Tauromaquia - sondagem

És a favor do fim das atividades tauromáquicas em Portugal ?

  • Sim, sou a FAVOR do fim de todas as atividades tauromáquicas.

    Votos: 216 71.3%
  • Apenas sou a favor do fim da lide a cavalo

    Votos: 37 12.2%
  • Não, sou CONTRA o fim de todas as atividades tauromáquicas

    Votos: 50 16.5%

  • Total de eleitores
    303

Almadedragao

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16 Julho 2018
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  • Reinaldo Teles
  • Bobby Robson
  • Paulinho Santos
  • Jorge Costa
Eu, se fosse para a lide de meias, acho que o evento era logo cancelado.
Se forem meias da raquete elas ficam malucas. :D

Quanto ao tema da sondagem, por mim todas as actividades tauromáquicas que envolvam, no final, o touro entrar numa carrinha e voltar para as pastagens tranquilamente, acho que é tranquilo.
 
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Porto

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13 Março 2012
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Este debate é muito fácil de ser compreendido.

De um lado temos a esquerda que à muitos anos luta contra esta tortura feita aos animais e que pretende por isso ver abolida a tauromaquia. Por outro lado temos a direita que se regozija com a tortura de animais e que ainda a chama de "cultura".
Eu acho que o debate nem devia ser esse. O debate é se dinheiro público devia ser usado para suportar tauromaquia.
 
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nuno queiros

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25 Abril 2007
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Essa acaba por ser a segunda opção, “espetar os touros com o ferro a cavalo” ou lide a cavalo seria a única atividade tauromáquica abolida.
É a segunda opção, a qual eu votei.
Posso estar enganado (confesso que não vejo touradas) mas julgo já ter visto espetar o touro sem ser a cavalo.
Até existe uma expressão que se utiliza quando se manda uma boca a alguém que diz "dois curtos" em alusão aos ferros usados pelo toureiro a pé para espetar no touro, visto que os ferros do toureiro montado são os chamados "ferros longos" pois este em cima do cavalo precisa de ter uns espetos mais compridos.

Pelo menos tenho essa ideia.
 
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Porto

Tribuna
13 Março 2012
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Acho a 1a e a 3a opção muito radicais e a 2a demasiado redutora e específica... acho que se calhar poderíamos encontrar uma definição que não excluísse só a “lide a cavalo” mas que também representasse gestos de violência e maus tratos. O problema é que essas definicoes são mais ambíguas e difíceis de encontrar um consentimento e portanto o debate tende a extremizar-se... mas eu não sei se acabando com a lide seria solução para as minhas preocupações em relação à tauromaquia. Embora ache que a atividade tem possibilidades de evoluir para uma coisa mais educativa e menos barbarica... posso estar enganado. E portanto até existir um debate nesse sentido, votaria na opção 1.
 

Ignis Draco

Tribuna
26 Maio 2019
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  • Vítor Baia
Esta é uma questão onde tenho uma opinião forte. Com a maior das aberturas em relação a gostos e ideias diferentes das minhas que me é possível, não entendo como as touradas ainda existem. Não faz sentido tentar transformar a tortura em arte / cultura e considerá-la entretenimento diz algo do meu ponto de vista grave sobre os espectadores de tais atos. Não diferente de quem aprecia observar outras formas de tortura, de forma mais ou menos obscura.

Lembro-me de participar em algumas campanhas anti-tourada entre 2005 e 2010 e na altura já nos dava a nítida sensação que os dias desta prática estariam contados. Com surpresa e com pena vi que os lobbies por de trás da tourada ainda tinham algumas cartas na manga... mas realmente já chega. Já foram mais longe do que inclusive alguns aficionados acreditavam que fossem.
 

MiguelDeco

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2 Setembro 2013
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  • Hulk
  • Alfredo Quintana
Tenho os pés muito macios. Sem meias perco aderência e não bato com os testículos com a devida violência.
Mas as meias também não são propriamente conhecidas pela sua aderência. Ou usas daquelas com antiderrapante por baixo?

Ps: Provavelmente já é imiscuir-me bastante na tua vida privada, desculpa.
 

MiguelDeco

Tribuna Presidencial
2 Setembro 2013
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  • Hulk
  • Alfredo Quintana
Eu deduzi logo que fossem essas. Porque senão ele andava sempre a patinar.
Não nos vamos precipitar nos julgamentos. Pode estar a falar de outros coisas menos graves..
É que f**** de meias antiderrapantes é o mesmo que andar de bicicleta com aquelas rodinhas de lado.
Não quero acreditar nisso.
 
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  • Março/20
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Ouvir Ennio Morricone, ver um filme de Kubrick, ver uma exposição de Dali, ler um livro de Saramago, assistir a uma tourada.

Tudo isto na óptica de alguns é cultura.
Há que ter em conta uma coisa: a tauromaquia não se esgota na lide. É sua expressão mais latente mas não única. Por exemplo, a elaboração e confecção dos trajes é uma tradição secular que, por si só, é uma arte. Até a criação dos cartazes tauromáquicos, no século XX, era elaborada por grandes artistas. E são uma arte por si só. Barceló fez cartazes tauromáquicos.

E uma coisa não invalida a outra. A lide com o animal, que sejam maus tratos é desumana, como já opinei acima, e devia já ter acabado há muito. Mas a tauromaquia não é só isso.
 
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semilhas

Arquibancada
3 Agosto 2015
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Na minha opinião o facto de uma indústria ser auto-sustentável e gerar receita não torna a atividade dessa indústria mais moralmente correta ou não.
Existem muitos “”negócios”” que são rentáveis, mas, cuja a atividade é moralmente repreensível.
A obtenção/procura do lucro não se deve sobrepôr a questões morais ou á exploração de pessoas e animais.
A sondagem questiona a opinião de cada um, não a moralidade. A tauromaquia não é só a corrida do Campo Pequeno. É uma actividade que representa o ganha-pão de muita gente além dos ganadeiros e donos de produções agropecuárias, incluindo gente que vive de salários mínimos enquanto cria animais de milhares de euros. Não se pode querer evitar o sofrimento dos animais à conta das pessoas. Idealmente, a tourada seria sem sangue (como se faz nalguns sítios com bandarilhas de velcro) ou com a morte rápida do animal, poupando-o à exsanguinação após a corrida. Pessoalmente, não faço questão de ver, por isso o assunto só me toca na parte dos impostos e aí defendo que só deve ser mantido enquanto for sustentável. Atirar dinheiro à toa para ganadeiros é como subsidiar salas de teatro vazias ou concertos de música de câmara para 4 pessoas. A "cultura" não pode ser mantida artificialmente se não atrair público.
 

Fil

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30 Maio 2016
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  • José Maria Pedroto
  • Fernando "Bibota" Gomes
  • André Villas-Boas
  • Madjer
O ser humano é capaz das maiores atrocidades. Mesmo contra a nossa propria espécie, algo que me deixa deveras revoltado e enojado.

Mas há uma diferença. É que os atentados contra animais não são punidos, na esmagadora maioria das vezes. Trocando por miudos, na generalidade não se pode tratar mal outra pessoa que isso é punido por lei, e muito bem, mas no caso de um animal já se pode matar à vontadinha que não faz mal. Afinal para alguns, são apenas animais. Quando digo na generalidade, é para referir o que está consagrado na lei, porque sabemos bem de muitos casos de pessoas, ou grupos de pessoas que são mal tratadas e nada acontece aos agressores.

Posto isto, é para abolir obviamente. Tudo o que causa sofrimento em animais é para ser severamente criticado e castigado. Devemos ter para com os animais o mesmo tratamento que temos para a pessoa humana. Falando no individual e no colectivo. Respeito e consideração são valores que deviam constar no cardápio de toda a gente. Claro que quem não respeita o próximo, não podemos esperar que respeite os animais.

Touradas e afins são claramente práticas abjectas que deviam envergonhar a espécie humana.

É terrível que haja quem defenda este triste espectáculo à conta de uma tradição. Claro que esse argumento é apenas referido porque dá jeito. O ser humano evolui e a sociedade também, logo, as touradas já não podem fazer sentido. Nunca fizeram, hoje em dia ainda menos.

Ainda há poucos minutos estava a ver o canal Nat Geo Wild e disseram que todos os anos são mortos 73 milhões de tubarões por causa das barbatanas... palavras para quê? Isto já para não falar de outros animais que não tem melhor sorte, seja por maus tratos dos seus carinhosos donos, seja pelo valor dos seus atributos físicos, como o pêlo, chifres, etc...

Há diversas praticas que podemos ver como tradicionais há seculos atrás. Pessoas queimadas na fogueira e gente que ficava sem cabeça, são alguns exemplos. Não é por isso que continuamos a queimar e a cortar a cabeça a seres humanos como se fosse normal.
 

sirmister

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21 Março 2008
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  • Março/22
  • Abril/19
a mutilação genital feminina é um dos mais antigos costumes na nigéria e outros países africanos, também não tens nada contra, certo?

bora lá continuar a cortar os pipis às miúdas ( algumas antes dos 5 anos de idade ) porque a tetravó também passou por isso. é "uma tradição antiga".

já agora, o que é que há de "mais irritante e nefasto" que tenha que esperar para ser resolvido por causa da questão das touradas? o que é que uma coisa tem com a outra?
Não é preciso ir á Nigéria..

A prática também acontece em Portugal e há líderes de mesquitas a defender que a excisão é uma "recomendação islâmica", inscrita no Corão, em nome da "pureza" das raparigas. São revelações de Fatumata Djau Baldé à RTP. A responsável do CNAPN esteve em Portugal no âmbito do projeto que liga os dois países e que, em Portugal, é implementado pela P&D Factor - Associação para a Cooperação sobre População e Desenvolvimento. Há também uma campanha nos aeroportos portugueses para evitar que as meninas sejam levadas nas férias aos países de origem para serem excisadas.