Nottingham Forest
2
FC Porto
0
Oct 23, 2025 at 08:00 PM

arichard

Tribuna Presidencial
1 Setembro 2016
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ISTO. E ainda é apelidado de lento e afins e que não convence. Já o tinha dito aqui: por exemplo, o Froholdt só faz o que faz em campo porque tem lá o Veiga a fazer as movimentações certas e a abrir espaços.

A importância do Veiga no nosso meio campo é absolutamente crucial. Foi por aqui que começamos a perder este jogo, a troca parva de um Rosário limitado pelo motor Veiga. O Veiga é muito mais físico que o Rosário e se era por aqui que Farioli queria ter mais músculo errou à grande. Acredito que o Veiga não deve estar nas melhores condições físicas e só por isso não foi titular. Preferiu poupá-lo para a batalha de Moreira de Cónegos.
Veiga ainda não está nas melhroes condições físicas?
Precisa do que mesmo?
Fez pre-epoca interirinha, tem vindo a jogar, não vai a selecção ... Vem de uma liga onde o desgaste é mínimo ...

Pareceu-me estratégico, Nem o Gul entrou ...
 

DiogoRafaf

Tribuna Presidencial
19 Abril 2018
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Não me surpreendeu a primeira derrota do FC Porto, a despeito do prometedor início de época, por duas razões essenciais: porque o jogar portista assenta em demasia na dimensão física e seria pelo menos igualado nesse plano - foi superado! - e porque o Nottingham tem mais argumentos de qualidade individual.
Só os mais desatentos ao futebol internacional podem desmerecer um meio-campo com Elliot Anderson, Douglas Luiz e Gibbs-White de início (e mais Sangaré, Dominguez e McAtee) no banco. Pressionar alto e roubar bolas depressa seria sempre muito mais difícil desta vez. Claro que os ingleses estreavam o terceiro treinador, mas se o momento não favorece a assimilação das novas ideias (o que tratando-se de Sean Dyche nem propriamente uma desvantagem), representa sempre um suplemento de motivação em jogos deste nível.

Ou seja, para contrariar estes sinais, era preciso um FC Porto tão forte como tem sido na disponibilidade para pressionar alto e ganhar duelos, mas ainda mais forte do que tem sido quando, em posse, não se sujeitando a perdas de bola rápidas face a um rival com mais andamento e talento. Combater fogo com fogo tinha tudo para correr mal.

E a aposta em Pablo Rosario no lugar de Gabri Veiga, uma vez mais desprezando Mora, só agravou o que já era árduo. Farioli saiu satisfeito com a parte defensiva do jogo, que foi aquela em que apostou. A desilusão está mesmo aí, e vem na linha da falta de audácia na segunda parte frente ao Benfica. Forte com os fracos há muitos. A ele próprio e ao FC Porto que está a construir já se exige bem mais. E melhor.

Ainda assim, não nos iludamos: não creio que mesmo o melhor FC Porto fosse, hoje por hoje, favorito a ganhar em Nottingham. Como ainda menos seria o frágil Benfica que foi, atemorizado, perder a Newcastle. Sei que já usei a palavra andamento neste texto, mas antes dele, do celebrado ritmo a que as equipas inglesas estão acostumadas e que não encontra paralelo por cá, conta a qualidade, de jogadores e de jogo.

Não falo sequer dos emblemas de topo ou do patamar seguinte, onde estão Tottenham, Aston Villa e Newcastle. Mesmo aquelas que vagueiam entre a fuga a despromoção e o sonho europeu - o Bournemouth, o Palace ou o Fulham, por exemplo - lutariam pelo título em Portugal. O equilíbrio só se consegue, e pontualmente, com um misto de grande competência em dois planos: na escolha de jogadores e no desenvolvimento de uma ideia.

E, por fim, coragem. E não tem sido fácil fazer com que coincidam em qualquer dos grandes portugueses.


Carlos Daniel , zerozero
 

Roberto_FCP

Tribuna Presidencial
Staff
9 Março 2012
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Não me surpreendeu a primeira derrota do FC Porto, a despeito do prometedor início de época, por duas razões essenciais: porque o jogar portista assenta em demasia na dimensão física e seria pelo menos igualado nesse plano - foi superado! - e porque o Nottingham tem mais argumentos de qualidade individual.
Só os mais desatentos ao futebol internacional podem desmerecer um meio-campo com Elliot Anderson, Douglas Luiz e Gibbs-White de início (e mais Sangaré, Dominguez e McAtee) no banco. Pressionar alto e roubar bolas depressa seria sempre muito mais difícil desta vez. Claro que os ingleses estreavam o terceiro treinador, mas se o momento não favorece a assimilação das novas ideias (o que tratando-se de Sean Dyche nem propriamente uma desvantagem), representa sempre um suplemento de motivação em jogos deste nível.

Ou seja, para contrariar estes sinais, era preciso um FC Porto tão forte como tem sido na disponibilidade para pressionar alto e ganhar duelos, mas ainda mais forte do que tem sido quando, em posse, não se sujeitando a perdas de bola rápidas face a um rival com mais andamento e talento. Combater fogo com fogo tinha tudo para correr mal.

E a aposta em Pablo Rosario no lugar de Gabri Veiga, uma vez mais desprezando Mora, só agravou o que já era árduo. Farioli saiu satisfeito com a parte defensiva do jogo, que foi aquela em que apostou. A desilusão está mesmo aí, e vem na linha da falta de audácia na segunda parte frente ao Benfica. Forte com os fracos há muitos. A ele próprio e ao FC Porto que está a construir já se exige bem mais. E melhor.

Ainda assim, não nos iludamos: não creio que mesmo o melhor FC Porto fosse, hoje por hoje, favorito a ganhar em Nottingham. Como ainda menos seria o frágil Benfica que foi, atemorizado, perder a Newcastle. Sei que já usei a palavra andamento neste texto, mas antes dele, do celebrado ritmo a que as equipas inglesas estão acostumadas e que não encontra paralelo por cá, conta a qualidade, de jogadores e de jogo.

Não falo sequer dos emblemas de topo ou do patamar seguinte, onde estão Tottenham, Aston Villa e Newcastle. Mesmo aquelas que vagueiam entre a fuga a despromoção e o sonho europeu - o Bournemouth, o Palace ou o Fulham, por exemplo - lutariam pelo título em Portugal. O equilíbrio só se consegue, e pontualmente, com um misto de grande competência em dois planos: na escolha de jogadores e no desenvolvimento de uma ideia.

E, por fim, coragem. E não tem sido fácil fazer com que coincidam em qualquer dos grandes portugueses.


Carlos Daniel , zerozero
Tão óbvio.
 

Dragão do Portal

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  • Alfredo Quintana
  • José Maria Pedroto
  • Cubillas
  • Madjer
Não me surpreendeu a primeira derrota do FC Porto, a despeito do prometedor início de época, por duas razões essenciais: porque o jogar portista assenta em demasia na dimensão física e seria pelo menos igualado nesse plano - foi superado! - e porque o Nottingham tem mais argumentos de qualidade individual.
Só os mais desatentos ao futebol internacional podem desmerecer um meio-campo com Elliot Anderson, Douglas Luiz e Gibbs-White de início (e mais Sangaré, Dominguez e McAtee) no banco. Pressionar alto e roubar bolas depressa seria sempre muito mais difícil desta vez. Claro que os ingleses estreavam o terceiro treinador, mas se o momento não favorece a assimilação das novas ideias (o que tratando-se de Sean Dyche nem propriamente uma desvantagem), representa sempre um suplemento de motivação em jogos deste nível.

Ou seja, para contrariar estes sinais, era preciso um FC Porto tão forte como tem sido na disponibilidade para pressionar alto e ganhar duelos, mas ainda mais forte do que tem sido quando, em posse, não se sujeitando a perdas de bola rápidas face a um rival com mais andamento e talento. Combater fogo com fogo tinha tudo para correr mal.

E a aposta em Pablo Rosario no lugar de Gabri Veiga, uma vez mais desprezando Mora, só agravou o que já era árduo. Farioli saiu satisfeito com a parte defensiva do jogo, que foi aquela em que apostou. A desilusão está mesmo aí, e vem na linha da falta de audácia na segunda parte frente ao Benfica. Forte com os fracos há muitos. A ele próprio e ao FC Porto que está a construir já se exige bem mais. E melhor.

Ainda assim, não nos iludamos: não creio que mesmo o melhor FC Porto fosse, hoje por hoje, favorito a ganhar em Nottingham. Como ainda menos seria o frágil Benfica que foi, atemorizado, perder a Newcastle. Sei que já usei a palavra andamento neste texto, mas antes dele, do celebrado ritmo a que as equipas inglesas estão acostumadas e que não encontra paralelo por cá, conta a qualidade, de jogadores e de jogo.

Não falo sequer dos emblemas de topo ou do patamar seguinte, onde estão Tottenham, Aston Villa e Newcastle. Mesmo aquelas que vagueiam entre a fuga a despromoção e o sonho europeu - o Bournemouth, o Palace ou o Fulham, por exemplo - lutariam pelo título em Portugal. O equilíbrio só se consegue, e pontualmente, com um misto de grande competência em dois planos: na escolha de jogadores e no desenvolvimento de uma ideia.

E, por fim, coragem. E não tem sido fácil fazer com que coincidam em qualquer dos grandes portugueses.


Carlos Daniel , zerozero
Só falta aqui o pormenor de termos ido ganhar a casa do atual bicampeão.

Provavelmente também fomos fortes com os fracos aí. Estraga a narrativa.

Fala de falta de audácia, no mesmo texto em que afirma que nem o melhor Porto seria favorito neste jogo. Portanto o lógico, seria irmos armados em rambos a Inglaterra, vir de lá com um cabaz e um orgulho enorme em dizer que jogamos como uma equipa grande.

Nós vimos completamente do lodo e ainda estamos muito longe de ser uma super equipa. Mérito do Farioli, que nos faz sonhar a todos.

Agora, depois de épocas miseraveis, exige-se que o Porto entre em cada campo para esmagar, olhos nos olhos, a impor o seu jogo. Não acordem, não.

O nosso campeonato, joga-se na segunda feira. A Liga Europa é um extra, onde naturalmente iremos passar à próxima fase. Já arrumamos as duas deslocações/jogos mais exigentes.
 
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incrivelhulk

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Forte com os fracos há muitos. A ele próprio e ao FC Porto que está a construir já se exige bem mais. E melhor.
Tudo muito bem no resto, mas isto é serio? O Porto depois do caos tem um 11 praticamente novo, novo treinador e bem exprimido o tempo vamos em 2 meses de competição.

Muito bem estamos nós. No fim do Mundial não havia um de nós que não assinasse de imediado o resumo destes 12 jogos. Mais só no fm.
 
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Liberis

Tribuna
26 Maio 2014
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Tudo muito bem no resto, mas isto é serio? O Porto depois do caos tem um 11 praticamente novo, novo treinador e bem exprimido o tempo vamos em 2 meses de competição.

Muito bem estamos nós. No fim do Mundial não havia um de nós que não assinasse de imediado o resumo destes 12 jogos. Mais só no fm.
1ª puta derrota e já caiu o Carmo e a Trindade.

Eu acabo por ler comentários em que fico com a sensação que não viemos duma das épocas mais vergonhosas da nossa história e nos encontramos actualmente em reconstrução, mas sim de um tricampeonato ganho à vontade, contra adversários que se encontram na merda e onde investimos a livre vontade.

Há malta que pensa que ainda estamos nos saudosos 2000/2010.
 

Ruben1893

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Ser forte com os fracos não é defeito

A festa acaba é se um gajo deixa de ser forte com os fracos lol ainda pode acontecer
 
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Nonnenmacher

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Eu nao escrevi nada aqui, se bem me lembro, mas tinha achado q podia fazer sentido jogarem na Taça para voltarem a entrosar-se e ganhar ritmo. Se calhar nao foi a melhor ideia, realmente. Mas na altura concordei e achei q podia ter esse efeito.
Não era no sábado que se iam entrosar.
Contra uma equipa daquele nível o Froholdt no máximo entrava aos 80 minutos para aquecer os motores, nada mais que isso. Aliás, até se viu durante o jogo ele a jogar com uma coxa elástica.

Achei mesmo desnecessário ter colocado o jogador no sábado durante tanto tempo, mas quem é pago para decidir é o Farioli.
Neste momento o que me interessa é o campeonato, mas convém saber gerir o miúdo. Apesar de ter 19 anos não pode ir a todas.
 

Treinador de Bancada

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é de facto impossível competir com os bifes... não temos a qualidade, competividade e o poderio dos holandeses e dos cipriotas.
Os finalistas da ultima Ligas Europa eram cipriotas e holandeses.

O Go Ahead United vs AEK Spurs.

O regime também ganhou há uns anos ao Barça. Devem jogar pouco.

Isto de trazer jogos isolados para fazer generalizações é tramado.
 

Treinador de Bancada

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Dormi mal e acordei aziado. É um jogo que serve para baixar a crista. Não temos ainda plantel para grandes feitos na Europa. A defesa, com estes 2 centrais, dá segurança, mas falta talento lá na frente. Os alas, apesar de abnegados e esforçados, não são de nível topo, ao ponta de lança falta-lhe técnica para jogar de costas para a baliza a combinar com os colegas, o Varela é macio demais, o Rosário é batalhador mas têm deficiências ao nível do passe em jogos de grande pressão, o Froholdt, cansado, é facilmente anulado, o pseudo salvador Mora está como peixe fora de água, não se está a adaptar ao que o treinador quer, complica demais, toma más decisões.

Para o tugão chega e sobra para andarmos na luta mas veremos se a fase de desencanto se confirma num jogo mais complicado em Moreira de Cónegos ou se este jogo europeu foi só um jogo menos conseguido.

Uma coisa é certa, temos sentido dificuldades na Europa.
O pseudo salvador que jogou 5 minutos?

Eh pá..
 
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VitorPT

Tribuna
14 Abril 2012
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Por ai
Entrei com o meu bilhete imprimido crl !!! respeito das regras até ao fim !!!


deu pa ver uma policia toda BOUA ao nivel das belas mulheres que andam pali escondidas....

quanto ao jogo...

acho que a ideia é mm ir fazendo os serviços minimos, e ainda não estamos prontos para estes embates mais fisicos e é pa dar tudo no campeonato.
hotel de merda, e tou farto de caminhar,

abraço a todos
 
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DiogoRafaf

Tribuna Presidencial
19 Abril 2018
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Acordei ressabiado. Não por perder, mas pelo modo como perdemos.

Forest x FC Porto mexe mais na cabeça do que na tabela: dois penáltis sofridos, erros que não podem acontecer e a sensação de que a equipa ficou a meio caminho daquilo que pode ser.

O que me trava não é o marcador, é a ideia.

As escolhas feitas, a ausência de ligação entre setores, o último passe que falha quando o jogo pede critério…

E é sobre isso que vais ler neste artigo: o que falhou no pensamento, o que falta na execução e o que espero ver na reação.

Se Nottingham serviu para alguma coisa, foi para nos obrigar a olhar de frente o que andávamos a empurrar com vitórias. Agora, interessa-me a resposta.
O problema de Forest x FC Portocomeçou antes do apito inicial.

Quando vi o onze, percebi logo que íamos jogar contra nós próprios.

Mais uma vez, Farioli quis dar músculo ao meio-campo, e acabou por lhe tirar cérebro. Acredito que a ideia era equilibrar, mas o efeito foi o contrário: perdemos ligação, perdemos critério, perdemos o jogo na cabeça antes de o perder no relvado.

Esta versão do Porto ainda procura equilíbrio, mas há experiências que já provaram o seu limite. Sem Veiga, Mora ou alguém a pensar o jogo, o meio-campo torna-se um ginásio tático: muito suor, pouca circulação. A linha da frente é obrigada a baixar para ter bola, e cada metro que se recua é terreno oferecido ao adversário, e a equipa parte-se em dois.

O Forest percebeu cedo onde mora um dos nossos problemas recorrentes, e foi direto a ele: o lado esquerdo. Continuamos frágeis e sem uma solução à altura. Cada incursão inglesa vinha com a confiança de quem sabe que pode sempre ganhar mais um metro… ou mais uma falta. Jogaram com isso. Sabiam que por ali havia um jogador impetuoso, com tendência para reagir mais com o corpo do que com a cabeça. Procuraram-no, provocaram-no, e obrigaram o treinador a mexer antes do tempo. E é aí que se nota quem estuda o adversário, e quem ainda se está a estudar a si próprio.

Mas isto não é sobre nomes. Seria fácil colar rótulos, injusto, até. Uma equipa mede-se pelo seu elo mais fraco, e o que me interessa aqui não é o erro individual, é a ideia geral.
Há um padrão que começa a preocupar: parece haver um jogador-fetiche que tem que entrar sempre, mesmo fora da sua posição, estou a falar do Rosário. E o problema não é o jogador em si. É o que a insistência revela.

Ao forçá-lo a atuar onde aparentemente não tem rotinas, o treinador acaba por o expor e, ao mesmo tempo, por desalinhar toda a estrutura. O Porto perde fluidez, o jogador perde confiança, e o jogo passa a girar em torno de uma ideia que não o favorece.

É teimosia travestida de convicção, e já começa a custar-nos pontos.
Contra o Benfica, já tínhamos visto esta abordagem, a dada altura, em vez de tentarmos vencer, apostamos num meio-campo reforçado fisicamente, mas com pouca gente capaz de pensar o jogo.

Na altura, até se compreendia a opção. Era um clássico tenso, o Sporting já tinha empatado horas antes, o contexto pedia cabeça fria. Farioli sabia que uma vitória do Benfica daria a Mourinho o balão de oxigénio que a imprensa estava ansiosa por soprar. Nessas condições, colocar musculo no meio campo, parecia mais prudente do que o perder na ânsia de o ganhar, e acima de tudo, o treinador tinha margem para isso.

Mas repetir a mesma receita no Forest x FC Porto foi um erro.

O contexto era outro, o adversário também, e o jogo pedia ambição, não contenção. Afinal, tínhamos uma boa oportunidade de deixar para trás a malapata de nunca termos vencido em Inglaterra. Era um jogo “sem pressão” e foi precisamente por isso que custou tanto vê-lo jogar com medo.

Ao insistir na fórmula do “músculo antes da ligação”, Farioli acabou por amputar a equipa daquilo que ela tem de melhor: a capacidade de jogar com critério, de circular, de acelerar por dentro.

O resultado foi previsível: um Porto desligado, partido, com os avançados a vir buscar bola a trinta metros da baliza e o meio-campo a correr atrás da própria sombra.

É o tipo de padrão que precisa de ser quebrado, antes que se torne identidade.

A forma como insistimos em repetir o mesmo padrão e esperar resultados diferentes, precisa ser estancado. Precisamos perceber que o Porto não se constrói à base de teimosia nem de fetiches de um ou de outro jogador. A força pode ganhar duelos, mas é o pensamento que ganha jogos.

Se o treinador acha que Rosario é capaz nessa posição, ok! É legitimo, mas que treine durante a semana e só o coloque a jogar quando estiver pronto.