Muitos clubes pequenos sempre com a corda na garganta = polvo encornado pujante cada vez com mais tentáculos.
Há muitas divisões, incluindo as distritais, para todas as "terrinhas", sem desrespeito, poderem estar no mapa do futebol, à sua dimensão.
A 1a liga, que é a elite do futebol nacional, é que não existe para estarem lá representadas todas as "terrinhas", existe para lá estarem as melhores equipas, com melhor futebol, mais adeptos e mais condições para lá estarem.
Se num país pequeno e pobre como Portugal só poderem ser 10 em vez de 18 ou 20 como acontece em países muito maiores e mais ricos, paciência, é o que tiver de ser.
Nao queremos um futebol em que a maior parte dos estádios só enchem ou têm boas assistências em 5 jogos e no resto estão às moscas. Não queremos um futebol em que muitos clubes se prestam a fazer coisas contrárias à verdade desportiva a favor de um certo clube por uma questão de sobrevivência.
Queremos é um produto futebol melhor, mais atrativo para o adepto local e para o consumidor global, com estádios cheios e em que quase 100% dos adeptos se sentem representados. Um futebol melhor como espectáculo e mais rentável para os clubes.
Deixa-me usar o teu comentário para dar a minha contribuição ao tema.
Para as equipas portuguesas ficarem mais competitivas é preciso mais receita. Mais receita implica mais audiência.
Como em Portugal já não há muito mais para espremer, temos de ganhar público fora de Portugal (para lá da diáspora).
O público conquista-se com grandes jogos. E os grandes jogos - os cabeças de cartaz - são Porto - benfica, benfica - Sporting e Sporting - Porto. São esses jogos que fazem mexer a atenção fora de Portugal.
Santa paciência mas nenhum estrangeiro vai abdicar de ver um jogo da PL ou da La Liga para ver um Estoril - Moreirense. São os jogod grandes que temos de vender porque são esses que ainda têm mercado.
Reduzir o número de equipas por si parece-me pouco. Ganha-se espaço no calendário e financeiramente só se houver a centralização dos direitos televisivos porque faz com que as fatias para as equipas sejam maiores.
De resto, mantém-se tudo igual mas em menos jogos.
Se a redução for para avançar então que se reveja os modelos de competição.
Exemplo aberto a discussão:
- Reduzir o número de equipas para 14;
- Fase regular de 26 jornadas ( -8 que actualmente);
- Segunda fase em que se dividia, por exemplo, os 6 primeiros para um grupo e os restantes noutro mantendo as pontuações;
- No grupo dos primeiros seriam mais 10 jornadas. Se tirarmos as 8 da fase regular e a extinção da Taça da Liga batia mais ou menos ela por ela.
O que se ganhava com isso? Ia haver o dobro dos clássicos sendo que 6 eram numa fase final de época, que acaba sempre por suscitar mais curiosidade pois está se a decidir o campeão e quem sobe e desce.
Não me parece um modelo estapafúrdio.