Começando pelo início, o que você quis entender como implicitar é lá consigo. Eu não referi múltiplas contas. Foi você que referiu. Eu apenas mencionei o curioso facto de responder a uma pessoa e depois ter uma resposta por parte de uma outra pessoa que nada tinha a ver com a conversa e por aí fora. Por mim até podem ter mil contas, a preocupação era a minha organização em saber a quem responder.
De acordo.
Agradeço a resposta pois ficamos a saber que mesmo uma pessoa que morra de covid morre de morte natural e normal. Assim se evita que se digam certas burrices.
Já conseguiu assimilar um conceito.
Quanto à prevenção de algumas doenças e o seu sucesso, e voltando a mencionar que a diabetes é um caso entre outros, é de facto curioso, e analisando os números, reparar que essas campanhas de prevenção têm surtido imenso efeito, sendo que continuam a morrer milhares de pessoas todos os anos, consumindo uma enorme fatia do SNS. Os mesmos argumentos utilizados para o fecho da economia com a excepcionalidade do Covid.
Aqui, continua a confundir agudo com crónico, extraordinário com usual, infecioso com degenerativo. Como não assimilou por repetição de exemplos, recomendo-lhe um dicionário.
O que é isso de milhares de pessoas? Está a falar de incidência numa população? Está a falar de sobrevida? NNT? Rastreio precoce? Já que fala na análise dos números, explicite ou apresente exemplos, em vez de atirar para o ar.
O problema é, e tendo em conta que todos os especialista alertam que esta pandemia não será caso único daqui para a frente, que solução existirá em termos futuros para cenários análogos. Já sabemos que para a malta que se caga para a economia desde que não lhes toque a eles, a situação é fácil. Fecha-se tudo e logo se vê. A questão é. E este cenário é viável? Poderemos dar-nos ao luxo de fecharmos a economia e as pessoas em casa a cada pandemia? Se as pessoas julgam que a resposta pode ser sim então são mais tolinhos da cabeça do que aquilo que eu julgo.
Quantas epidemias já ocorreram nos últimos 20 anos dos quais você não tem noção, dado que não o atingiram? SARS-COV1, Gripe das Aves, MERS, surtos de Cólera, surtos de Tuberculose, só para dar alguns exemplos.
Tal como os países asiáticos se adaptaram e têm uma resposta mais rápida e eficaz, também a sociedade europeia e a portuguesa, por consequência, desenvolverão medidas nesse sentido. Se não existem ainda mecanismos sociais e legais eficazes para além da restrição de circulação, a obrigatoriedade do uso de máscara, a desinfeção das mãos e superfícies (uma medida de higiene básica, que nem devia ser necessária uma pandemia para ser usual), aplicam-se os que existem. Em casos futuros, existirão mecanismos que permitirão manter uma maior normalidade nos períodos de surto.
Quanto ao resto, é irónico que eu seja apelidado de Nostradamus por relatar aquilo que está a acontecer diante dos nossos olhos. Não é um cenário distante o cenário da destruição económica. Está a ser adiado com camiões de dinheiro emprestado e moratórias mas alguém terá que pagar estas contas. Mais tarde ou mais cedo seremos todos chamados a pagar mais esta fatura. E utilizando este critério, que analogia sugere para categorizar os atrasados mentais que andaram aqui a prometer, de forma criminosa, um milhão de mortes de portugueses provocados pelo covid? Os zandingovids?
Você chama a quem proferiu essas declarações o que quiser. Dado que intuiu no post anterior para uma revolta associada à crise económica, pode igualmente ser comparado ao famoso vidente.
A destruição económica não vai parar por se poder circular livremente, ter 50 pessoas em 4m2 e esfregarem-se livremente no Piolho ou no Via Rápida. Nem por toda a gente ir comer tapas à Ribeira ou comprar t-shirts ao NorteShopping. Um país com economia pouco robusta, apoiado em setores voláteis, não resiste a estes climas económicos. Mais, se em Portugal não fosse tomada medida nenhuma, a economia afundava na mesma de arrasto com as outras, mas arrastávamos a saúde mais depressa, para gaudio daqueles que querem que soframos todos.
Outra frase curiosa é que esta crise covid é uma crise excepcional mas que a economia irá contrair como em todas as crises. Então meu caro, não sabe que a economia já regrediu em números que não se via desde inícios do século passado? Que é uma crise em nada comparável com outras crises do passado?
Gostava de ver esta afirmação fundamentada. Ainda por cima, referenciando um período histórico em que ocorreram outras crises, nomeadamente uma Grande Depressão, uma Guerra Mundial e, pasme-se, uma Pandemia. Consegue traçar um paralelismo?
Então e refere, calmamente, que se chegarmos lá depois logo se vê o que se irá fazer? Então e este caminho suicida e sem precedentes que nos levou a este final não tem ligação com o que se está a passar?
Onde está essa afirmação que me atribui?
Se o argumento da economia não é válido, como vocês tentam passar, então porque raio, e estando nós em muito pior situação que em Março, não se adoptam as mesma medidas de colocar tudo em casa durante 2 meses? Gostava que me explicasse.
Porque,
no entender de quem decide, foram tomadas medidas que garantiriam uma resposta apropriada a nova vaga (uma mentira propagandeada, o “Milagre Português” contestado diariamente por quem está nos Hospitais e Centros de Saúde deste país). Porque tentaram promover atividade turística para garantir algum influxo de divisas. Porque uma economia baseada em serviços não suporta confinamentos prolongados. Foi à conta deste raciocínio que se levantaram a maior parte das restrições a partir de Abril/Maio. O resultado é o atual: novo confinamento / semi-confinamento. E, deixe-me informá-lo, agora já não há por onde esticar a manta.
Porque raio, e se a situação é excepcional, não se nacionaliza o setor privado da Saúde? Porque não se tornam gratuitos todos os medicamentos/tratamentos/testes relacionados com a covid até podendo-se nacionalizar as farmácias todas do país? Qual a sua opinião sobre isto? Certamente que, e dado o cenário excepcional, o fator legal aqui não importará para nada. Tempos excepcionais medidas excepcionais certo?
Nacionalizar - passar para domínio do Estado o que era do poder de empresa privada; proceder à nacionalização
Entenda que nacionalizar não implica mudar o
modus-operandi (semântica).
Pode-se nacionalizar tudo, desde que haja dinheiro para pagar. O facto de se nacionalizar uma farmácia não significa que ela passe a funcionar gratuitamente. Fornecer medicamentos gratuitamente é diferente de os medicamentos custarem 0 a alguém.
É fácil perceber que o financiamento dessas estruturas nacionalizadas seria, mais uma vez, através dos impostos.
Qual fator legal? Existe jurisprudência e regulamentação própria para nacionalizações.
Na minha opinião, existindo parcerias e protocolos com o sector privado e social, a nacionalização não mudaria nada. O teor, os meios de pagamento e a conclusão (tardia) desses protocolos são outro assunto. Na ausência destes acordos e, em caso de necessidade, a solução passa por requisição civil.
Quanto ao cenário das teorias da conspiração, novamente é você a fabular em relação ao que eu escrevi. Pode fazê-lo à vontade que não é por isso que se torna real. E acho curioso, e pese embora não saiba as profissões de cada um dos que vai aqui respondendo, que as pessoas ligadas à saúde tenham esta opinião sobre a economia e o desemprego. Curioso seria saber se os vossos rendimentos e empregos e vidas de familiares estivessem dependentes disso se a coerência seria a mesma. Eu tenho a certeza que não.
Obrigado por expor a sua opinião. Dado que tem a certeza, é inútil persuadi-lo do contrário.