Política Nacional

Calabote

Mestre e doutor em eng. de tecidos e neurociencias
30 Junho 2016
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  • Fernando "Bibota" Gomes
Sem duvida que ajuda, especialmente a quem tem 50K para dar por um carro, ao tuga que ganha 800 euros e precisa de ir todos os dias trabalhar deve ajudar a comprar a bicicleta.
Tambem podes comprar uma bicicleta elétrica 🚴
 

Tails

Tribuna Presidencial
6 Janeiro 2013
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O Costa é um político muito hábil. Uma grande encenação, tudo isto. Acho que o objetivo é ter uma palavra a dizer no futuro do PS. Ganhando as eleições consegue suster o avanço do Pedro Nuno Santos mais uns tempos e tem a oportunidade de formar um substituto que não o Pedro Nuno.

Só não vai conseguir arranjar solução para um pequeno problema: como é que pensa governar pós eleições.

A não ser que alguém acredite que PS ou PSD ganham com maioria absoluta..

Isto não foi nada planeado ou pensado. Ele não esperava a bomba que foi a perda de Lisboa nas autárquicas, nem a perda de outros grandes centros urbanos.

Ou que o PCP chegasse mesmo a votar contra (o BE já tinha abandonado o barco).

Mas que a ideia dele sobre o PNS era essa era..vamos ver é se no futuro o próprio partido não tem outras ideias.

"Basta" ficar claro que o PS só consegue voltar a governar, por exemplo, se mudar de líder (para fazer maioria com os partidos à sua esquerda) e vamos ver se não é o PNS que lhe passa por cima..

Até porque quem é que seria esse seu substituo que tenha o apoio da maquina do partido e que consiga disputar eleições nacionais ? O Medina ?

O celinho que tenha mas é tomates uma vez na vida (é difícil eu sei) e que ponha como condição para dar posse ao próximo governo, uma maioria estável.

Se o BE ou PCP quiserem apoiar uma governação, que façam parte do governo, com ministros seus.

O mesmo para o PSD, se quiser governar, que faça coligação com os partidos que quiser.

Seria esta a condição que eu apoiaria que o presidente exigisse..e digo isto tendo já votado na gerigonça que governou "apenas" com acordos escritos.
 
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tripeiro_de_gema

fcp_sempre
26 Maio 2014
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Só não vai conseguir arranjar solução para um pequeno problema: como é que pensa governar pós eleições.

A não ser que alguém acredite que PS ou PSD ganham com maioria absoluta..

Isto não foi nada planeado ou pensado. Ele não esperava a bomba que foi a perda de Lisboa nas autárquicas, nem a perda de outros grandes centros urbanos.

Ou que o PCP chegasse mesmo a votar contra (o BE já tinha abandonado o barco).

Mas que a ideia dele sobre o PNS era essa era..vamos ver é se no futuro o próprio partido não tem outras ideias.

"Basta" ficar claro que o PS só consegue voltar a governar, por exemplo, se mudar de líder (para fazer maioria com os partidos à sua esquerda) e vamos ver se não é o PNS que lhe passa por cima..

Até porque quem é que seria esse seu substituo que tenha o apoio da maquina do partido e que consiga disputar eleições nacionais ? O Medina ?

O celinho que tenha mas é tomates uma vez na vida (é difícil eu sei) e que ponha como condição para dar posse ao próximo governo, uma maioria estável.

Se o BE ou PCP quiserem apoiar uma governação, que façam parte do governo, com ministros seus.

O mesmo para o PSD, se quiser governar, que faça coligação com os partidos que quiser.

Seria esta a condição que eu apoiaria que o presidente exigisse..e digo isto tendo já votado na gerigonça que governou "apenas" com acordos escritos.
Quando o Costa deixar de ser governo, o PS vai ficar mais que enterrado e desgastado, não voltará a governar tão depressa.
 

wolfheart

Tribuna Presidencial
30 Novembro 2015
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Bragança
Quando o Costa deixar de ser governo, o PS vai ficar mais que enterrado e desgastado, não voltará a governar tão depressa.
Existe uma solução para a esquerda não perder pé. Deixar o país tão enterrado, que quem vier a seguir estará num buraco tão fundo que tem duas hipóteses : enterrar ainda mais até a bancarrota ou tomar medidas de reversão que todos sabemos são impopulares. Nos dois cenários a esquerda volta, como tem estado no poder na maioria do tempo. A esquerda entra e faz o que sabe, alberga tudo para o estado. A despesa é enorme. Para subsistir carrega nos impostos. E é este o ciclo difícil de parar em que estamos.
 

Indiana Jones

Lugar Anual
25 Maio 2020
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Faro
  • Dezembro/21
Independentemente da data, aparecer como candidato a PM a 2 ou 3 meses das eleições, sem ter feito qualquer trabalho de oposição ou parlamentar nunca é uma boa ideia, aliás é pura estupidez.
Pauer Ranger está arranjar maneira de enterrar ainda mais o PSD e dar a maioria absoluta ao PS.
Muito possivelmente deveria estar caladinho e depois caso fosse confirmado líder do PSD emitiria a sua opinião primeiro no partido, dado que desta forma parece estar com uma sobranceria que lhe pode sair cara.
 

sirmister

Tribuna Presidencial
21 Março 2008
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O Costa é um político muito hábil. Uma grande encenação, tudo isto. Acho que o objetivo é ter uma palavra a dizer no futuro do PS. Ganhando as eleições consegue suster o avanço do Pedro Nuno Santos mais uns tempos e tem a oportunidade de formar um substituto que não o Pedro Nuno.
O PNS está no PS porque o Costa lá o meteu, e pertence a uma fação que até agora sempre foi minoritaria no PS... não tem nenhum avanço, apenas é um gajo que é basicamente do BE e por isso tem muito amor nas redes sociais.
 

PO

Tribuna Presidencial
24 Novembro 2013
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O desastre deste país chama-se António Costa e o país vai ficar ingovernável por culpa dele.

Quanto a mim, uma vez que escrevo aqui pouco vou assumir-me: não vejo a política como futebol e embora esteja na direita/centro-direita posso perfeitamente votar num partido de centro-esquerda se assim o considerar melhor para Portugal.

Portugal com uma democracia que sempre teve muitos problemas foi-se aguentando com um equilíbrio PS-PSD-CDS. Não era o melhor, era um bafio de corrupção, interesses obscuros, etc, mas mesmo assim era muito melhor do que o equilíbrio ou ausência de equilíbrio de agora. Pelo menos tínhamos a garantia de gente com ideais fanáticos e seres absolutamente patéticos não chegavam ao poder.

António Costa com a sua sede de poder decidiu mudar isso tudo em 2015. Como sujeito que nunca fez mais nada na vida a não ser política partidária percebeu que a única forma de salvar essa carreira seria aliar-se a gente pouco recomendável (Bloco e PCP) e que embora deva evidentemente ter o seu espaço na democracia com as suas reivindicações perfeitamente legítimas não serve, nem nunca vai servir para governar. O resultado é este e toda a gente sabia que era assim que isto ia acabar.

A porta ficou aberta para coligações manhosas, com partidos bizarros e o que vai acontecer é que provavelmente PSD vai formar bloco com um dos partidos mais sinistros da história da democracia (Chega) para conseguir ser governo. Sim, eu sei que o discurso do Rangel é um discurso bonito, mas eu não confio nas palavras de políticos e gostava que ele explicasse como vai formar um governo de direita deixando de lado a votação estrondosa que o Chega vai ter.

O problema de Portugal e o que nos fez chegar aqui não é esquerda-direita. O problema chama-se juventudes partidárias. Deixaram que essas agremiações formassem a classe política na sua totalidade. Dantes (anos 80/90) tínhamos políticos a sério no Parlamento. Podíamos não concordar com a visão, mas eram sujeitos com grande capacidade intelectual. Passar de Freitas do Amaral, Cunhal, Mário Soares, Figueiredo Dias, Cavaco Silva, Mário Soares, Pintasilgo, Eanes para isto que temos agora é assustador. Agora o que têm é um conjunto de miseráveis que tomaram conta da democracia, gente essa que não fez nada na vida a não ser jotas, associações de estudantes e muitos deles nem acreditam na política que defendem ou dizem defender, pois estão lá apenas por questões familiares, de padrinhos, cunhas, sabendo que se não fosse a política não tinham para onde ir.

A democracia portuguesa vai entrar num ciclo de instabilidade e com estes novos atores não sei sinceramente para onde a mesma vai parar. E volto a dizer, por muito que não gostem de ouvir, o culpado chama-se António Costa que destrui o equilíbrio entre partidos moderados até então existente e abriu portas a partidos radicais, repletos de agentes obscuras e nunca irão pensar no interesse nacional.
Eu normalmente até nem gosto muito de comentar política. Se mesmo no futebol, nós aqui que somos todos do mesmo clube temos visões completamente opostas, na política então é uma desgraça. Sobretudo quando se fazem sondagem sobre a orientação política e BE e Liberais são as forças dominantes aqui do fórum.

Considero-me uma pessoa de centro esquerda, apesar de já ter votado de candidatos mais à direita até ao Partido Comunista (não sou defensor das ideias comunistas mas reconheço o trabalho deles ao nível local, olhem por exemplo para Matosinhos).

Não vou negar a sede de poder do Costa, mas também reconheço que mesmo antes de chegar a Primeiro Ministro já tinha feito um trabalho meritório na Câmara de Lisboa. É preciso lembrar o estado calamitoso em que a Câmara de Lisboa se encontrava e o Costa teve muito mérito na reversão da situação, pese embora tenha também beneficiado muito com a venda dos terrenos da Portela por parte do governo da altura.

A coligação que ficou conhecida como "Geringonça" só foi possível porque tanto o PC como o BE (que nunca mostraram essa abertura) perceberam que era urgente acabar de vez com o desgoverno do Paços Coelho. Eu não vou dizer que é ele o culpado da vinda da Troika, mas ele foi eleito com um mandato bastante claro. Todos os portugueses que nele votaram (posso dizer que na altura votei em branco pois percebi que não tinhamos ninguém preparado para a situação) tinham perfeita consciência queiam levar com medidas bastante dificeis. E estavam dispostos a isso. Repara que nos primeiros dois anos a contestação ao governo dele foi bastante reduzida. O que os portugueses esperavam dele é que pusesse a casa em ordem e preparasse um próximo ciclo de crescimento pós troika.

Todos sabiam que isso não seria possível através de investimento público, era portanto necessário tomar as medidas extra orçamentais necessárias: abolir as centenas de entidades públicas com funções sobrepostas ou esvaziadas de funções, tomar medidas de simplificação fiscal e administrativa que ajudassem na atração de investimento privado... E pese embora alguns contratempos que não são da sua responsabilidade (como aquela decisão aberrante do Tribunal Constitucional do corte do subsídio de férias dos funcionários públicos), a verdade é que tudo o resto foi no mínimo uma anedota. Desde ministros das finanças que não sabiam fazer contas (a quantidade de orçamentos retificativos bateu recordes), ministros da economia que achavam que os problemas do país se resolviam abrindo um franchising de pasteis de nata (aliás, esse senhor foi contratado porque mandava umas bocas num jornal, não tinha qualquer competência para ocupar o cargo)... Mas para mim, o mais grave de tudo é teres um Primeiro-Ministro que perante a geração mais bem preparada do país, aquela em que mais dinheiro se investiu, dada a sua incapacidade para resolver os problemas simplesmente os mandou imigrar. Agora temos jovens altamente qualificados que abandonaram o país (eu conheço pelo menos 3 ou 4 casos) e que estão a trabalhar por essa Europa fora, a casar, a constituir família... pelo que é muito pouco provável que um dia regressem.

E nesse aspecto, a principal diferença entre o Costa e o Paços (para além da qualidade de alguns ministros) foi o discurso. Um com discurso positivo (é preciso reforçar o poder de compra das famílias e voltar a crescer) e outro negativo (vem aí o diabo). De tal forma, que nas legislativas 2015, os partidos da geringonça alcançam 122 deputados e nas de 2019 sobem para 139 o que claramente demonstra que as pessoas na generalidade aprovaram essa solução governativa.

Não foi por aqui que apareceu um Partido como o Chega. Se na Itália ou na Grécia foi por falta de soluções governativas que surgiram este tipo de partidos, ou por uma descrença total no sistema vigente, aqui a responsabilidade do Chega tem apenas um nome: Rui Rio. Tenho a certeza que no PSD do Marques Mendes, no momento do primeiro discurso xenofobo do Ventura, o PSD tinha retirado o apoio e apresentado uma candidatura alternativa. Da mesma forma que tenho a certeza que com Marques Mendes à frente do partido, jamais o PSD apresentaria uma Susana Garcia a concorrer sequer à junta mais escondida de Portugal. E depois tiveste o aproveitamento da CMTV (que só está bem quando esta merda está toda a arder) que viu no discurso incendiário do Ventura e na ligação ao benfica o veículo ideal para ganhar audiência. E se é verdade que muitos benfiquistas ficaram revoltados com o aproveitamento que ele fez da imagem do benfica para ganhar votos, muitos mais idiotas votaram nele porque era benfiquista (aliás, falando com apoiantes do Chega rapidamente nos apercebemos que existe uma ligação inversa entre o apoio ao Chega e o quoeficiente de inteligência: quanto mais alto o primeiro, mais baixo o segundo). Da mesma forma que não acredito que Marques Mendes apoiasse aquela coligação nos Açores

Eu odeio o papel que o Marques Mendes faz enquanto comentador político (principalmente no anterior governo onde era uma espécie de porta-voz e andava a anunciar as medidas antes do governo) mas tenho muito respeito por ele não ter apoiado candidatos suspeitos/acusados de corrupção, mesmo com isso tendo perdido votos.

E é que, pese embora consideres BE e PC gente pouco recomendável (e eu sou contra o regime comunista e contra muitas ideias do Bloco), a verdade é que nunca vi grupos criminosos e nazis a apoiarem quer um quer outro. E nunca viste nem PC nem BE em discursos contra máscaras, contra vacinas...

E deixa-me acabar só com mais um ponto. Falaste da capacidade intelectual de vários políticos do passado. E se é verdade que lhes reconheço isso, também não deixa de ser verdade que o Mário Soares e Caváco Silva fizeram a Portugal foi absolutamente criminoso. Foi sob o comando desses dois senhores que Portugal desmantelou a sua indústria, agricultura, pescas... em troca de fundos comunitários que todos sabemos em que bolsos foram parar. Se querem perceber porque motivo tivemos a Troika em 2011 no país, vejam os resultados das políticas de destruição de valor iniciadas por esses dois senhores!
 

jmspr.2016

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10 Maio 2017
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Mas eu não os culpo por comprarem... se têm um negócio que floresce donde obtêm bons rendimentos, quero é que sejam felizes com o seu património. O que não consigo compreender é que uma boa parte dos seus rendimentos seja feito à conta do suor dos seus colaborares sem que existe uma justa repartição desse sucesso.

Não tenho nenhum indicador que me permita aferir se estamos melhor ou pior do que há uns anos atrás... é tudo muito empírico. Mas não julgo que estejamos muito longe do que acontecia há uns anos (não me recordo em que área do Norte isso acontecia), mas lembro-me da história que era uma área onde os salários eram dos mais baixos do país mas era onde existia uma das maiores concentrações de carros da marca Ferrari do mundo... não tenho certeza que estejam assim tão longe dessa realidade.
Área do calçado... Felgueiras
 

jmspr.2016

Bancada central
10 Maio 2017
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O problema é que a grande das empresas em Portugal nunca iria aproveitar a baixa de impostos para melhorar salários mas sim para abastacerem a sua própria conta bancária.
O mesmo acontecerá no caso dos combustíveis, caso a carga fiscal baixasse.
O estado ganhava menos e as gasolineiras ganhavam mais... Mas os consumidores pagavam igual.
O problema de Portugal é de mentalidade e cultural e isso se alguma vez mudar, vai levar "gerações" de tempo.
 

jmspr.2016

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10 Maio 2017
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Vive-se muito bem em Portugal ?

Acho que é melhor saíres mais vezes de casa.

Edit- E numa altura que estamos a ser ultrapassados economicamente pelos países do antigo bloco soviético, que quando comparados conosco levam um atraso de quase 20 anos em termos democráticos, esse optimismo não passa disso mesmo, uma sensação que não se traduz na realidade da maioria dos portugueses.
Eu sou mais da opinião que em Portugal se vive bem, mas é só para alguns.
Faz-me muita confusão ler e ouvir que os salários em Portugal são baixos, que o salário médio bruto em Portugal é cerca de 1300eur e depois olho á minha volta e vejo o que vejo.
Efectivamente não sei como te pode ter um salário destes valores e por exemplo comprar casas como se compra a preços altíssimos. A construção está em alta como nunca esteve e tudo se vende com preços inacreditáveis.
Carros na faixa dos 30k-40keur é mato por aí fora, restaurantes e centros comerciais sempre cheios e por aí fora...
Isto para dizer que a cara não bate com a careta... Não se pode ter salários baixos e depois olhamos em volta e vemos o que vemos...
Alguma coisa não bate certo.
 
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Ginjeet

Tribuna Presidencial
11 Março 2018
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Existe uma solução para a esquerda não perder pé. Deixar o país tão enterrado, que quem vier a seguir estará num buraco tão fundo que tem duas hipóteses : enterrar ainda mais até a bancarrota ou tomar medidas de reversão que todos sabemos são impopulares. Nos dois cenários a esquerda volta, como tem estado no poder na maioria do tempo. A esquerda entra e faz o que sabe, alberga tudo para o estado. A despesa é enorme. Para subsistir carrega nos impostos. E é este o ciclo difícil de parar em que estamos.
Já percebi, pelo teu discurso anterior e a campanha que fizeste nas eleições, que deves fazer parte das listas da IL.
Convém denunciar algumas das coisas que a nova direita quer fazer passar como verdadeiras pelo processo de repetição:

As 3 intervenções do FMI em Portugal não foram devido à esquerda, nesse cenário que dizes.
A primeira deve-se ao caos do Estado Novo, as consequentes revoluções, a hiperinflação, complementados com a crise internacional do petróleo. As crises internacionais deixam os países mais pobres vulneráveis, e não houve forma de levantar Portugal após aqueles anos de recessão significativa (71-74).
Em 83, a responsabilidade maior deve ser assacada ao Cavaco que, enquanto ministro das finanças no governo de Pinto Balsemão (80-83), quis comer caviar ao preço de sardinha. Portugal tinha acabado de sair do FMI e aumentou a despesa pública de uma forma negligente, duplicou a dívida em 2 anos e deixou o país à beira de nova crise. A entrada do Mário Soares - em coligação com a direita na famosa AD- chama o FMI devido à política da direita, não da esquerda como tanto se ouve hoje em dia.
Em 2010, se por um lado a política económica do Sócrates falhou, a verdade é que a maior crise financeira da história voltou a expôr a nu as fragilidades de um país que vinha a cozinhar uma dívida monstruosa nos últimos 25 anos. O Sócrates foi, aliás, quem ainda tentou conter esse aumento que vinha a explodir nos anos que lhe antecederam, primeiro com Guterres e depois com Durão, mas a crise cai-lhe em cima e somaram-se erros e mais erros até o descalabro.

PS. O peso da nossa máquina administrativa tem como grande responsável o Cavaco. A estratégia do PSD aquando da entrada na CEE foi a de combater o desemprego com as verbas europeias. Criou-se um monstro incomportável que redefiniu a vida em Portugal e sacrificou as gerações futuras, condenadas a pagar as dívidas originadas por um défice orçamental crónico.
 

sirmister

Tribuna Presidencial
21 Março 2008
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Eu sou mais da opinião que em Portugal se vive bem, mas é só para alguns.
Faz-me muita confusão ler e ouvir que os salários em Portugal são baixos, que o salário médio bruto em Portugal é cerca de 1300eur e depois olho á minha volta e vejo o que vejo.
Efectivamente não sei como te pode ter um salário destes valores e por exemplo comprar casas como se compra a preços altíssimos. A construção está em alta como nunca esteve e tudo se vende com preços inacreditáveis.
Carros na faixa dos 30k-40keur é mato por aí fora, restaurantes e centros comerciais sempre cheios e por aí fora...
Isto para dizer que a cara não bate com a careta... Não se pode ter salários baixos e depois olhamos em volta e vemos o que vemos...
Alguma coisa não bate certo.
Juros baixos e emprestimos a 40 anos e acesso relativamente facil, fez com que o preços das casas disparassem, se a euribor subir para 3-4% ( já nem digo para os niveis de 2008), é uma catástrofe.

Mercados apostam em subida das taxas de juro (e da Euribor) já em outubro de 2022, desafiando as garantias de Lagarde e do BCE
Apesar das garantias do BCE, mercados financeiros estão a antecipar uma primeira subida das taxas cada vez mais brevemente. A confirmar-se, Euribor irá atrás. E juros da República já estão a subir.
 

Almadedragao

Tribuna Presidencial
16 Julho 2018
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  • Reinaldo Teles
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  • Jorge Costa
Eu sou mais da opinião que em Portugal se vive bem, mas é só para alguns.
Faz-me muita confusão ler e ouvir que os salários em Portugal são baixos, que o salário médio bruto em Portugal é cerca de 1300eur e depois olho á minha volta e vejo o que vejo.
Efectivamente não sei como te pode ter um salário destes valores e por exemplo comprar casas como se compra a preços altíssimos. A construção está em alta como nunca esteve e tudo se vende com preços inacreditáveis.
Carros na faixa dos 30k-40keur é mato por aí fora, restaurantes e centros comerciais sempre cheios e por aí fora...
Isto para dizer que a cara não bate com a careta... Não se pode ter salários baixos e depois olhamos em volta e vemos o que vemos...
Alguma coisa não bate certo.
Revejo-me em tudo o que dizes e a minha visão da nossa sociedade é a que descreves. O que não bate certo ? É o facto de muita gente mostrar riqueza para fora mas em casa comem latas de atum, passe a analogia básica.

É tudo uma questão de prespectiva, pode haver a percepção que o português comum vive bem, e no fundo Portugal é um óptimo país para se viver, digo-o com bastante orgulho, mas a verdade é que muita gente vive como o nosso FC Porto, em constante gestão de dívida. Não é por se ver que há muitos carros de alta cilindrada na estrada que se pode concluir que existe riqueza no país.

O que me preocupa mais são os índices de desenvolvimento dentro da UE. Falta orgulho e ambição aos nossos políticos.
 

jmspr.2016

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10 Maio 2017
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Juros baixos e emprestimos a 40 anos e acesso relativamente facil, fez com que o preços das casas disparassem, se a euribor subir para 3-4% ( já nem digo para os niveis de 2008), é uma catástrofe.
Mesmo assim, uma prestação mensal de um crédito ou renda chega facilmente aos 500eur.
Mais todo o dia a dia das pessoas, energia, água, telecomunicações, alimentação, creches, farmácia, combustíveis, seguros e todas as taxas e tachinhas meu Deus...e caso tenha filhos então é nem falar.
Eu falo porque tenho 2 filhos menores, eu a minha esposa temos os ditos salários acima da média, tenho um único crédito que é habitação que ronda os 500eur mensais e contabilizando todas as despesas mensais chego ao fim do mês e se der para ir ao Burger King bem bom ,quanto mais para carros de 30k.

Mas se calhar sou eu que não sei gerir orçamentos
 

jmspr.2016

Bancada central
10 Maio 2017
1,979
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Revejo-me em tudo o que dizes e a minha visão da nossa sociedade é a que descreves. O que não bate certo ? É o facto de muita gente mostrar riqueza para fora mas em casa comem latas de atum, passe a analogia básica.

É tudo uma questão de prespectiva, pode haver a percepção que o português comum vive bem, e no fundo Portugal é um óptimo país para se viver, digo-o com bastante orgulho, mas a verdade é que muita gente vive como o nosso FC Porto, em constante gestão de dívida. Não é por se ver que há muitos carros de alta cilindrada na estrada que se pode concluir que existe riqueza no país.

O que me preocupa mais são os índices de desenvolvimento dentro da UE. Falta orgulho e ambição aos nossos políticos.
Sim, eu também concordo contigo.
Mas para além do "gestão de dívida" penso que Portugal tem um enorme e grave problema de fuga aos impostos.
Um grande parte dos cidadãos em Portugal não paga impostos devidos e muito dos salários pagos em Portugal são "engenharias financeiras" para não dizer Chico espertice onde uma boa parte não é tributada.
Não é ilegal, mas o sistema permite estas coisas, por isso este valor estatístico de 1300eur como salário bruto médio é um total mentira.
Os salários em Portugal são efetivamente mais altos do que se apregoa, só não estaticamente contabilizados porque uma boa parte não é tributada.
 
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