferente do hulk que por sua vez era diferente do Drulovic que por sua vez era diferente do capucho and so on. O problema, e voltando à questão da cultura, é que esses jogadores são relembrados pela conquista de títulos e acima de tudo são relembrados por uma cultura de um clube que partia do pressuposto que éramos mais fortes que todos e que devíamos entrar em todos os jogos pelo menos com a mentalidade que tínhamos as mesmas hipóteses de ganhar que qualquer equipa do mundo, e com futebol de ataque. E essa cultura passava por ter jogadores, e equipas onde:
1 - Os defesas, e salvo algumas exceções, eram reconhecidos por serem excelentes defesas fazendo o que deviam fazer melhor que é, e passo o pleonasmo, defender.
2 - Os atacantes, e salvo raríssimas exceções, eram famosos pelas suas capacidades atacantes e pela capacidade quer de criar jogo ofensivo quer de finalizar o mesmo.
Pois bem, no caso brahimi, e não só(existem outros), o que existe é o inverso disto. É a negação de toda esta cultura de clube, mais do que qualquer historial tático. Ser massacrado pelo sporting em casa na segunda parte não pode ser considerado normal, mesmo ganhando o jogo. Ter o nosso extremo mais capacitado quase todo o jogo a defender é a negação daquilo que deve ser o nosso futebol. Mas lá está, o que tenho lido por aqui é que a breve prazo o que importa é ganhar títulos e mais nada importa. Pois bem, se a ideia for essa, e se resultar então tudo muito bem, e cá estarei para fazer o que fiz sempre, embora discordando daquilo em que estão a querer transformar o nosso clube e achando que isto não é um planeamento plausível a médio longo prazo. Não farei é como alguns que mudarão depois de nick para continuarem a vir cá defender sempre o indefensável. Isso não farei.