Danilo/Herrera, Danilo/Oliver, Oliver/Herrera, tanto faz, não interessa. Como já pudemos todos observar ao longo das últimas duas épocas, nem a culpa é do Oliver como muita gente gosta de atirar para o ar quando as coisas correm mal, nem a culpa foi do Herrera. A culpa é simplesmente de um sistema de dois médios que não funciona em jogos de nível de exigência superior.
Tirando o FC Porto, vêm mais alguma equipa a jogar com dois médios nesta Liga dos Campeões?
Liverpool: Fabinho, Henderson, Wijnaldum/Keita
Barcelona: Busquets, Arthur, Rakitic
Juventus: Pjanic, Can, Matuidi
Ajax: Van de Beek, Frenkie De Jong, Schone
City: Gundogan, Fernandinho, Silva
Tottenham: Sissoko/Wanyama, Winks, Delle Ali, Eriksen.
O FC Porto de Mourinho jogava com 3 médios na Liga Portuguesa, mas na Liga dos Campeões, jogava sempre com 4 médios. Costinha, Maniche, Pedro Mendes/Alenitchev, Deco.
Nós nem conseguimos ter um jogo equilibrado na Liga Portuguesa a jogar com dois médios, quanto mais na Liga dos Campeões onde o equilibrio e controlo do meio-campo é fundamental para se ser competitivo.
Na época passada apanhamos um grupo com o Besiktas, o Leipzig e o Mónaco. Perdemos 1-3 no Dragão por jogarmos com dois médios, os jogos contra o Leipzig foram ambos de parada e resposta, jogos sempre partidos tanto lá como cá, cheios de erros de parte a parte e muitos golos, o Mónaco já estava em decadência nem contava para o totobola.
Apanhamos o Liverpool, levamos 5 no Dragão.
Esta época defrontamos o Schalke (15º na Alemanha), o Gala (2º na Turquia) e o Lokomotiv (3º na Rússia), o grupo mais acessível da história das nossas participações na Liga dos Campeões, tirando um ou 2 jogos, nunca conseguimos ter controlo e equilibrio na maioria do tempo, os jogos contra o Gala foram frenéticos de parada e resposta, mesmo contra o Lokomotiv, os russos apesar de terem sofrido 3 golos na Rússia e 4 no Dragão, tiveram sempre várias oportunidades, contra o Schalke foram jogos tipicamente abertos de parada e resposta.
Em Roma, defrontando os italianos em plena convulsão interna, fizemos um jogo muito mau e só não saímos de lá com a eliminatória perdida porque Casillas estava em modo Deus e Adrian marcou um golo literalmente caído do céu.
No Dragão, fizemos um jogo competente, mas também muito à base de luta e transições, aberto e com várias oportunidades para os italianos.
Novamente o Liverpool e um agregado de 6-1 nas duas mãos, sendo que a melhor fase que tivemos nos dois jogos foram os primeiros 25 minutos do jogo do Dragão e a jogar com mais um médio que o habitual, de regresso ao esquema de dois médios e novamente goleados.
Só não vê quem não quer.