- Sabes o que é um plano de contingência? Consegues fazer um para o futebol, no qual consigas colocar lá a regra mais básica para reduzir o contágio (isto é, o distanciamento social)? Vão jogar assim, é?
- Sabes o que é o R0 de um vírus? Sabes qual é o R0 do SARS-CoV-2? Sabes qual é a real probabilidade de um ambiente ficar infetado, por muito controlado que seja? Um ambiente ultra-controlado num hospital não pode ficar contaminado? Qual é mesmo a ideia? Fechar todos os jogadores, treinadores, tratadores da relva, roupeiros, dirigentes, cozinheiros, tudo num mesmo sítio durante 3 meses nesse ambiente super-controlado?
- A realidade de 1 de junho é qual mesmo? Uma realidade em que vai haver reagentes em abundância? Em que vai haver testes em abundância? Então mas afinal testam-se todos, ou só os jogadores? E afinal testam-se os jogadores todos os dias, ou só quando forem casos suspeitos? Se um jogador ficar infetado, como se faz?
- Mas desde quando é que os profissionais dos clubes não são pagos com a atual situação? Sofrem cortes? Não é como a todos? São mais do que alguém? Não há apoios para os que precisam?
- Qual é o problema de colocar as palavras de um treinador que recebe 2 milhões por ano? A sua opinião é mais ou menos do que a de outro alguém? Queres que coloque as do Willyan do Portimonense? São os dirigentes da FIFA, da UEFA e da Premier League que vão jogar? Foram os primeiros a suspender as suas competições quando o surto já estava bem avançado em Itália, por exemplo? Sabes quando é que tomaram a decisão de suspender as competições?
- E umas últimas perguntas: todo esse sacrifício vale a pena para quê, mesmo? É um bem essencial para quem? Para os jogadores, para os clubes, para a FIFA, para a UEFA, para as televisões? Os 2,5 mil milhões que a FIFA tem nas suas reversas servem para quê se não para situações como esta?