Prof. Jesualdo Ferreira

fabuloso

Tribuna Presidencial
24 Maio 2007
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Xeque paga cinco milhões para despedir Jesualdo

Ao final de dez jornadas, o antigo treinador do FC Porto não resistiu... à vontade de dois filhos do multimilionário do Qatar
Menos de quatro meses. Jesualdo Ferreira foi demitido do cargo de treinador do Málaga sem conseguir completar 120 dias ao comando da equipa. Falta de êxito desportivo levou o xeque Abdullah Al--Thani, proprietário do clube espanhol, a rescindir o contrato do treinador português, que só terminava em 2013. Para compensar o ex-técnico do FC Porto, o multi-milionário do Qatar terá de pagar cinco milhões de euros.
Trocos, tendo em conta a fortuna avaliada em 1,5 mil milhões de euros do magnata, valores esses que o tornam o oitavo monarca mais rico do mundo. Segundo informações recolhidas em Espanha, o xeque deu ordens aos dirigentes do Málaga para pagarem tudo o que Jesualdo Ferreira tinha direito, dado que não queria arrastar este processo - até porque, segundo informações divulgadas durante a tarde de ontem, já havia negociações em curso com o chileno Manuel Pellegrino, ex-treinador do Real Madrid.
As exibições da equipa em que jogam os portugueses Duda, Eliseu e Edinho há muito que não agradavam à família do Qatar, nomeadamente a dois dos seis filhos de Abdullah Al-Thani. O xeque só terá investido no Málaga para fazer a vontade a Fahad e Khalifa, que não estavam a gostar dos resultados de Jesualdo Ferreira.
O despedimento de Jesualdo Ferreira confirma a falta de sorte dos treinadores portugueses em Espanha, com a excepção, pelo menos por agora, de José Mourinho.
O primeiro a tentar a sorte no principal campeonato do país vizinho foi António Oliveira, que em 1995 tomou conta do Bétis. Alguns problemas com o presidente do clube de Sevilha fizeram com que nem começasse a temporada.
Seguiu-se Artur Jorge, que em 1997 aceitou liderar o Tenerife. Fez apenas 14 jogos pela formação insular, conseguindo três vitórias. Seis anos depois de Artur Jorge, foi a vez de Jaime Pacheco, que em 2001 foi campeão pelo Boavista, optar por Espanha e pelo Maiorca. Realizou cinco jogos na ilha.
Mais tempo aguentou-se Carlos Queiroz, em 2003, fez exactamente uma temporada. No entanto, não venceu qualquer título ao serviço do Real Madrid e acabou por sair no final da época. Mourinho tem agora a palavra.
 
L

LuisC

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> fabuloso Comentou:

> Xeque paga cinco milhões para despedir Jesualdo

Trocos, tendo em conta a fortuna avaliada em 1,5 mil milhões de euros do magnata, valores esses que o tornam o oitavo monarca mais rico do mundo. Segundo informações recolhidas em Espanha, o xeque deu ordens aos dirigentes do Málaga para pagarem tudo o que Jesualdo Ferreira tinha direito, dado que não queria arrastar este processo - até porque, segundo informações divulgadas durante a tarde de ontem, já havia negociações em curso com o chileno Manuel Pellegrino, ex-treinador do Real Madrid.

As exibições da equipa em que jogam os portugueses Duda, Eliseu e Edinho há muito que não agradavam à família do Qatar, nomeadamente a dois dos seis filhos de Abdullah Al-Thani. O xeque só terá investido no Málaga para fazer a vontade a Fahad e Khalifa, que não estavam a gostar dos resultados de Jesualdo Ferreira.

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Se são tão milionarios, se gostam tanto de dar nas vistas, se gostam tanto de futebol, se escolheram bem um Senhor Treinador para de forma sustentadamente fazer aparecer o malaga no Mapa, então porque não:
- cumprir, pelo menos, o primeiro ano de contrato
- investir em tres ou quatro jogadores

De uma equipa fraca, ie, constituida por um grupo de jogadores que não têm qualidade suficiente para sobressair numa liga como a espanhola não se faz um grupo, no imediato capaz de ombrear como os grandes de espanha.

Quando nao se tem dinheiro investe-se nos Homens, na competencia, na união, na exploração de mercados, etc
Quando se temdinheiro pode-se alegremente gastar ou esbanjar num grupo relamente competente.
Equipa tecnica já tinham.
faltou das duas uma: Paciencia ou inteligencia.
 
H

hast

Guest
Entrevista a Jesualdo Ferreira: “Não me foi dado o tempo necessário para ganhar”

Na primeira explicação à sua saída do clube andaluz, Jesualdo Ferreira aponta como razões para a rescisão o calendário inicial adverso, as lesões e a falta de paciência do xeque árabe. Pode voltar a treinar se surgir um convite aliciante, mas em Portugal é difícil. Até porque Paulo Bento “é um grande seleccionador”

Há um ano, Jesualdo Ferreira seguia à frente de um FC Porto que conquistara, sob a sua direcção, os últimos três títulos nacionais. Esta semana, o técnico português foi despedido do Málaga, após apenas quatro meses de trabalho e disputadas que estão somente nove jornadas da liga espanhola. Interrompeu-se assim, abruptamente, um contrato de três anos negociado com o novo dono do clube, o xeque Abdullah Bin Naser Al-Thami, um magnata do Qatar que faz parte da família real. Ainda na cidade da Andaluzia, a aproveitar o clima temperado mediterrânico e a tratar das últimas burocracias antes de regressar a Lisboa, Jesualdo explicou o que correu mal nesta aventura em Espanha.

Já acordou com os responsáveis do Málaga os termos da rescisão?

Sim, não foi fácil, mas já está resolvido.

Vai receber na íntegra o que restava dos três anos de contrato?

Não, nunca ninguém recebe tudo. Mas as pessoas foram correctas e não tenho de que me queixar.

Como explica a saída ao fim de apenas nove jornadas?

O campeonato começou há apenas dois meses e antes aconteceram muitas coisas em pouco tempo. O clube mudou de dono praticamente em cima do início da época e quando já não havia muito tempo para preparar as coisas. Foram contratados jogadores, enquanto outros tiveram de ser observados. Ao mesmo tempo, houve que mudar e melhorar diversas áreas, por forma a criar melhores condições de trabalho. Ou seja, foi tudo feito em ritmo acelerado.

Voltou a falar com o xeque desde que o clube optou pela rescisão?

Não. No passado tínhamos tido duas ou três conversas.

É verdade que foi demitido pelo telefone?

Não, isso não corresponde à verdade.

O Málaga ocupa a penúltima posição, com apenas sete pontos em nove jogos, tendo sofrido cinco derrotas em casa...

Sim, é verdade. Mas tivemos um calendário inicial muito difícil. Recebemos algumas das melhores equipas espanholas, como o Valência, o Sevilha, o Villarreal e o Real Madrid. Alguns dos reforços, designadamente os sul-americanos, estão ainda num processo de adaptação. Depois, tivemos várias lesões em jogadores importantes. Na pré-temporada nunca consegui trabalhar em conjunto com boa parte deles. Há ainda que levar em conta que o Málaga não ganha em casa desde há oito meses, é uma situação que me antecede e que tem algum peso psicológico. Houve dificuldades que só o tempo iria resolver.

Significa isso que não lhe foi dado o tempo suficiente para ganhar?

Sim, pode dizer-se isso. De facto, não me foi dado o tempo necessário. Mas não quero de maneira nenhuma que se pense que estou a arranjar desculpas. Mas fizemos alguns bons jogos, designadamente frente aos “grandes”. Ganhámos no Getafe com uma boa exibição. Só que, com as derrotas, a pressão foi aumentando, tornando mais difícil a capacidade de resposta dos jogadores.

O que é que lhe tinha pedido pelo xeque?

Que o Málaga ficasse acima do décimo lugar. Como só se realizaram nove jornadas, restam disputar 38. E eu não só acredito como tenho a certeza que o Málaga vai conseguir atingir aquele objectivo no fim. Até porque o projecto que me foi apresentado previa que a equipa fosse reforçada na reabertura do mercado em Janeiro.

Qual foi a reacção à sua saída no clube e na cidade?

Houve várias manifestações públicas de desagrado à minha saída, designadamente dos jogadores, que perceberam o trabalho que estava a ser feito. E isso surgiu também de outros sectores. Os próprios responsáveis estão conscientes do muito que foi feito. Eles sabem o me foi pedido e que não passou apenas pelo comando da equipa. Foi-me pedida uma participação activa na reestruturação do clube e não tenho dúvidas de que isso foi feito. Quando cheguei não havia sequer um campo para treinar. Claro que tenho de reconhecer que houve disponibilidade financeira para cumprir os meus pedidos e, hoje, não tenho dúvidas de que o Málaga criou condições, do ponto de vista organizativo e estrutural, para começar a ganhar. Até por isso, há um grande sentimento de injustiça e de frustração. Simplesmente, como em tudo na vida, estas coisas estão sempre dependentes dos resultados. A pressão era muito alta, principalmente após a derrota em casa com a Real Sociedad. Até recebermos o Real Madrid conseguimos ser uma equipa equilibrada. Lembro que aos 30 minutos do jogo em Saragoça estávamos a ganhar por 3-0.

No início, a imprensa espanhola mostrou-se principalmente surpreendida com o facto de você ter trocado o sistema táctico habitual (4x2x3x1, utilizado pela maioria das equipas espanholas) pelo 4x3x3. Dizia-se ser demasiado ofensivo e arriscado para um clube tão mediano com o Málaga...

A explicação é muito simples. Eu não tinha jogadores no plantel para jogar em 4x2x3x1 e tinha-os para jogar em 4x3x3. Mas há uma coisa curiosa: em Portugal há muito gente a dizer que o 4x3x3 é demasiado cauteloso, enquanto aqui acontece exactamente o contrário. Dizem que é arrojado e ofensivo. Chega até a parecer que só o Barcelona e a selecção espanhola é que têm direito a utilizar esse sistema táctico.

Quando foi para o Málaga afirmou que, depois dos êxitos no FC Porto, chegou a encarar a possibilidade de, aos 64 anos, não treinar mais ninguém se não parecesse um projecto aliciante. E agora?

Repete-se a mesma situação. Se surgirem convites terei de os analisar, porque a minha vontade é continuar a treinar enquanto sentir prazer e com capacidade para o fazer. Tenho o trajecto que tenho, conquistei as coisas que conquistei e vim para o Málaga porque era uma proposta de trabalho aliciante. Não foi pelo dinheiro. Neste momento, sou um treinador livre. Gosto muito do meu trabalho e irei estudar o que me for apresentado. Claro que em Portugal nunca será fácil, depois do que ajudei a ganhar no FC Porto...

Importa também que surja um clube que pague bem...

Já disse que não foi por dinheiro que vim para Málaga. Mas sim por ser uma coisa nova: construir uma equipa e ajudar a construir um clube. Penso que a segunda parte, que era a mais difícil e importante, foi conseguida. Por isso continuo a ser bem tratado aqui. Toda a gente percebeu o que eu estava a fazer.

E se surgir, no futuro, a possibilidade de treinar a selecção portuguesa?

Portugal tem um grande seleccionador. Quero que ele seja muito feliz.

«Publico»
 
L

luis casals

Guest
bem mais rico do que era e pode curtir a ver uns jogos ,passear com a familia etc desejo tudo de bom ao mestre.
 
M

Mokiev

Guest
Parece estar a caminho do Panathinaikos, que tenha mais sorte se isso se concretizar.
 
J

jovifcp

Guest
se tiver tanto sucesso como o Fernando Santos tem tido na Grécia, óptimo. Apesar de eu literalmente detestar o Panathinaikos, desejo toda a sorte ao Professor, obviamente.
 
H

hast

Guest
O Professor nem devia ter aceitado o convite do Málaga. Se os espanhóis tiveram pouca paciência, os gregos não têm paciência nenhuma.
 

fcporto56

Tribuna Presidencial
26 Julho 2006
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Sacramento
O Jesualdo nao e o tipo de treinador,qua mal entra numa equipa esta melhora imediatamente.E o tipo de treinador que leva tempo a impor os seus metodos.Muito tempo.
 

madjer87

Tribuna Presidencial
18 Julho 2006
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55
Porto
> fcporto56 Comentou:

> O Jesualdo nao e o tipo de treinador,qua mal entra numa equipa esta melhora imediatamente.E o tipo de treinador que leva tempo a impor os seus metodos.Muito tempo.
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Imenso tempo.....

Chegou ao Porto no fim de uma pré época com o Co Adrianse a jogar num 3-4-3 ou 3-3-4 e MUDOU RADICALMENTE para um 4-3-3 classico, com transições rápidas e foi 3 vezes campeão consecutivas.Só não foi 4 , porque não o deixaram.

Grande Prof. Jesualdo

Mas continuo tb. a dizer. Tira umas ferias prolongadas e vai gozar a reforma com a familia....
 

fabuloso

Tribuna Presidencial
24 Maio 2007
7,893
0
Jesualdo Ferreira está a caminho da Grécia, segundo avança a Agência Lusa, com informações do empresário Jorge Mendes. Após a experiência do Málaga, o antigo treinador do F.C. Porto prepara-se para uma experiência no futebol helénico.

Nikos Nioplias foi despedido do Panathinaikos, sendo substituído temporariamente pelo polaco Jacek Gmoch. A equipa ocupa a segunda posição na tabela classificativa da Grécia, em igualdade pontual com o líder Olympiakos.

Carlos Freitas, antigo director-desportivo do Sp. Braga, rumou neste defeso ao clube helénico, participando activamente nas negociações com o técnico português.
 
A

Azul 77

Guest
Espero q desta vez tenha a sorte de ter um clube mais organizado. A presença do Carlos Freitas parece-me um bom indicador. Boa sorte.
 

ryback

Tribuna Presidencial
27 Fevereiro 2008
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11,160
agora vai treinar o pana !!?!
o jesualdo vai bater o record de ser despedido 2 vezes na mesma epoca......
 
J

jovifcp

Guest
> ryback Comentou:

> agora vai treinar o pana !!?!
o jesualdo vai bater o record de ser despedido 2 vezes na mesma epoca......

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não sei se o recorde de algum treinador ser despedido \"n\" vezes num ano é duas...

Oxalá se saia bem no seu trabalho arduo...
 
B

Bonfim 84

Guest
Por mim, que tenha boa sorte e seja feliz!

Já agora, gostos estéticos à parte, um homem que em 4 campeonatos ganha 3, mais umas taças e boas carreiras lá fora, numa altura complicada e de fogo cruzado contra nós, que chegou com o comboio em andamento e tendo perdido todos os anos jogadores importantes, não pode deixar de merecer reconhecimento.

Superou objectivos...

Não digo que se exija veneração ou saudades (isso é relativo, cada um é que sabe), digo RECONHECIMENTO.
 

ryback

Tribuna Presidencial
27 Fevereiro 2008
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> jovifcp Comentou:

> > ryback Comentou:

> agora vai treinar o pana !!?!
o jesualdo vai bater o record de ser despedido 2 vezes na mesma epoca......

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não sei se o recorde de algum treinador ser despedido \"n\" vezes num ano é duas...

Oxalá se saia bem no seu trabalho arduo...

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nao lhe desejo mal .... mas como ja aqui o disse imensas vezes como treinador ( e nao como homem , pois aí o jesualdo foi o treinador mais serio e honesto que passou pelo porto ) é pouco mais que mediocre.
e para mim o panatinaikos é fruta a mais para o jesualdo....duvido que vá resistir por lá...
 

MiKe_Santos

Tribuna Presidencial
18 Julho 2006
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36
Lisboa
By Eliseu (Malaga)

O internacional português Eliseu analisou o actual momento do Málaga e realçou que a equipa espanhola sob o comando de Jesualdo Ferreira «não ganhava» e agora já vence.

«A equipa tem vindo a melhorar jogo a jogo, mas ainda não estamos como queremos. Ainda vamos melhorar», afirmou Eliseu, em conferência de imprensa.

O técnico Jesualdo Ferreira abandonou o comando da equipa espanhola e entrou Manuel Pellegrini: «O que mudou? Com Jesualdo não ganhávamos e agora sim. Mudaram um pouco as ideias, porque são treinadores um pouco diferentes.»

in bolex