OÉ estúpido e até pode ser prejudicial para uma geringonça. Imagine-se que o PS fica em primeiro, mas a AD e a IL conseguem mais deputados que a esquerda. Governariam estes últimos? Não concordo.
Além disso, é um caminho inútil, porque da mesma forma que alega que o Chega não conta, outros também o podem fazer com partidos da esquerda. Acho que não compreende a diferença entre reputar um partido para governação - aqui o Chega não entra - e reputar um partido para efeitos de visão política e sociológica maioritária do povo português - aqui o Chega já conta.
Se ele quer evitar o voto útil, porque se colocou durante a campanha inteira ao lado do PS e do Pedro Nuno (vá, com críticas aqui e ali)? Pressuponho que seja complexo de inferioridade. Não só o Rui Tavares é muito mais competente, idóneo e ponderado que o PNS, mas também poderia beneficiar o LIVRE ainda mais.
O partido vai crescer, porém poderia crescer mais se não estivesse tão junto ao PS. É um completo tiro no pé.
Chega na verdade auto excluiu-se. Ninguém consegue confiar num partido que à primeira medida impopular estava a saltar fora do governo.
O que o Tavares defende teria lógica se
1/ O PS ganhasse as eleições
2/ a esquerda tivesse uma boa votação no mínimo próxima da maioria absoluta
não me parece que vá acontecer nenhuma das duas.