A Herrera condena-se a declaração pública sobre a renovação e a vontade do presidente. Sobretudo isso. Assuntos dessa natureza tratam-se internamente. Quando saísse, se saísse, logo contaria a sua versão da história. Não havia necessidade. E mesmo pronunciando-se pois que fale, ninguém morre por isso teria sido preferível outro tipo de declaração, mais clara e detalhada.
No entanto, isto, o falatório, é secundário, será pouco mais que folclore. Objectivamente, de pouco ou nada adiantarão as palavras do jogador e do presidente na resolução do problema. Exigiam-se acções no seu devido tempo, entretanto passado. Negociações de contrato no seu último ano?, não pode ser, o jogador apresenta-se numa posição negocial indesejavelmente forte, dificilmente contrariável. Claro que não renova, havendo perspectivas de ofertas mais vantajosas. Os dirigentes têm de antecipar estes problemas, persuadir o jogador a tomar decisões mais cedo. Não digo que o façam para encostá-lo, pois não defendo esse tipo de estratégia, mas com o intuito de saber qual o desejo do jogador, se é um atleta para renovar, para vender
e definir uma estratégia conjunta.
Tudo o resto é ruído. Nem adianta discutir sobre as motivações do jogador, lembrar símbolos do clube, debater paixões, gratidões, moralidades
não vale a pena, o problema é outro.