Virou moda repetir-se à exaustão que necessitamos realizar 115M.
O dinheiro que precisamos fazer até 30 de Junho é sensivelmente o mesmo de cada uma das últimas três épocas.
E isso para não fechar no vermelho.
Não há qualquer novidade nisto.
É sempre assim, todas as épocas.
Umas vezes essas vendas acontecem durante a época. Em Julho, Agosto, Janeiro, Maio ou Junho.
Outras, seja por não haver propostas aceitáveis, seja por não se ter jogadores valorizados para o efeito, ou porque se assume o prejuízo, elas não se fazem.
O valor necessário realizar-se todos os anos é para colmatar a diferença entre os Proveitos e os Custos em cada uma das épocas.
Face aos nossos Custos, são neste momento necessários cerca de 80M em Mais-valias contabilísticas anuais.
E para fazer esses 80M de Mais-valias contabilísticas tornam-se necessárias vendas num valor superior.
Valor esse que varia conforme os jogadores vendidos.
Tendo em conta a percentagem do passe que dele detemos e o tempo de contrato em falta (Amortização).
A questão do Fair-Play Financeiro existe pelo facto de na época passada não termos feito qualquer venda relevante, tendo como consequência o desastroso prejuízo final de 58M. Sendo que, esta época, obviamente, por todos os motivos e mais algum, não poderemos repetir o prejuízo nem sequer andar lá perto, sob pena de sofrermos consequências.
Como não fizemos nenhuma venda relevante em Julho e Agosto de 2016, nem em Janeiro de 2017, temos até 30 de Junho de 2017 (último dia do exercício da época de 2016/17) para fazer o valor necessário e não fechar a época no vermelho.
Não há aqui qualquer novidade na necessidade de termos que realizar esse valor.
É uma necessidade em todas as épocas. Seja um pouco menos. Seja um pouco mais.
E que, caso não vá sendo coberta, vai-nos destruindo o Capital Próprio e a liquidez.
Para aliviar essa necessidade anual temos que urgentemente baixar os Custos Salariais em cerca de 15/20M época. Ou seja, para os níveis anteriores à época de 2014/15.
É o passo fundamental para termos de novo o equilíbrio e a liquidez necessária.
Esqueçam a contratação de jogadores com o perfil financeiro e desportivo de Casillas, Maxi, Osvaldo, etc... Completamente sem sentido. Estejamos bem ou estejamos mal.
Esqueçam jogadores emprestados de outros clubes, que para além de serem caros e de não ficarem cá, irão retirar o lugar aqueles que, esses sim, devem ser os nossos alvos.
Jogadores jovens, cheios de potencial e revendáveis três ou quatro épocas depois.
Como sempre foi. Como sempre nos demos bem. E como tem que ser.
E claro, produzir o máximo possível na nossa formação.
Uma gestão competente.
E de boa-fé.
Tendo em conta estritamente os interesses únicos do Clube e em caso algum das pessoas que o dirigem.