Não se espere que seja Pinto da Costa presidente a promover a oposição à sua própria presidência, seria coisa do outro mundo. Detectando movimentações, o presidente ataca, naturalmente, como qualquer outra figura de poder. Poucos são os líderes que têm a presença de espírito ou o altruísmo necessários ao abandono do cargo por livre vontade. Enquanto não houver alternativas
e mesmo que as haja, provavelmente só a morte encerrará a era do nosso presidente.
Espero que a contratação do próximo treinador seja definida como uma operação estratégica vital no plano para a temporada que aí vem. Sem a intromissão de Mendes, personagem que o Porto deve evitar a todo o custo. Julgo que o super-agente ultrapassou a nossa administração, os seus interesses residem junto do benfica, a aliança rumou a sul, tal como a que envolvia o braga. Também Salvador terá passado a perna aos dirigentes portistas, sem que tenha havido percepção imediata dessas movimentações. Não havendo nenhum treinador que garanta o sucesso, convém atribuir ao posto a devida importância e canalizar para aqui uma verba significativa. Já não se ganha com NES nem peseiros.
E há que ponderar uma coligação circunstancial com o sportém, que remédio, se o clube se demonstrar incapaz de inverter o actual quadro de distribuição de poderes por si só. Tente alargar a aliança a outros clubes, na base de interesses comuns. Que surja na linha da frente dos que defendem a implementação das tecnologias no futebol, assim se contornaria uma eventual incapacidade para influenciar directamente as esferas decisórias do futebol português. Exerça pressão junto das instituições internacionais
Creio que é inútil esperar mudanças de fundo na composição do nosso corpo administrativo, as eleições foram há dias, Pinto da Costa tem um novo mandato, larga maioria
agora há que fazer alguma.