hawkeyes disse:
2 questões:
- O que é para ti o documento/facto relevante para definir a data/exercicio em que é considerada a venda? A data da comunicação à CMVM? E qual o prazo para essa comunicação quando o mercado está fechado? E as vendas que não são comunicadas?
2- Como encaras os PER's nas empresas em que são concedidos variadíssimos benefícios à empresa em dificuldades relativamente às cumpridoras? Benefício do infrator? Será assim tão descabido aplicar-se aqui um princípio semelhante, principalmente quando há uma série de outras restrições (nomeadamente na aquisição/inscrição de jogadores) acordadas?
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O exercício inicia a 1 de Julho e termina a 30 de Junho do ano seguinte.
São as regras comerciais, económicas e contabilísticas das Sads.
Não vão sendo alteradas, um dia para a frente ou um dia para trás à medida do interesse circunstancial de cada um.
Já o sabíamos desde o início da época.
Já o sabemos desde sempre.
O FPF é uma outra situação e apenas diz respeito à UEFA (e aos clubes).
Quando vendemos Jackson, esta foi anunciada oficialmente, via CMVM, a 30 de Junho, mesmo não estando 100% definida em todos os seu trâmites. Provavelmente prazos de pagamento.
Mas foi dada como oficial e fechada, evidentemente de comum acordo com o Atlético Madrid, para intencionalmente ser incluída no exercício respeitante à data de 30 de Junho e não fecharmos no prejuízo.
Estamos a 3 de Julho e não há qualquer comunicado oficial da venda de Rúben Neves.
Parece evidente que não entrará nas contas de 2016/17.
Mas para a UEFA, na óptica do FPF, ao que parece, poderá haver alguma condescendência. Apenas isso.
Entre UEFA e FCP.
De qualquer forma, independentemente do FPF ter sido ou não cumprido, o que é certo é que acabamos a época de 2016/17 com mais um prejuízo colossal.
Isso é facto.
Se a UEFA nos legitimou ou não a possibilidade de mais um prejuízo de 30M (com o "anexo" Rúben) nesta época que acabou e se legitima mais 20 e mais 10 nas próximas duas épocas, isso é outro assunto.
E, a ser verdade, só será ainda mais prejudicial para nós.
Alguns adeptos não estão a perceber. Tivemos 2 prejuízos absurdos nas últimas 3 épocas (2013/14 a 2015/16), e por isso temos o FPF à perna já com castigos financeiros e desportivos impostos, e a UEFA ainda legitimou quem nos governa a ter a possibilidade/desculpa de mais 30 nesta que acabou, outros 20 na próxima e mais 10 na seguinte?
Sendo isto verdade, tem alguma lógica?
A UEFA legitimar-nos a termos mais 60M de prejuízo (2016/17, 17/18 e 18/19) para juntar ao descalabro dos anos anteriores?
O que isso tem de bom para nós?
O Clube a afundar época após época e vemos adeptos felizes porque supostamente "cumprimos" o FPF?
Isto é surreal.
Depois da vergonha e do descalabro dos 58M do ano anterior, em vez de tentarmos no mínimo fechar no verde, e se possível com algum lucro para começar a amenizar os desastres anteriores, ainda lhe juntamos mais 40M de prejuízo (2016/17), mas estamos felizes porque supostamente "cumprimos" o FPF, e ainda mais contentes porque podemos ter outros 20 de prejuízo em 2017/18 e mais 10 em 2018/19?
120M de capital próprio destruídos nos últimos 4 anos e em vez de começarmos a reverter de forma consistente ainda vamos somar mais umas largas dezenas nos próximos dois anos, porque a UEFA legitima?
Isto faz algum sentido?