Cartel do regime (Organização Criminosa)

sqkizoo

Bancada central
4 Junho 2014
1,188
35
Maia
cmorais disse:
O LFV a chamar espantalho ao FJM. O homem está mesmo apertado!

E já faz chantagem com os clubes pequenos a dizer que, a continuar assim, deixa de emprestar jogadores a clubes portugueses.
Algo que já devia estar em prática.

Os empréstimos em Portugal funcionam apenas para a promiscuidade, está mais do que provado.

Para mim, empréstimos apenas para divisões secundárias (dado que até na 2ª liga existem interesses vários, logo a começar pelas equipas B).
 

Pinetree

Tribuna Presidencial
27 Maio 2012
14,006
5,695
PortoMDL disse:
Na minha opinião, pagar para ganhar devia ser permitido. Dar prémios a jogadores para conseguirem tirar pontos aos adversários não vejo mal. Está muito longe de corrupção.
Sempre se fez isso em Portugal mas agora é diferente, já é crime.
Felizmente que no regime fala-se em ambos os casos, para ganhar e para perder :) :) :)

Senão do teu ponto de vista o regime não tinha qualquer culpa no cartório...
 

jcfcp

Bancada lateral
5 Maio 2018
526
0
São inquéritos a decorrer. Não são "denuncia anonimas", até podem ser fruto de denuncias anónimas. Acontece que se não tivessem ponta por onde se lhe pegasse o (s) JIC (s) não autorizavam buscas dia sim dia sim.
Isto não se faz com a leveza que querem fazer crer.
Nunca achei este assunto relevante, mas é a minha opinião.
 

Vlk

Tribuna Presidencial
3 Junho 2014
15,837
5,973
45
Lisboa
PortoMDL disse:
Na minha opinião, pagar para ganhar devia ser permitido. Dar prémios a jogadores para conseguirem tirar pontos aos adversários não vejo mal. Está muito longe de corrupção.
Sempre se fez isso em Portugal mas agora é diferente, já é crime.
Portanto hoje o Setúbal joga contra o Porto e o slm paga-lhes uma fortuna para nos ganharem. Na próxima semana o slm vai ao Bonfim e a atitude competitiva do Setúbal qual vai ser?

Pagar para ganhar é implicitamente um pagamento diferido para perder.
 

henriqueg1984

Bancada central
19 Abril 2013
1,279
0
39
Caparica
Pagar para ganhar é dizer aos jogadores que só interessa correr num jogo em que ganham mais que em todo o ano é isto que o Futre e muitos defendem?

Pagar por exemplo 300 mil euros a uma equipa em dinheiro para ganhar, e anda-se a circular com esta quantidade de dinheiro vivo, já agora legalize-se isso e pagam impostos.

Para perder ou para ganhar é para mim igualmente uma vergonha, algumas pessoas podem é ter menos consciência pesada.
 

tsilva12

Tribuna Presidencial
10 Julho 2017
5,700
8,096
Conquistas
3
  • Campeão Nacional 19/20
  • Taça de Portugal 19/20
  • Supertaça 19/20
PortoMDL disse:
Na minha opinião, pagar para ganhar devia ser permitido. Dar prémios a jogadores para conseguirem tirar pontos aos adversários não vejo mal. Está muito longe de corrupção.
Sempre se fez isso em Portugal mas agora é diferente, já é crime.
Se um atleta profissional precisa de um "incentivo" extra para ir para dentro do campo dar tudo e tentar vencer o jogo, algo está mal com o carácter desse jogador. No fim do dia temos de ser racionais e perceber que isso é a profissão deles. Não é ganhar, é pelo menos tentar.
 

Malhanga

Tribuna
27 Novembro 2016
3,949
2,382
Pinetree disse:
Felizmente que no regime fala-se em ambos os casos, para ganhar e para perder :) :) :)

Senão do teu ponto de vista o regime não tinha qualquer culpa no cartório...
Pine,

Vemos opiniões muito estranhas por parte de alguns camaradas por aqui. ....

Deixa lá. ...
 

ruipsousa8

Tribuna Presidencial
9 Julho 2013
9,478
8,516
Conquistas
1
  • Alfredo Quintana
tsilva12 disse:
Se um atleta profissional precisa de um "incentivo" extra para ir para dentro do campo dar tudo e tentar vencer o jogo, algo está mal com o carácter desse jogador. No fim do dia temos de ser racionais e perceber que isso é a profissão deles. Não é ganhar, é pelo menos tentar.
Eu até percebo a lógica de quem acha que deveria de ser ilegal, eu não acho e muito menos em situações específicas como o último jogo do campeonato, mas por essa lógica, porquê que os contratos muitas vezes prevêem clausulas como por exemplo, bónus por golos marcados? Um PL por si não deveria ter essa função sem necessitar de um acréscimo?

Ou um prémio por ganhar um campeonato? Isto chamam-se objetivos, não é mau carácter, é simplesmente um acréscimo de motivação que não será a mesma durante toda a época.

Se me disseres que achas errado porque poderá ser concorrência desleal, ou indiretamente tráfico de influências, OK, respeito e tendo a concordar se for numa altura em que por exemplo as equipas em questão ainda defrontem o benfica posteriormente, mas o argumento que utilizaste no post não considero que faça grande sentido.
 

J | [Ka!s3r^].

Tribuna Presidencial
7 Abril 2012
7,888
9,271
Conquistas
1
  • Alfredo Quintana
Admiro-me que não se considere problemático que um terceiro, uma terceira parte, que nada tem que ver com o jogo em questão, pague a determinada equipa para obter um determinado resultado (ainda que seja uma vitória). Não está claro que esse pagamento deturpa a competição?... E onde está o sentido ético? Além de que suscita outras questões paralelas. De onde vem o dinheiro?, Para onde vai?, Que tipo de relação se constitui entre os clubes?, Se essa situação fosse legal, não estaríamos a um passo do crime?, Na prática, quantos clubes seriam capazes de dar 500 mil euros por uma vitória?... mais uma escorregadia artimanha para amplificar o poder dos grandes. A perspectiva de receber uma batelada de dinheiro manifesta-se em campo de que forma?, que consequência tem sobre um balneário?... Imagine-se que o benfica se encontra numa posição financeira pujantíssima. Oferece um incentivo a todas as equipas que nos defrontam. Fantástico. Uma equipa recebe 300/400 mil euros numa semana, e na seguinte bate-se com o clube que lhe proporcionou o belo jackpot…     
 

Ferreira1975

Bancada lateral
12 Março 2018
609
322
J | [Ka!s3r^]. disse:
Admiro-me que não se considere problemático que um terceiro, uma terceira parte, que nada tem que ver com o jogo em questão, pague a determinada equipa para obter um determinado resultado (ainda que seja uma vitória). Não está claro que esse pagamento deturpa a competição?... E onde está o sentido ético? Além de que suscita outras questões paralelas. De onde vem o dinheiro?, Para onde vai?, Que tipo de relação se constitui entre os clubes?, Se essa situação fosse legal, não estaríamos a um passo do crime?, Na prática, quantos clubes seriam capazes de dar 500 mil euros por uma vitória?... mais uma escorregadia artimanha para amplificar o poder dos grandes. A perspectiva de receber uma batelada de dinheiro manifesta-se em campo de que forma?, que consequência tem sobre um balneário?... Imagine-se que o benfica se encontra numa posição financeira pujantíssima. Oferece um incentivo a todas as equipas que nos defrontam. Fantástico. Uma equipa recebe 300/400 mil euros numa semana, e na seguinte bate-se com o clube que lhe proporcionou o belo jackpot…   
O dinheiro vem daquele esquema de empresas prestadoras de serviço fictícios, e levantamentos na "Casa De Papel" à Mala Ciau" hehege eles julgam-se inteligentes mas são burros que nem portas, aqueles gabinetes deviam trabalhar no método "Rangel" só que esse esquema foi apanhado, são demasiadas pontas soltas, acho que nem o "Professor" conseguia resolver tudo.
 

PortoMDL

Tribuna Presidencial
31 Outubro 2014
27,632
755
Conquistas
1
  • Campeão Nacional 19/20
tsilva12 disse:
Se um atleta profissional precisa de um "incentivo" extra para ir para dentro do campo dar tudo e tentar vencer o jogo, algo está mal com o carácter desse jogador. No fim do dia temos de ser racionais e perceber que isso é a profissão deles. Não é ganhar, é pelo menos tentar.
Tens razão mas o subconsciente é fodido... é como estares a perder por 2-0, se marcas o 2-1 a equipa parece diferente, ganha forças extra. A vontade de ganhar existe sempre, agora, se tiveres um prémio se calhar vais buscar forças onde não as tens e dar ainda mais para tentar o objectivo.
 

TubaraoBranco

Bancada lateral
20 Setembro 2017
735
732
Octavio Marques disse:
O passarem-se meses não significa que não vá ser. Todos gostavamos que fosse mais rápido.
O não haver notícias de outras diligências probatórias não quer dizer que não estejam em curso.
O tema dos vouchers é desde início uma distracção e face à gravidade do resto é irrisório.
A PJ é a PJ, não é de Lisboa ou do Porto.
O caminho é muito mais vasto que o aliciamento. Por não teres percebido isso é que te sabe a pouco. O aliciamento é uma parte do todo. Não te precipites nem fiques angustiado com "caminhos" e estratégias, as peças do puzzle continuam a cair uma a uma.
Os títulos deles serão colocados em causa pelo conjunto dos elementos probatórios. Isto não é como começa, é como acaba... e já agora isto tb não é para ser bonito, nem para entusiasmar. Isto é para ir CALMAMENTE até ao fim, seguindo um processo complexo, que já sabemos será longo, e que não funciona de acordo com os timings do desejo, da CS ou de observadores como nós.
Eu não fico angustiado, mas sou céptico nestas questões, até porque sou profissional da área e tenho conhecimentos nestas matérias que não me permitem partilhar dessa confiança.

Desde logo, quanto à constituição da SAD deles como arguida, ela tem que o ser logo que haja indícios da prática de crimes. Não o tendo sido após um sem número de buscas e outras diligências, no caso dos mails acho difícil que o venha a ser.

O processo "mala ciao" é uma outra investigação, que corre noutra unidade da PJ, com factos e elementos probatórios aparentemente novos. Tem pernas para andar? Não sei, logo se verá, mas não me parece que esteja relacionado com as investigações levadas a cabo no caso dos mails. Aliás, acreditando que se trata de denúncia anónima, dá ideia que o processo se encontra em fase embrionária.

A ajudar, na minha modesta opinião, aquela reportagem da SIC relativa ao jogo com o Marítimo, foi patética e só ajudou a descredibilizar.

É preciso não esquecer que, até em termos de comunicação e de impacto mediático, quanto mais se banalizarem os processos e a justiça, menos relevância o público lhe dará. Neste momento, tanto processo, tanta investigação, tanta busca, já deixa de ser novidade, deixa de vender jornais, logo, faz com que se perca algum efeito dissuasor.

Além do mais, em Outubro a Joana Marques Vidal sai e entra um novo PGR, nomeado pelo PS. É preciso dizer mais alguma coisa sobre as ligações do regime (e do Vieira, em particular) ao PS? Se calham de nomear um "arquivador" ao bom estilo do Pinto Monteiro, isto corre o risco de morrer cedo.
 

Fcp1998

Tribuna
11 Dezembro 2017
2,559
9
26
Braga
Lavagem de dinheiro, compra de jogadores e de juízes, escolha de árbitros. Os seis casos judiciais do Benfica

26 jun, 2018 - 12:00 • João Carlos Malta

O universo benfiquista está, há um ano, a ser abalado por uma catadupa de processos judiciais. Chegou-se à meia-dúzia. Os encarnados rejeitam qualquer ato ilícito, mas a pressão motivada pelas denúncias e investigações permanece alta.

O Sport Lisboa e Benfica, mais do que títulos, tem colecionado, no último ano, uma série de processos de investigação criminal, todos eles ligados a casos ilícitos relacionados com o futebol.

São já seis, sendo que esta segunda-feira foi conhecido o último caso, denominado “Mala Ciao”, que liga os benfiquistas à compra de jogadores para perderem contra a equipa encarnada e para ganharem ao FC Porto.

Há de tudo um pouco nesta meia dúzia de processos, desde um alegado esquema de corrupção de arbitragem para beneficiar o Benfica, à ideia de fazer pagamentos fictícios para pagar menos impostos, o que pode configurar crimes como fraude fiscal e ou lavagem de dinheiro.

O Benfica está ainda indiciado da compra de jogadores para ganhar e perder jogos, em mais do que uma época desportiva.

Os encarnados têm negado sucessivamente o envolvimento em práticas ilícitas, mas os rivais continuam a afirmar que onde há fumo, há fogo.

Recordemos então um a um os casos de justiça que envolvem o clube da Luz e que deixam o Benfica debaixo do radar dos investigadores.

Caso dos emails

A 6 de Junho de 2017, o assessor de comunicação do FC Porto, Francisco J. Marques, anuncia, num programa do Porto Canal, estar na posse de vasta documentação que prova a existência esquema de corrupção na arbitragem para beneficiar o Benfica.

O diretor de conteúdos da Benfica TV, Pedro Guerra, era o alvo principal, juntamente com o ex-árbitro da Associação de Futebol de Braga Adão Mendes. Guerra é ainda acusado de monitorizar informação interna e auditorias da Federação Portuguesa de Futebol.

Um dia depois, a 7 de Junho, o Benfica reage às acusações e revela a intenção de avançar com um processo de difamação e calúnia e outros processos. Considera o clube da Luz que os e-mails servem para “desviar as atenções”.

Guerra também reage com um "delay" de três dias em relação à denúncia do caso. E diz que "que o Benfica vai continuar a ganhar, seja futebol, seja no basquetebol, no voleibol, no hóquei em patins, no andebol, no atletismo".

"É esta a resposta que tenho a dar. O Benfica continua a trabalhar, segue o seu rumo independentemente de toda a boataria, de todas as mentiras. O Benfica não pára", reforça Guerra, sem negar nem confirmar a veracidade dos e-mails.

Mais tarde, na TVI, Guerra acabou por admitir a existência dos e-mails, mas disse não se lembrar dos seus conteúdos.

O presidente do Benfica, Luís Filipe Vieira, também comenta e, num discurso em que o vernáculo foi pontuação, disse: "Em relação aos e-mails, desculpem falar à português, tanta m… e zero. Não temos medo de ninguém, nunca comprámos um filho da p... de um resultado".

O Benfica anunciará, depois, ações judiciais contra os presidentes do Sporting e do FC Porto, medida que será reforçada meses depois pelo facto de os encarnados se queixarem da violação da correspondência interna do clube. O assessor de comunicação do Benfica, Luís Bernard, diz que o Portugal não pode ser um “paraíso do cibercrime”.

Mais tarde na investigação, Francisco J Marques junta novidades ao caso: há mais correspondência eletrónica entre dirigentes do Benfica e elementos da arbitragem. Marques dá a conhecer a troca de e-mails entre o assessor jurídico da SAD do Benfica, Paulo Gonçalves, e o delegado da Liga de Clubes Nuno Cabral. Nesta correspondência, é pedido ao Benfica que mova influência para ajudar a carreira de árbitros, concretamente, neste caso, Manuel Mota.

Em outubro do ano passado, a PJ fez buscas na Luz, sendo Paulo Gonçalves constituído arguido.

O caso ganha cariz político quando o secretário de Estado da Juventude e Desporto, João Paulo Rebelo, afirma, em entrevista à Renascença, a intenção de vierem a ser previstas sanções e punições para discursos difamatórios ou acusatórios no futebol português .

Em fevereiro deste ano, o Tribunal de Relação do Porto dá razão ao Benfica e o FC Porto é impedido de continuar a revelar conteúdo dos e-mails.

Mais tarde, em abril, a revista Sábado avança novos conteúdos, entre os quais o de um "powerpoint" em que a Benfica SAD assumia, internamente, como objetivo, em 2012, o "reforço" e "controlo" sobre "conselhos de arbitragem", "poder político", "media" e "judicial".

A questão passou por uma reunião de quadros benfiquistas, realizada a 18 de Junho de 2012, em que essa mensagem foi passada através da apresentação desse "powerpoint".

E-toupeira

Em consequência do caso dos emails, nasce o e-toupeira. Paulo Gonçalves, assessor jurídico do Benfica, um técnico informático e um funcionário judicial são detidos pela Polícia Judiciária por suspeitas de corrupção ativa e passiva.

Alegadamente, Paulo Gonçalves terá subornado ou aliciado três funcionários judiciais para lhe fornecerem dados do chamado “caso dos e-mails”. Mais tarde, o número de arguidos subiu até sete.

Foram realizadas trinta buscas nas áreas do Porto, Fafe, Guimarães, Santarém e Lisboa que levaram à apreensão de "relevantes elementos probatórios".

Nesta investigação, iniciada há quase meio ano pela Unidade Nacional de Combate à Corrupção da PJ, averigua-se "o acesso ilegítimo a informação relativa a processos que correm termos nos tribunais ou departamentos do Ministério Público a troco de eventuais contrapartidas ilícitas a funcionários".

O Benfica diz manter a confiança em Paulo Gonçalves e reitera que o clube agirá judicialmente sobre os clubes que ponham em causa o bom nome do Benfica.

Já o presidente do FC Porto, Jorge Nuno Pinto da Costa, numa entrevista à revista Dragões fala sobre a suposta "rede de tentáculos a todos os títulos vergonhosa" do Benfica, que a "operação e-toupeira" veio expor mais ainda.

Neste processo, há uma nova ramificação política com a revelação de um documento em que o primeiro-ministro, António Costa, pede bilhetes para os seus filhos, na altura em que era presidente da Câmara de Lisboa.

Caso Aliciamento

A Polícia Judiciária (PJ) e o Ministério Público (MP) investigam todos os jogos realizados pelo Benfica, para a Liga, nas últimas cinco épocas. Em causa estão mais de 160 jogos.

O caso começa por se reportar a um jogo entre Benfica e Rio Ave, mas, mais tarde, junta-se-lhe o jogo com o Marítimo da mesma época: 2015-2016.

Segundo uma reportagem da SIC, um jogador do Marítimo revela que dois homens, entre os quais o empresário César Boaventura, marcam um encontro no Pestana Casino Park Hotel, na Madeira, em vésperas da equipa madeirense defrontar a da Luz. Oferecem-lhe 40 mil euros para não jogar como o habitual. O jogador recusou a oferta e diz que nunca mais os viu. Os homens nunca se identificaram durante a conversa.

Ao mesmo tempo, também o Sporting é acusado de ter pagado 40 mil euros à equipa insular para que ganhasse esse jogo ao Benfica.

Operação Lex

A investigação visa o juiz desembargador Rui Rangel, ex-candidato à presidência do Benfica, e implica o atual líder dos encarnados, Luís Filipe Vieira. São os pontos de partida para a Operação Lex, uma grande investigação Unidade Nacional de Combate à Corrupção (UNCC) da Polícia Judiciária (PJ).

A investigação surgiu a partir de uma certidão extraída da Operação Rota do Atlântico, na qual há dois arguidos em prisão preventiva: José Veiga, ex-empresário de jogadores, e Paulo Santana Lopes, irmão do antigo primeiro-ministro Pedro Santana Lopes.

A PJ fez 33 buscas, entre as quais na casa e no gabinete de Rui Rangel, na SAD do Benfica e na casa do Vieira. Nas palavras da Procuradoria-Geral da República, estão em causa suspeitas dos crimes de “corrupção e recebimento indevido de vantagem, branqueamento de capitais, tráfico de influências e fraude fiscal”.

Os juízes Rui Rangel e Fátima Galante encabeçam a lista que conta já com 12 arguidos. São ambos desembargadores - juízes de um tribunal de segunda instância - no Tribunal da Relação de Lisboa.

O presidente do Benfica, Luís Filipe Vieira, terá prometido lugares de destaque no clube ao juiz Rangel, com quem comunicava em código, segundo a revista "Sábado". O líder encarnado usava o código "IC19", designação da via que liga Lisboa e Sintra, para comunicar com Rangel, quando se referia à alegada promessa do juiz de intervir no litígio fiscal de 1,6 milhões de euros que a empresa de Vieira tinha com o Fisco.

Em troca Vieira prometia um cargo remunerado na futura direção da escola e universidade do Benfica. Rangel passaria, ainda, a ser um "convidado VIP" das viagens do clube ao estrangeiro, a contar para as competições internacionais.

Suspeitas de lavagem de dinheiro

O alerta bancário sobre a transferência de 1,89 milhões de euros do Benfica para uma consultoria informática e o posterior levantamento do dinheiro está na origem da investigação que foi espoletada por um alerta bancário. O depósito de uma grande quantia e o imediato levantamento da mesma motivou o alerta às autoridades.

De acordo com o Jornal de Noticias deu a conhecer, existe no Benfica um esquema para pagar menos impostos que pode configurar o crime de fraude fiscal e o de lavagem de dinheiro.

Fonte oficial da Policia Judiciária confirmou as buscas no Estádio da Luz e até agora já há seis arguidos confirmados, entre os quais sociedades ligadas aos encarnados.

A investigação procura “esclarecer se os montantes faturados por várias empresas ao Benfica tinham na sua base efetivas prestações de serviços ou se foram apenas uma forma de justificar a saída de alguns milhões de euros das contas dos encarnados”. Por outras palavras, o MP e a PJ desconfiam de lavagem de dinheiro na Luz.

O Benfica começou por negar a notícia do Jornal de Notícias que denunciou o caso, dizendo ser difamação, mas mais tarde a Procuradoria-Geral da República confirmou buscas que contaram com 25 inspetores da PJ resultaram seis arguidos, oito mandados de busca e uma quantia de 1,9 milhões de euros de uma suposta prestação de serviços de consultoria informática.

RR
 

PV3

Bancada central
30 Maio 2017
2,278
345
Conquistas
1
  • Janeiro/18
Os corruptos têm um empréstimo obrigacionista de 45M a vencer agora em Julho.
Até agora ainda nao se ouviu falar da emissao de um novo.
Estranho, parece-me impossivel que nao façam um novo, dada a antecipaçao de receitas que fizeram este ano.


Encontrei um quadro interessante com o resumo dos EO's deles.
Consegue-se perceber que de 2004 a 2013, apenas tinham um empréstimo obrigacionista por cada período.
Entre 2013 e 2016, tiveram 2 EO's a decorrer ao mesmo tempo.
E desde 2017, têm 3 EO's a decorrer simultaneamente.


 

Ferreira1975

Bancada lateral
12 Março 2018
609
322
TubaraoBranco disse:
Eu não fico angustiado, mas sou céptico nestas questões, até porque sou profissional da área e tenho conhecimentos nestas matérias que não me permitem partilhar dessa confiança.

Desde logo, quanto à constituição da SAD deles como arguida, ela tem que o ser logo que haja indícios da prática de crimes. Não o tendo sido após um sem número de buscas e outras diligências, no caso dos mails acho difícil que o venha a ser.

O processo "mala ciao" é uma outra investigação, que corre noutra unidade da PJ, com factos e elementos probatórios aparentemente novos. Tem pernas para andar? Não sei, logo se verá, mas não me parece que esteja relacionado com as investigações levadas a cabo no caso dos mails. Aliás, acreditando que se trata de denúncia anónima, dá ideia que o processo se encontra em fase embrionária.

A ajudar, na minha modesta opinião, aquela reportagem da SIC relativa ao jogo com o Marítimo, foi patética e só ajudou a descredibilizar.

É preciso não esquecer que, até em termos de comunicação e de impacto mediático, quanto mais se banalizarem os processos e a justiça, menos relevância o público lhe dará. Neste momento, tanto processo, tanta investigação, tanta busca, já deixa de ser novidade, deixa de vender jornais, logo, faz com que se perca algum efeito dissuasor.

Além do mais, em Outubro a Joana Marques Vidal sai e entra um novo PGR, nomeado pelo PS. É preciso dizer mais alguma coisa sobre as ligações do regime (e do Vieira, em particular) ao PS? Se calham de nomear um "arquivador" ao bom estilo do Pinto Monteiro, isto corre o risco de morrer cedo.
No entanto e sendo da área, diz lá quantos processos resultantes de denúncias anónimas tiveram como resultado buscas constantes com presença de Juízes de Instrução e Procuradores, que está no meio sabe que estas diligências só se fazem quando há já alguns elementos de prova fortes, quanto à SAD ser constituída arguida nem me preocupa, até porque o importante por agora é investigar os peões envolvidos e alguns já o foram, porque a SAD pode ser constituída arguida, quando assim o determinar com tem a condução do processo ou a pedido dos responsáveis do Benfica para dessa forma utilizar os meios de defesa que acharem adequados, os supra sumos escritórios de advogados há deve ter pensado nisso não tenho dúvidas.
 

Octavio Marques

Arquibancada
14 Junho 2017
330
1
No caso das malas para ganhar, para além das óbvias e mais relevantes questões éticas e desportivas, ficam umas singelas questões de escriturário para ajudar a alumiar o caminho aos estimados repórteres de investigação da nossa CS, que tanto se distraem a ver comentadores na televisão:
- De onde veio o dinheiro? Estava contabilizado no slm? Não se vê nada nas contas quanto a saídas. Se estava, a que título saiu? Se não estava, estava onde? Num cofre? De quem? E não estamos assim perante um potencial circuito de branqueamento de capital?
- Quem o recebeu pagou impostos por isso? É que desculpem pá. Mas eu tenho de pagar os meus - o que acreditem, não me convém nada - pelo que agradecia que estivessemos todos iguais quanto a essas obrigações.
- A AT já está a tentar actuar relativamente a essa situação? E a PJ relativamente ao branqueamento?
- A ter existido o esquema, terá necessariamente de ter sido executado por intermediários. Ora esses intermediários actuaram a título de quê? Clubismo? E se ganharam algo com essa actuação, declararam esses ganhos? Estará lá nas declarações de IRS dos próprios?
- E a CMVM, já agora. Preocupa-se com comunicação de variações de balanço relevantes mas assobia para o céu quando há suspeitas de circulação de fundos fora dos livros às centenas de milhar de euros?
- E os auditores da SAD, idem?
Enfim, pronto, não se incomodem muito mas quando tiverem um bocadinho agradecia a atenção. Obrigado.
 

Fcp1998

Tribuna
11 Dezembro 2017
2,559
9
26
Braga
Octavio Marques disse:
No caso das malas para ganhar, para além das óbvias e mais relevantes questões éticas e desportivas, ficam umas singelas questões de escriturário para ajudar a alumiar o caminho aos estimados repórteres de investigação da nossa CS, que tanto se distraem a ver comentadores na televisão:
- De onde veio o dinheiro? Estava contabilizado no slm? Não se vê nada nas contas quanto a saídas. Se estava, a que título saiu? Se não estava, estava onde? Num cofre? De quem? E não estamos assim perante um potencial circuito de branqueamento de capital?
- Quem o recebeu pagou impostos por isso? É que desculpem pá. Mas eu tenho de pagar os meus - o que acreditem, não me convém nada - pelo que agradecia que estivessemos todos iguais quanto a essas obrigações.
- A AT já está a tentar actuar relativamente a essa situação? E a PJ relativamente ao branqueamento?
- A ter existido o esquema, terá necessariamente de ter sido executado por intermediários. Ora esses intermediários actuaram a título de quê? Clubismo? E se ganharam algo com essa actuação, declararam esses ganhos? Estará lá nas declarações de IRS dos próprios?
- E a CMVM, já agora. Preocupa-se com comunicação de variações de balanço relevantes mas assobia para o céu quando há suspeitas de circulação de fundos fora dos livros às centenas de milhar de euros?
- E os auditores da SAD, idem?
Enfim, pronto, não se incomodem muito mas quando tiverem um bocadinho agradecia a atenção. Obrigado.
Tocaste em aspetos importantes, a parte de declarar a saída do dinheiro dos relatórios de conta e isso, gostei! :)