Fernando

F

FCP_Fanatic

Guest
Tem sido de longe o melhor jogador do FC Porto ultimamente!
É incrível a entrega ao jogo deste homem!
 
D

Dyonisius

Guest
Diogo Silva disse:
O que leva o seleccionador brasileiro a não o convocar?
Eu diria que é por medo.

Ninguém no Brasil conhece o Fernando, pq ele não criou vínculo com um grande clube brasileiro (saiu muito jovem e jogava no Vila Nova de Goiás), não disputa uma Liga badalada e não joga em um clube da moda.

Se há no Brasil, até hoje, quem não conheça (inclusive jornalistas desportivos) o Hulk, imagina o Fernando. É mais fácil perguntar quem o conhece ou que quem não o conhece.

E aí entra o medo.

É o medo de o Fernando virar o Felipe Melo do Mano Menezes.

E, olhem,  Felipe Melo jogava na Liga Italiana e já estava na Juventus quando foi ao Mundial.

Tem que conhecer a realidade brasileira e, principalmente, como é a pressão da comunicação social de São Paulo e do Rio de Janeiro.

Eu até acho que o Mano já conhece o Fernando, pois não é possível que ele chame o Hulk sem nunca ter visto, ao menos, meia dúzia de jogos do Porto. Mas o problema seriam as eventuais críticas ao selecionador, por chamar alguém totalmente desconhecido.

Em tempo, Danilo e Alex Sandro estão em condição distinta à do Fernando. Ambos foram campeões da Libertadores com o Santos, então, são conhecidos por grande parte do público (e, principalmente, pelos formadores de opinião pública).

Essa que é a realidade.

PS. Isso não quer dizer que eu não ache o Fernando o melhor "primeiro volante" do Brasil. Estou apenas a analisar o contexto que possa justificar a sua não convocação pelo Mano.
 

Devenish

Tribuna Presidencial
11 Outubro 2006
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Porto
  • Reinaldo Teles
  • Março/19
1º Quem conhece o Kléber no Brasil? Só se for gente do Atlético Mineiro. E já foi internacional brasileiro esta época sem nada que o justificasse na minha opinião.
O Fernando quando veio para cá tinha brilhado numa seleção jovem do Brasil.
2º Interessante ler hoje no Jogo um entrevista a Jesualdo sobre Fernando - o que ele diz sobre Fernando, o Vítor Pereira se não se julgar o "maior" que leia aquilo e que medite.
 

COTADRAGÃO

Tribuna Presidencial
25 Novembro 2006
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Porto
"Fernando pode correr menos e jogar mais"
ANDRÉ VIANA

Fernando não precisava de um golo para confirmar que, ao longo dos últimos meses, tem sido um dos melhores jogadores do FC Porto e do campeonato português. O seu tímido festejo, de punhos cerrados, denuncia essa mesma convicção, mas também não esconde o alívio de quem anda há anos a tentar dar uma dimensão mais ofensiva ao seu jogo. O criador do Polvo, Jesualdo Ferreira, concorda que Fernando não é um produto acabado, mas ao invés de lhe cobrar mais, o professor surpreende ao aconselhá-lo a ser capaz de menos! Confuso?

"Tacticamente, é um jogador feito e acho normal que tantos clubes o queiram. Com sinceridade, não vejo muitos no seu patamar a nível internacional", começa por dizer, concretizando a tal aparente contradição. "Evoluir é tornar-se mais racional no que faz, ele joga tanto que nem precisa de se cansar. Pode parecer estranho, mas parece-me que o Fernando pode correr menos e ser mais jogador. Se gerir melhor o que faz, vai conseguir fazer mais coisas de forma natural", sintetiza, identificando no golo ao V. Setúbal um exemplo feliz: "O Fernando é aquilo. É tão simples e tão eficaz ao mesmo tempo."

Antes de se esticar nas palavras sobre o brasileiro, Jesualdo Ferreira abre um parêntesis para desmentir uma ideia feita. "É falso que eu lhe limitasse o espaço, mas para mim o Fernando não é um médio de transição, mas de recuperação e equilíbrios", defende, logo reagindo à face visível que são os golos: "O Makelele, sendo um dos melhores médios do mundo, precisou que lhe deixassem bater um penálti para se estrear a marcar pelo Chelsea. E mesmo assim falhou-o, só marcou na recarga."

Factos que as características de Fernando só reforçam. "Os terrenos que ele pisa dependem mais da equipa do que dele. Se as linhas defensivas subirem, ele sobe. Quanto aos golos, lembrem-se de uma coisa: ele remata mal de fora da área", reforça, para recuar àquilo que mais lhe interessa e mais lhe enche as medidas no Polvo. "O futebol está hoje formatado para o duplo pivô. A maior parte das equipas joga assim, mas o Fernando vale por dois. Não sei como se adaptaria se tivesse alguém ao lado. O que sei é que, jogando sozinho, é brilhante", atira, sem poupar na adjectivação.

Depois de um final de época tremido e de um arranque adiado - "não sei o que se passou, nem me interessa", reage Jesualdo - Fernando tem sido uma das marcas mais positivas do FC Porto de Vítor Pereira. É natural, portanto, que o brasileiro possa também ser notícia, até final da época, fora dos relvados. Com um contrato que expira em 2014 e tendo já manifestado interesse em renovar, o médio de 24 anos pode começar a cumprir o desejo vincado em recente entrevista a O JOGO: "Por mim ficava mais 10 anos."
JOGO
 

COTADRAGÃO

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25 Novembro 2006
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Porto
Makelele: golos para quê?

Jesualdo Ferreira encontra um exemplo feliz. "O Makelele jogou muitos anos em Inglaterra e era um dos melhores do mundo mesmo sem marcar golos", lembra. É um facto. Em 144 jogos na Premier League, só marcou por duas vezes, uma delas na recarga a um penálti que o próprio tinha desperdiçado.


Brasil: duplo pivô prejudica
Não é a dimensão do FC Porto nem a marcante história da agressão a um árbitro nos sub-20. Na opinião de Jesualdo Ferreira, o que afasta Fernando do escrete é o duplo pivô enraizado na cultura futebolística brasileira: "Isso mata-o, porque eles jogam aí há muitas gerações. Quando um seleccionador brasileiro pensa no seu meio-campo, pensa num Dunga e num Mauro Silva, em jogadores mais dotados tecnicamente. Eu prefiro quem tome as melhores decisões tácticas, mas lá valorizam-se decisões técnicas."

JOGO