Sinceramente, para mim, fez-se justiça ao não manter o Bruno na cadeia e considero as medidas de coacção perfeitamente ajustadas. O juiz está de parabéns por, aparentemente, ter passado ao lado do circo mediático.
Ontem ouvi um jurista na TVI24, que até se identificou como portista (um grande bem haja, se os juristas lampiões fizessem o mesmo não havia metade do circo que foi montado) a desmontar por completo a argumentação sobre a acusação de terrorismo, sequestro e até incêndio. Diz ele que mais do que a semântica, o espírito da lei do terrorismo nunca se enquadra neste caso, e com razão. Disse também que uma situação que durou menos de 5 minutos nunca será considerada como sequestro. E por fim, riu-se da questão do incêndio porque, obviamente, pelas várias imagens que surgiram do caso não se vê vestígios de incêndio algum. No meio disto deu um baile ao Brazzers durante o programa, que me encheu as medidas todas.
Concordando com toda a argumentação do senhor, obviamente não digo que o Bruno seja inocente de todo. Aliás, será culpado de muita coisa envolvendo a invasão, mas terrorismo e sequestro? Haja noção do verdadeiro significado disso.
Dito isto, espero que o MP seja muito mais competente no caso das toupeiras do que o forró que montaram neste caso. E o sistema judicial devia ser chamado á pedra para responder pelo facto de terem privado um cidadão de liberdade durante 5 dias para um simples interrogatório judicial, para não falar da sua detenção a um domingo á tarde. Tudo comportamentos das autoridades que pensávamos extintos desde o saudoso 25 Abril de 1974.