Não me lembro de ver uma única equipa que jogue nas competições europeias e lute pelos campeonatos dos respetivos países, a jogar num 4-2-4 com os laterais a darem largura e profundidade.
São demasiados jogadores envolvidos no ataque, o que deixa muito espaço livre atrás para cobrir.
Depois, claro, qualquer equipa de vão de escada que saiba fazer uma tabela nos come de cebolada. Um passe vertical a rasgar o meio campo e já estão em situação de igualdade numérica com os nossos defesas.
O modelo de jogo e as dinâmicas prediletas do Sérgio já não resultam. Para além disso, é notório que já não consegue passar a mensagem aos jogadores. Nos outros anos, mesmo não jogando nada, acabávamos por ganhar pela crença, pela vontade, pela garra dos jogadores, incutidas pelo Sérgio. Atualmente, nem isso nos vale. Por alguma razão já vamos em 6 derrotas e estamos a começar dezembro.
Sei que não serve de nada, até porque o Sérgio se está a cagar para o que pensam os sócios e adeptos, mas já estava mais que na altura do Sérgio repensar todo o seu trabalho e ideologias. Fazer repetidamente o mesmo e esperar resultados diferentes, é de estúpido e casmurro.
Tem de se mentalizar que já não tem o Ricardo Pereira e o Telles nas laterais. O Herrera e o Danilo ou o Vitinha no meio-campo. O Brahimi, Luis Diaz ou Corona nas alas.
Não tem, nem volta a ter. Mas tem outros. E tem de se ajustar ao que os outros, os atuais, lhe podem dar, dentro das características de cada um.
A continuar assim, nunca vai sair da cepa torta. E daqui, vai para a Arábia treinar, que nenhum clube de topo quer um treinador que não se saiba adaptar ao que tem. A menos que esse treinador se chame Guardiola e o patrão seja tenha um bolso sem fundo.