Estou farto, farto, FARTO desta mentira muitas vezes dita que se tornou verdade na cabeça de uns que o Óliver não contribui defensivamente. Tem a mesma origem daquela que o Óliver não tem intensidade para jogar no nosso meio campo.
O Óliver contribuiu mais defensivamente em 17/18 que Otávio, Brahimi, Corona, Hernâni ou André André e todos os restantes homens de ataque. Comparando esses valores ao desta época, contribui mais defensivamente também que o André Pereira.
O busílis da questão é o 4-4-2 e a impossibilidade de Óliver assumir um lugar nesse duplo pivot de tração atrás. Se com Danilo fazia sentido, com Herrera ou Sérgio, Óliver fica limitado em funções que não lhe permitem explorar as suas melhores qualidades.
Do mesmo modo, nunca compreendi porque é que em jogos no 4-3-3, Óliver fica no pivot e avançava Herrera. Mas de qualquer forma, em jogos de 4-3-3, faz todo o sentido ter Óliver dentro de campo. Em 4-4-2, e tendo em conta o trabalho que tem sido entregue ao André Pereira, de menor exploração da linha (comparativamente a Marega) e de segurar a bola em terrenos recuados, a posição mais próxima daquilo que retira o melhor de Óliver no nosso esquema será mesmo a de segundo avançado. Aliás, já o vimos a fazer isso na Supertaça, depois da lesão do Soares, em que ficou em campo como jogador mais adiantado, e mesmo com 10 jogadores criou perigo e ofereceu o golo ao Corona.