Vi-o ao vivo na final da Taça do ano passado contra o Braga e fiquei surpreendido com a sua velocidade, com a sua combatividade, com a sua arrogância de ir para cima do defesa sem medo e com a sua capacidade de finalização.
Mas, note-se, é um menino.
Não é fácil a um menino suportar a pressão de ter de jogar ao mais alto nível no Porto o ano todo e de ter de ser o salvador.
Noto-o, desde a chegada do Soares, sem confiança alguma.
E a confiança para um jogador de futebol é fundamental.
Daí não me surpreender os lances de golo (cantados) falhados, as más recepções, os maus passes e as más decisões.
Ora, se eu que joguei futebol profissional vejo e sinto isso, muito mais sentirá o treinador, pelo que havia que proteger o jogador desde há algum tempo, o que não foi feito.
Pior, agrava-se o seu estado ao colocá-lo fora do seu habitat natural, onde o miúdo não se sente minimamente confortável.
Corremos o risco de perder um activo valioso para o futuro se nada for feito para o proteger.
E a sua protecção neste momento passa por retirá-lo do onze.
