No caso das malas para ganhar, para além das óbvias e mais relevantes questões éticas e desportivas, ficam umas singelas questões de escriturário para ajudar a alumiar o caminho aos estimados repórteres de investigação da nossa CS, que tanto se distraem a ver comentadores na televisão:
- De onde veio o dinheiro? Estava contabilizado no slm? Não se vê nada nas contas quanto a saídas. Se estava, a que título saiu? Se não estava, estava onde? Num cofre? De quem? E não estamos assim perante um potencial circuito de branqueamento de capital?
- Quem o recebeu pagou impostos por isso? É que desculpem pá. Mas eu tenho de pagar os meus - o que acreditem, não me convém nada - pelo que agradecia que estivessemos todos iguais quanto a essas obrigações.
- A AT já está a tentar actuar relativamente a essa situação? E a PJ relativamente ao branqueamento?
- A ter existido o esquema, terá necessariamente de ter sido executado por intermediários. Ora esses intermediários actuaram a título de quê? Clubismo? E se ganharam algo com essa actuação, declararam esses ganhos? Estará lá nas declarações de IRS dos próprios?
- E a CMVM, já agora. Preocupa-se com comunicação de variações de balanço relevantes mas assobia para o céu quando há suspeitas de circulação de fundos fora dos livros às centenas de milhar de euros?
- E os auditores da SAD, idem?
Enfim, pronto, não se incomodem muito mas quando tiverem um bocadinho agradecia a atenção. Obrigado.