Actualidade Nacional

Teófilo Cubillas

Tribuna Presidencial
25 Maio 2013
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Organizações fascistas como o Ergue-te e a grupeta daquele rapaz com bigodito de pré-adolescente não têm direito a existir. São vedadas constitucionalmente.

Se o caso do Chega é bicudo, porque é discutível se a ideologia é fascista (e é discutível se o salazarismo é fascista), no caso dos grupos que mencionei acima é inequívoca a ideologia fascista. A lei erra em estabelecer que só as organizações / partidos fascistas estão proibidos, devia ser um termo mais abrangente de forma a englobar aqueles casos em que, não sendo propriamente fascistas, são igualmente perigosos.

O Ergue-te só existe porque se apoderou do falecido PRD do General Eanes para garantir a aprovação do Tribunal Constitucional. Caso fosse um partido criado hoje, não tenho dúvidas de que não seria aprovado.
Os fachos não são organizações ou partidos. São indivíduos. Qualquer cidadão têm o direito a defender a ideologia que lhe apetecer, desde que o faça dentro da legalidade. Não percebo onde está a dúvida.
 

bluemonday

Tribuna
4 Maio 2024
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  • Reinaldo Teles
  • José Maria Pedroto
Os fachos não são organizações ou partidos. São indivíduos. Qualquer cidadão têm o direito a defender a ideologia que lhe apetecer, desde que o faça dentro da legalidade. Não percebo onde está a dúvida.
A manifestação foi convocada por grupos e partidos fascistas.

A Constituição não proíbe alguém de ser fascista, porque a lei não pretende regular o que se passa dentro da cabeça das pessoas. Agora, não só o próprio discurso fascista é 99% das vezes punível, mas também os próprios partidos e grupos fascistas são vedados constitucionalmente.
 
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PDuarte

Tribuna Presidencial
16 Maio 2017
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Tu não.
mas houve quem o fizesse.
Não vou discutir semântica, embora tantas vezes sirva para encapotar...

A minha posição é clara neste assunto e, relativamente aqueles ordinários que estavam lá a desrespeitar a decisão que lhes foi comunicada pela polícia, uma ida ao dentista não lhes fará mal. Os das bandeirinhas, que tenham os seus cinco minutos de fama. A única bandeira que quero ver hoje é vermelha, verde, amarela, branca e azul nos cinco escudos dos mouros que levaram na tromba.
 

bluemonday

Tribuna
4 Maio 2024
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  • Reinaldo Teles
  • José Maria Pedroto
Felizmente, a SIC gravou os fachos a colocarem-se no meio dos que celebravam o 25 de abril, fingindo estar a fazer um protesto pacífico, e apanhou-os de repente a desatar aos murros e pontapés nas pessoas que estavam a comemorar a liberdade.

Tudo para depois acusar a extrema-esquerda de os atacar.

Atacaram jovens, mulheres e até crianças, que estavam em paz.
 

Portoallez2

Tribuna Presidencial
4 Setembro 2016
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Não vou discutir semântica, embora tantas vezes sirva para encapotar...

A minha posição é clara neste assunto e, relativamente aqueles ordinários que estavam lá a desrespeitar a decisão que lhes foi comunicada pela polícia, uma ida ao dentista não lhes fará mal. Os das bandeirinhas, que tenham os seus cinco minutos de fama. A única bandeira que quero ver hoje é vermelha, verde, amarela, branca e azul nos cinco escudos dos mouros que levaram na tromba.
Mas tu achas mesmo que as bandeiras da palestina apareceram ali por acaso? é evidente..foi tão preparado como os outros, tanto um como o outro foram para provocar..e eu que eu não gosto e admito é alguém achar normal no 25 de Abril irem para ali com bandeiras da palestina, é provocação clara e óbvia...
 

Panda Azul e Branco

Bancada central
14 Janeiro 2025
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Não consigo perceber como é que levar na mão uma bandeira dum país tão legítimo como outro qualquer e que só não existe porque Israel não deixa (com o suporte essencial dos EUA), é posto no mesmo plano que vir para a rua cometer actos violentos, racistas e xenófobos. Se as bandeiras fossem do Ku Klux Klan ou do Partido Nacional-Socialista dos Trabalhadores Alemães, dava para entender... assim não dá.
Para mim, é um bocado como se se pusesse no mesmo plano, pessoas que saem à rua para fazer um inofensivo piquenique e pessoas que saem à rua para roubar, violar e matar.
 

Teófilo Cubillas

Tribuna Presidencial
25 Maio 2013
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Claro que as bandeiras da Palestina iam dar problemas. Previsível.

 
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tocoolant

Bancada central
7 Abril 2016
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Ao dia de hoje passa mais um ano que o 25 de Abril de 1974 derrubou o Estado Novo e abriu caminho para que a liberdade e a democracia fossem uma realidade em Portugal e fora dele.

Tenho 39 anos e já nasci depois do 25 de Abril. Não vivi na ditadura nem vivi na pele os males que esta infligiu ao povo até ao eclodir da revolução. No entanto fui criado por três pessoas (pai, mãe e avó) que passaram por ela. Os sentimentos são muitos fortes e atravessam o corpo. Estórias dum tempo em que a miséria rural era normalizada e até glorificada como um bem moral da nação. Onde por um par de trocos se "chibava" o vizinho para os calabouços e para um país que vivia num permanente estado de negação em relação à situação na guerra onde jovens eram atirados para a morte no ultramar. Onde gente saía em debanda para França e onde se receava aprovar nas escolas as notas dos pobres não fosse de repente haver gente demais a quererer ser doutor.

Cresci num ambiente em que Abril é visto quase de forma mágica. De fim do pesadelo e início do sonho. E como tal a minha obrigação moral é e será transmitir aquilo que não pode nem nunca poderá sair da memória colectiva do Povo português. Nisto tudo dei por mim numa troca de mensagens com um amigo a dizer o seguinte:

"A cada dia que passa eu sinto mais o peso dessa responsabilidade. Não podemos deixar que o 25 de Abril se transforme numa coisa amorfa como o 5 de Outubro. Que está no calendário mas que não tem um significado maior do que um amontoado de motes cujo o seu significado foi erodido pelo tempo.

Para muita gente significou o fim da guerra onde iriam ser empurrados para morrer, significou o facto de não estar numa esplanada com medo de falar e significou para uma geração inteira a possibilidade real de transformar o mundo (por muito infantil e megalómano que pareça) para algo que será conduzido pelos sonhos do povo e não pelos interesses do império.

É imperativo que Abril viva e que a memória e aquilo que foi continue a ser um símbolo de esperança. Aquilo que foi a luta e o sacrifício de tantos terá não só que viver na memória mas também nas emoções daqueles que vivem em liberdade 51 anos depois da revolução."

Dado o meu curto momento de inspiração não posso deixar de partilha-lo.

Abril sempre!
 
Vlk

Vlk

Tribuna Presidencial
3 Junho 2014
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Lisboa
Mas tu achas mesmo que as bandeiras da palestina apareceram ali por acaso? é evidente..foi tão preparado como os outros, tanto um como o outro foram para provocar..e eu que eu não gosto e admito é alguém achar normal no 25 de Abril irem para ali com bandeiras da palestina, é provocação clara e óbvia...
Explica-me, por favor, porque é que a provocação é obvia? Provocação a quem e de que forma?

Mesmo que não aches que é um genocídio, faz este exercício mental... se eu achar que lutar contra um genocídio faz igualmente parte da luta pela liberdade e pela democracia não posso associar as duas coisas? Posso estar enganado, mas não estou a provocar ninguém, estou a lutar pelo que acho justo.
 
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bluemonday

Tribuna
4 Maio 2024
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  • Reinaldo Teles
  • José Maria Pedroto
Ao dia de hoje passa mais um ano que o 25 de Abril de 1974 derrubou o Estado Novo e abriu caminho para que a liberdade e a democracia fossem uma realidade em Portugal e fora dele.

Tenho 39 anos e já nasci depois do 25 de Abril. Não vivi na ditadura nem vivi na pele os males que esta infligiu ao povo até ao eclodir da revolução. No entanto fui criado por três pessoas (pai, mãe e avó) que passaram por ela. Os sentimentos são muitos fortes e atravessam o corpo. Estórias dum tempo em que a miséria rural era normalizada e até glorificada como um bem moral da nação. Onde por um par de trocos se "chibava" o vizinho para os calabouços e para um país que vivia num permanente estado de negação em relação à situação na guerra onde jovens eram atirados para a morte no ultramar. Onde gente saía em debanda para França e onde se receava aprovar nas escolas as notas dos pobres não fosse de repente haver gente demais a quererer ser doutor.

Cresci num ambiente em que Abril é visto quase de forma mágica. De fim do pesadelo e início do sonho. E como tal a minha obrigação moral é e será transmitir aquilo que não pode nem nunca poderá sair da memória colectiva do Povo português. Nisto tudo dei por mim numa troca de mensagens com um amigo a dizer o seguinte:

"A cada dia que passa eu sinto mais o peso dessa responsabilidade. Não podemos deixar que o 25 de Abril se transforme numa coisa amorfa como o 5 de Outubro. Que está no calendário mas que não tem um significado maior do que um amontoado de motes cujo o seu significado foi erodido pelo tempo.

Para muita gente significou o fim da guerra onde iriam ser empurrados para morrer, significou o facto de não estar numa esplanada com medo de falar e significou para uma geração inteira a possibilidade real de transformar o mundo (por muito infantil e megalómano que pareça) para algo que será conduzido pelos sonhos do povo e não pelos interesses do império.

É imperativo que Abril viva e que a memória e aquilo que foi continue a ser um símbolo de esperança. Aquilo que foi a luta e o sacrifício de tantos terá não só que viver na memória mas também nas emoções daqueles que vivem em liberdade 51 anos depois da revolução."

Dado o meu curto momento de inspiração não posso deixar de partilha-lo.

Abril sempre!
Excelente reflexão.

Concordo contigo, e creio que já passou tempo suficiente para concluir que o 25 de abril nunca poderá ser um 5 de outubro.

O 5 de outubro resultou num regime que foi igual ou até pior que o regime que substituiu, o monárquico.

Quanto ao 25 de abril, é inegável (exceto para fachos) que Portugal se transformou num país completamente diferente, muito melhor em todos os sentidos. Mas também podemos (e devemos) ter a consciência de que abril ainda se está a cumprir. Infelizmente, vejo muita gente a perder essa noção, em parte devido aos péssimos políticos que governaram o país em algum momento.

51 anos é um período de tempo muito curto. Há muito por fazer.
 

Dragão D'Ouro

O Porto é isto, é ganhar caralho
8 Fevereiro 2023
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Portoallez2

Tribuna Presidencial
4 Setembro 2016
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Explica-me, por favor, porque é que a provocação é obvia? Provocação a quem e de que forma?

Mesmo que não aches que é um genocídio, faz este exercício mental... se eu achar que lutar contra um genocídio faz igualmente parte da luta pela liberdade e pela democracia não posso associar as duas coisas? Posso estar enganado, mas não estou a provocar ninguém, estou a lutar pelo que acho justo.
Que eu saiba o 25 de Abril não é dia de celebração para a palestina..é desrespeitoso num dia como o de hoje sair com bandeiras da palestina e ir ali para o meio, parece mesmo ser para gozar e é óbvio de onde aquilo veio...foi propositado para provocar tal os como outros..
 
J

J | [Ka!s3r^].

Tribuna Presidencial
7 Abril 2012
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  • Alfredo Quintana
Não consigo perceber como é que levar na mão uma bandeira dum país tão legítimo como outro qualquer e que só não existe porque Israel não deixa (com o suporte essencial dos EUA), é posto no mesmo plano que vir para a rua cometer actos violentos, racistas e xenófobos. Se as bandeiras fossem do Ku Klux Klan ou do Partido Nacional-Socialista dos Trabalhadores Alemães, dava para entender... assim não dá.
Para mim, é um bocado como se se pusesse no mesmo plano, pessoas que saem à rua para fazer um inofensivo piquenique e pessoas que saem à rua para roubar, violar e matar.

O apelo à liberdade, próprio da data e da comemoração, ultrapassa a geografia da efeméride. Surgem mil e uma bandeiras e mensagens políticas no desfile pela Avenida da Liberdade. De partidos políticos, de organizações sociais, de sindicatos, de grupos minoritários, da Palestina... e é expectável que tal aconteça, pois as pessoas trazem para a marcha os seus próprios ideais, anseios e causas da liberdade. A Palestina é um problema de liberdade, antes de mais. Trata-se de uma ocupação ilegal, condenada sistematicamente pela comunidade internacional. Não surpreendem as manifestações de solidariedade, sobretudo neste momento. Mesmo que não se goste da expressão, não se pode forçar um determinado tipo de comemoração de Abril a milhares de pessoas, o que iria inclusive contra o espírito do próprio dia. É uma marcha política, não uma mera reunião festiva.
 

Dragão D'Ouro

O Porto é isto, é ganhar caralho
8 Fevereiro 2023
16,088
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Toca a expulsar o irmão do nosso Presidente da manifestação.


Defender e apelar à LIBERDADE de outros não devia ser permitido neste dia.
 
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