O Mundo contra Trump ou George Soros contra Trump?
O casamento aparentemente contraditório entre um bilionário capitalista com grupos de esquerda desperta a seguinte pergunta: como um bilionário capitalista, especulador no mercado financeiro, decidiu financiar grupos de esquerda?
E por quê? Basicamente, porque muitos movimentos de esquerda não são necessariamente contra o capitalismo de George Soros, mas contra valores e princípios conservadores, base da civilização ocidental, que representam obviamente uma resistência aos anseios globalistas de Soros e de outros grandes capitalistas - tema muito pouco discutido e totalmente obscuro não só em Portugal.
O casamento aparentemente contraditório entre um bilionário capitalista com grupos de esquerda desperta a seguinte pergunta: como um bilionário, especulador do mercado financeiro, decidiu financiar grupos de esquerda? E por quê?
Para quem acompanha os textos de Olavo Carvalho (
http://olavodecarvalho.org/semana/0909digestoeconomico.html ) e Flávio Morgenstern, esse casamento entre os metacapitalistas e as esquerdas não traz grandes surpresas, pelo contrário, é perfeitamente compatível com os movimentos progressistas de hoje.
Segundo Morgenstern, o grande objectivo da esquerda é um mundo de paz entre as pessoas. Assim, para se alcançar a PAZ, na lógica esquerdista, seria necessário um Estado forte, além das fronteiras de um país, capaz de destruir todas as fontes de desigualdades na sociedade, seja ela racial, sexual ou até de salario. Mais do que isso, se tivéssemos um
Estado com controle absoluto sobre a sociedade, acima das forças locais de um país, não haveria motivos para as nações entrarem em guerra. E é exactamente aí que entra o Globalismo de Geroge Soros.
Teoria da conspiração?
O brilhante filósofo inglês, Roger Scruton (ver obra: Como ser um Conservador), nos diz que não. Segundo ele, a União Europeia foi criada justamente para ser um Estado acima dos governos locais a fim de evitar mais guerras na Europa. O ponto chave é que a união entre os povos não ocorreu de maneira espontânea, popular, de baixo para cima, mas imposta por uma agenda globalista onde as pessoas comuns não se vêm representadas pelas novas normas e leis impostas para a sociedade pelos burocratas de Bruxelas. A saída do Reino Unido da União Europeia (Brexit) só mostrou este descontentamento popular com a agenda globalista.
Se de um lado, a União Europeia é um exemplo real que nos ajuda a entender o Globalismo, por outro, a relação entre o financiamento dos globalistas (George Soros) com movimentos de esquerda não parece ser tão óbvia.
Por que é que a Fundação de George Soros financia ONGs, colectivos e movimentos que defendem ideologias que hoje caracterizam a nova esquerda (new left): feminismo, ideologia de género, black lives matter, gayzismo, abortismo, legalização das drogas, livres fronteiras para imigração, desarmamentismo, descriminalização da pedofilia, etc?
A razão é simples, muitos destes movimentos de esquerda não são necessariamente contra o capitalismo de George Soros, mas contra valores e princípios conservadores, base da civilização ocidental, que representam obviamente uma resistência aos anseios globalistas das famílias Soros, Rockfeller, Ford, entre outras.
Uma hipótese plausível é que para estes metacapitalistas colarem em prática seu projecto de governo global é
necessário enfraquecer qualquer resistência a esse super governo. Evidentemente que todos os elementos defendidos pela direita, principalmente pelos conservadores, são uma resistência ao poder global, tais como a família, a religião judaico-cristã, os poderes locais, o respeito às tradições, aos costumes e à liberdade individual.
Por exemplo, é muito difícil um governo moldar um comportamento numa sociedade em que os valores são transmitidos pela família ou pelo convívio social, e não pelo Estado. Na mesma linha, é quase impossível um governo impor sua agenda diante de costumes e tradições tão enraizadas na sociedade. Em outras palavras, estes elementos conservadores (como Trump) representam uma resistência a qualquer tentativa de CONTROLE de governos sobre a sociedade civil.
Por isso, é perfeitamente compreensível que George Soros, um super capitalista, financie agendas progressistas mundo afora: os movimentos de esquerda de hoje lutam contra princípios conservadores, que são elementos de resistência ao projecto globalista de George Soros.
Mais do que isso, muitos destes movimentos progressistas não lutam pelos mais oprimidos, mas se vendem como bem-intencionados, politizando problemas de fato reais, para imporem sua ideologia sobre a sociedade. Por exemplo, é evidente que existe machismo em diversas partes do mundo, o problema é politizar o tema para impor uma ideologia e um CONTROLE sobre a sociedade, transformando todo homem num potencial machista e toda mulher numa potencial vítima. Por outras palavras, por meio de uma guerra de narrativas, exploram-se ressentimentos para imporem uma agenda antiliberal e anti-conservadora sobre a sociedade, financiada com o dinheiro de Soros.
Por fim, será que é mera coincidência que uma pessoa adepta da ideologia de género defenda também o desarmamento da sociedade civil, o aborto, o poli-amor, ridicularize o cristianismo, admire o Obama e odeie a figura de Trump que luta contra sistema ?
Por que será que tantas pessoas pensam em bloco sobre todos estes temas? Não sei. Talvez George Soros saiba a resposta.