Pelo menos o Sócrates pensava em grande, em milhões, casa em Paris. Este é o pequeno trafulha, contas de 50 mil euros para não ter que dar satisfações a ninguém, recuperação de imóveis para não pagar IMI, enfim, e o resto que é público, não vale a pena repetir.
Um gajo com este background nunca poderia ser candidato a PM (até a deputado, tenho dúvidas) mas a direita é que sabe. Não venham depois é falar em rigor, que toda a gente se ri.
Antes uma troca de primeiros-ministros, como acontece em muitas democracias, embora o processo não seja comum na nossa. De um miserabilismo desolador.
Obras num apartamento, obras noutros apartamentos, empresas familiares, suspeitas de favorecimentos locais, dinheiros dispersos por contas... É a mulher, são os filhos, é a esposa do filho do dono da gasolineira que ingressa na empresa familiar, é o amigo da Solverde... Suponho que muitos outros actores políticos procedam de forma semelhante e que este não seja um tipo de percurso e prática restritos ao primeiro-ministro. Para mais formado em Direito e conhecedor dos limites da lei e das instituições. No entanto, para liderar um país... enfim, não cai bem, talvez fosse preferível uma outra imagem.
Há muito de absurdo em tudo isto, desde logo e sobretudo a transformação de um problema estritamente pessoal numa crise política nacional.
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