Ainda há crentes que basta mudar o treinador.
Ou que bons treinadores ainda são possíveis de alcançar.
Tudo, deixou de o ser.
O FC Porto é menos apetecível para qualquer treinador com algum valor, a cada dia que passa.
O FC Porto já não é um Porto seguro, estável, ganhador.
É um cemitério.
O FC Porto não tem como proporcionar scouting, liberdades ou poderio financeiro na construção de um plantel, estabilidade estrutural, defesa e protecção do clube,...
O FC Porto está endividado, mal gerido, sem rumo e sem chama alguma.
Não há massa crítica, aplaudem-se derrotas, canta-se olés a quem nos guia para o abismo.
Isto afugenta qualquer um que queira ganhar.
Obviamente.
Que treinador vê o FC Porto como algo apetecível?
Um Peseiro, um Nuno, um Paulo Bento de hoje, quem sabe um Pedro Martins ou um abaixo da categoria deste.
Um treinador não muda muito, porque o problemas do FC Porto vai muito além deste, o FC Porto precisa lidar com a sua identidade, com a sua gestão, com a sua política, com o seu rumo em direcção ao abismo.
E ninguém está a saber lidar com isto.
Eles, vaidosos e despreocupados, os adeptos letárgicos.
Negam a realidade.
Não ousam pensar, nem no mínimo deixar de subscrever este caminho, nem isso a maioria é capaz.
O FC Porto hoje não tem respeito de ninguém, é um antítese do que o fez, é uma inexistência a buscar conforto no museu.
O FC Porto nunca foi passado, nunca foi grande por ser burguês, por se calar perante os outros, por festejar derrotas, o FC Porto hoje é uma vergonha para o FC Porto.
O seu Presidente também.
Ele próprio à 20 anos insultaria este, de forma irreproduzível, todos sabemos.
Lá estávamos, alguns de nós.
Hoje não há sangue, não há exigência, não há amor.
Pipocas, burguesia, Euros, Derrotas, vaidade, falta de vergonha.
Nuno Espírito Santo encaixa perfeitamente em tudo isto.
É o pior de todos, por isso também encaixa.
Nunca virá nada melhor e o pior é que nada mudará.
