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A ELIMINATÓRIA ESTÁ MUITO DIFÍCIL, MAS NÃO ESTÁ FECHADA
Nuno Espírito Santo considerou a expulsão de Alex Telles decisiva para o desfecho do jogo com a Juventus (0-2)
Tudo mudou quando aos 27 minutos do FC Porto-Juventus desta quarta-feira, o árbitro alemão Felix Brytch exibiu a Alex Telles o segundo cartão amarelo e consequente vermelho. A chave do jogo esteve aí, considerou Nuno Espírito Santo, que não deixou de elogiar o trabalho dos jogadores ao longo dos 90 minutos, mesmo depois de reduzida a dez elementos. O treinador não deixou de lamentar o facto de os dois golos dos italianos, sofridos já na segunda parte, tenham surgido num momento em que a equipa controlava o jogo defensivamente e procurava um golo que seria fundamental. A derrota por 2-0? deixa a eliminatória muito mais difícil, é certo, mas ela ainda não está fechada, avisou Nuno.
Expulsão determinante
A expulsão foi determinante, porque tivemos que reequilibrar a equipa. É de realçar que a equipa deu tudo e a maneira como ela trabalhou e conseguiu aguentar até aos 72 minutos as investidas do adversário. Manteve a consistência defensiva, lidou bem com a inferioridade numérica e com o domínio do jogo que a Juventus naturalmente assumiu. Fomos para intervalo com 0-0 e, quando sentíamos que era possível chegar ao golo - havia situações de remate exterior e de cruzamentos e nós respondíamos bem -, aconteceram os dois golos.
As entradas de Corona e Jota
Começámos muito bem o jogo, com saídas, com posse, com chegadas. A estratégia pensada foi executada pelos jogadores, que estiveram sempre dentro daquilo que projetámos para o jogo. Quando sofremos os golos, estávamos a controlar bem o jogo defensivamente, estávamos bem e equilibrados. A Juventus procurava chegar à nossa baliza através do jogo exterior e nós queríamos algo mais, apesar de estarmos a jogar com menos um elemento, queríamos tentar o golo que era fundamental para nós e por isso lançámos o Jesús Corona e o Diogo Jota.
Tudo é possível
Agora temos que ir a Turim competir. É verdade é que a eliminatória está muito, muito difícil, mas não está fechada. O futebol já demonstrou que ao longo dos anos que tudo é possível. Esse será o nosso espírito até ao fim.
O árbitro podia ter tomado outra decisão
Sem querer melindrar o trabalho do árbitro, o árbitro podia ter contemporizado e ter tomado outra decisão, porque a falta não é agressiva nem pôs em causa a integridade física do adversário. Isso não invalida o erro e a precipitação que tivemos, mas é o erro que nos faz crescer individual e coletivamente.
Obrigado, Dragão
Um palavra de agradecimento ao Dragão, que mais uma vez apoiou a equipa durante todo o jogo, mesmo quando o resultado era adverso. O carinho dos adeptos é fundamental para nós e personifica o espírito que temos, de união entre todos.
Foco no Boavista
Neste momento tiramos a Juventus das nossas cabeças, projetamos o próximo jogo do campeonato, frente ao Boavista. O desgaste provocado por este jogo vai requerer de nós um bom trabalho de recuperação, com a consciência de que este resultado não pode em nada melindrar a forma como vamos encarar o próximo jogo no Estádio do Bessa. Temos que mostrar, como equipa, que somos capazes de nos levantar após este resultado adverso e competir no nosso campeonato, que é o grande objetivo.