Desconheço o Autor mas revejo-me completamente neste artigo.
"As imagens que aqui publicamos não são de uma qualquer catástrofe longínqua. São de Portugal, em pleno Verão de 2025, a poucos metros das casas de cidadãos que são assaltados pelo Estado religiosamente a toda a hora.
Não há meios, não há coordenação, não há sequer a decência de preparar o óbvio. Quando as chamas já lambem telhados,
o Governo vem anunciar que “accionou o Mecanismo de Protecção Civil da União Europeia”
e que “vão chegar quatro aviões Canadair” até dia 18 de Agosto. Agora? Quando já ardeu tudo!
O mais revoltante? Andaram a avisar que a Sexta-Feira seria o pior dia. Toda a gente sabia. Mas, no país do improviso subsidiado, o Estado só reage depois da tragédia consumada. O resultado está à vista: aldeias cercadas pelo fogo, famílias a combater chamas com mangueiras de jardim, bombeiros exaustos sem meios aéreos e populações abandonadas à sua sorte.
O regime adora dizer que “a terra é dos proprietários”. Mas, na prática, a propriedade rural em Portugal é uma farsa. O dono não pode cortar, limpar ou usar a sua terra sem se ajoelhar perante uma teia de licenças, autorizações e planos de ordenamento que mudam consoante o humor legislativo do momento. É o Estado que decide como, quando e para quê usar o solo. É o Estado que cria o maior combustível de todos: o abandono.
Numa ordem verdadeiramente livre, o proprietário poderia usar e gerir o seu terreno como entendesse - e responderia pelas consequências. Se deixasse mato acumulado e provocasse danos a terceiros, pagaria indemnizações num tribunal privado, simples e rápido. Essa ligação directa entre uso e responsabilidade é o que mantém florestas limpas na propriedade privada bem gerida.
Por que razão os terrenos das celuloses raramente ardem? Porque aí a propriedade é real. O registo é claro. O incentivo é directo: cada hectare queimado é dinheiro que desaparece. Há vigilância constante e limpeza planeada. Há liberdade de gestão e capacidade de reacção imediata.
No resto do país, temos o oposto: uma manta de retalhos de terrenos abandonados, burocracia impeditiva e um Estado que se mete em tudo, excepto em prevenir e combater incêndios quando é preciso.
Quando arde, lá vêm os milhões de “apoio” - dinheiro roubado à malta - para replantar, reconstruir e “revitalizar” as áreas queimadas. O custo de prevenir é privado e proibitivamente burocrático. O proprietário é tratado como suspeito se quiser limpar e como criminoso se quiser mudar o uso do solo. Resultado: ninguém investe, ninguém cuida, todos esperam que “o Estado resolva”. O Estado resolve…com a paisagem lunar que as fotografias documentam.
Não se trata de má gestão. Trata-se de uma lógica inerente ao próprio sistema: retirar a liberdade de uso da terra, destruir o incentivo à prevenção e depois aparecer como salvador na televisão, de botas calçadas, a prometer reconstruir com dinheiro alheio. Vejam a quantidade de palhaços que recebem o privilégio de uma câmara de TV na tromba por estes dias!
Enquanto isso, os que pagam coercivamente continuam sem bombeiros, sem meios aéreos, sem segurança - mas com impostos cada vez mais altos. Em qualquer sociedade livre, isto teria responsáveis claros, julgados e obrigados a indemnizar as vítimas. Em Portugal, é apenas mais um Verão, que terá as costas quentes das supostas “alterações climáticas”."