Chegou o Messias á tugalandia
Eu acho é que tu não entendes, porque vês-me a falar de direito à autodeterminação corporal e pensas que é absoluto, mesmo que esteja constantemente a dizer que não há direitos absolutos.Tu é que não entendeste o que escreveste.. foi só isso.
Mas ela não perde. Ninguém perde direitos, apenas cedem face a outros direitos ou normas.Por acaso acho a pergunta do Sirmister bastante pertinente: porque é após as dez semanas a mulher perde de repente direito à autodeterminação sobre o seu corpo? Mas acho que não existe uma resposta lógica e satisfatória para esta pergunta, e portanto a conversa acaba por se tornar inútil.
Absolutamente. Há coisas macabras que acontecem em sítios onde não é legal.Qual é a cena do aborto?
Ser legal não obriga as pessoas a fazer abortos
E ser legal só protege, a nível de cuidados médicos especializados, as mulheres que os queiram fazer
Ilegalizar a prática não acabaria com a mesma
E só piorava as condições onde seria realizada
Eu não venho falar em nada tu é que falaste nisso no post que citei.. e há quem defenda o que escreveste nesse post.Eu acho é que tu não entendes, porque vês-me a falar de direito à autodeterminação corporal e pensas que é absoluto, mesmo que esteja constantemente a dizer que não há direitos absolutos.
Nem o direito à vida é absoluto, pode ceder em certas circunstâncias.
É a única interpretação que eu tenho do que escreveste, porque só vieste falar dos prazos e não percebo a incoerência naquilo que escrevi.
Onde mudei o que disse e onde falta informação?Eu não venho falar em nada tu é que falaste nisso no post que citei.. e há quem defenda o que escreveste nesse post.
Com os complementos que fizeste quando te perguntei mudaste tudo é só isso.. faltava informação, não era uma questão de incoerência.
Não perde, apenas cede, etc., acho tudo isto muito vago quando se está a falar de IVG.Mas ela não perde. Ninguém perde direitos, apenas cedem face a outros direitos ou normas.
Apenas existe uma ponderação, no caso da IVG: a mulher pode recorrer à IVG até x tempo, prevalecendo o seu direito; a partir daí, a tutela conferida à vida intra-uterina prevalece, por várias razões. Outra forma de ver o prazo é entendê-lo como uma restrição ao direito, é uma perspetiva válida. É uma concordância prática, o direito não deixa de existir.
Tal como não deixa de existir um direito à vida só porque alguém atua em legítima defesa. Os direitos podem ceder face a outros direitos e podem mesmo sofrer restrições em certos casos (como o direito à greve, como a liberdade de expressão).
Ia tornar o recurso ao mesmo através de uma "darkweb de abortos".Ilegalizar a prática não acabaria com a mesma
E só piorava as condições onde seria realizada
O problema é que a sociedade atual não é saudável nem aberta.. estamos a caminhar para retrocessos que se pensavam impossíveis. Mas o povo merece porque é o povo que está a votar neste tipo de coisas. Com ignorância, mas a ignorância não desculpa tudo..Ia tornar o recurso ao mesmo através de uma "darkweb de abortos".
Com meios, métodos e condições proporcionais ao que é "alternativo" e a falta de direitos e assistência óbvia "olhe fez aqui habilitou-se".
Por isso é que não deve ser ilegalizado, antes obviamente possível através dos meios médicos legais, mas regulamentado.
E educar as pessoas, é sempre um primeiro passo, numa sociedade saudável e aberta.
Existem coisas que são e devem ser compromissos em termos sociais, e existem outras coisas no mundo que são absolutos, porque existem sem dúvida absolutos, mas a maioria das coisas não o são.O problema é que a sociedade atual não é saudável nem aberta.. estamos a caminhar para retrocessos que se pensavam impossíveis. Mas o povo merece porque é o povo que está a votar neste tipo de coisas. Com ignorância, mas a ignorância não desculpa tudo..
Isso é uma falácia. Olha a Suíça.A regionalização não faz sentido. Somos um país demasiado pequeno para isso.
Deves ter que pagar da mesma maneira que eu pago se quiser fazer uma intervenção cirúrgica, como por exemplo uma vasectomia. Se é uma opção e não um caso de saúde o encargo deve ser do doente que pede essa intervenção.Percebo o ponto de vista, mas seria problemático o estado recusar pagar o aborto se a mulher não está a cometer nenhuma ilegalidade. Seria entrar por um caminho ambíguo. Por esse caminho, o estado também poderia decidir que quem não tivesse cuidado com a sua saúde, fumasse dois maços de tabaco por dia ou fosse hiper-obeso deixaria de ter acesso gratuito a cuidados de saúde. Não pode ser.
Mas este tema do aborto é dos mais complexos que há, porque envolve questões jurídicas, políticas e morais. Dá pano pra mangas.
Acho que não interpretaste bem aquilo que escrevi.Isso não faz qualquer sentido. Primeiro, porque o pai não tem nenhum direito neste caso. O direito é o da mulher, de autodeterminação corporal - é ela que arca com as consequências da gravidez, não o pai. Dar um direito potestativo ao pai de determinar unilateralmente o aborto da mulher constituiria uma flagrante violação do direito à autodeterminação corporal.
Depois, a questão das obrigações de alimentos: são determinadas em função dos filhos, não da mulher.
O Estado deve pagar pela IVG porque é uma questão de saúde pública. Foi precisamente uma das razões que levaram à despenalização.
Não pagas para fazer uma vasectomia. Faz parte do SNS.Deves ter que pagar da mesma maneira que eu pago se quiser fazer uma intervenção cirúrgica, como por exemplo uma vasectomia. Se é uma opção e não um caso de saúde o encargo deve ser do doente que pede essa intervenção.