Jorge Nuno Pinto da Costa - Presidente dos Presidentes (1937 - 2025)

domribeiro

Tribuna
8 Março 2012
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  • João Pinto
  • Deco
  • Jorge Costa
Filipe01 disse:
Mais uma grande negócio....

A lista das aberrações não pára..
Eu gosto é que depois ainda aparecem aqui alguns a defender estes negócios.

E alguns são:
Os mesmos que depois não percebem porque é preciso vender RN.
Os mesmos que reclamam de se ter que vender 5/6 titulares por ano.
Os mesmos que não percebem que precisamos de 70M€/mais valias ano exatamente por estas negociatas.
Os mesmos que não percebem que as contas têm de se pagar.

PS: claro que depois no final ninguém estranha ele ficar no plantel para 4º extremo e o Ivo ser dispensado.
 

Lope

Bancada central
16 Junho 2015
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domribeiro disse:
Eu gosto é que depois ainda aparecem aqui alguns a defender estes negócios.

E alguns são:
Os mesmos que depois não percebem porque é preciso vender RN.
Os mesmos que reclamam de se ter que vender 5/6 titulares por ano.
Os mesmos que não percebem que precisamos de 70M€/mais valias ano exatamente por estas negociatas.
Os mesmos que não percebem que as contas têm de se pagar.

PS: claro que depois no final ninguém estranha ele ficar no plantel para 4º extremo e o Ivo ser dispensado.
Nós não precisamos de 70M de mais valias por causa dessas "negociatas".
Nós precisamos de 70M de mais valias porque competimos em custos com equipas europeias de países ricos e obtemos receitas de equipa de país pobre.
Há um desequilíbrio estrutural que nada tem que ver com as "negociatas".
Ou os outros n\ao fazem negociatas? Que tal a negociata Barça/Neymar?
Há duas saídas possíveis. Ou o Porto tem como horizonte competir a médio prazo numa espécie de liga europeia e terá a alavancagem financeira inerente a esse mercado, ou aposta a sério na formação com os custos competitivos inerentes.
Argumentos do género "há que voltar ao passado e apostar em jovens bons jogadores enquanto não são conhecidos" não vale nada.
O passado é irrepetível. O mercado mudou radicalmente nos últimos 10/15 anos.
Todos os empresários, todos os clubes conhecem todos os jogadores em todo o mundo.
Quando um jogador se começa a revelar, nascem logo 20 vídeos no youtube, com 20 empresários e outros tantos clube de olho nele.
 

DRAKON

Tribuna
26 Maio 2014
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Ao lado do Dragão
DRAKON disse:
A formação para mim será sempre o único caminho viável para o sucesso.
Por uma simples razão : Cada vez é mais difícil desencantar por tuta e meia  Decos, Jardels, Falcãos, Madjers, Jamess, Hulks, etc

Hoje em dia, qualquer bicho careto custa 20M
Hoje em dia, todos sabem onde estão os melhores jogadores.

Na formação já tens o jogador porque já o descobriste numa idade em que era incógnita absoluta.

O problema é que não basta apostar na formação só por apostar.
Tem que ter a qualidade de craque, caso contrário, não tem lugar
 

VanguardaFCP

Bancada lateral
18 Junho 2016
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Lope disse:
Nós não precisamos de 70M de mais valias por causa dessas "negociatas".
Nós precisamos de 70M de mais valias porque competimos em custos com equipas europeias de países ricos e obtemos receitas de equipa de país pobre.
Há um desequilíbrio estrutural que nada tem que ver com as "negociatas".
Ou os outros n\ao fazem negociatas? Que tal a negociata Barça/Neymar?
Há duas saídas possíveis. Ou o Porto tem como horizonte competir a médio prazo numa espécie de liga europeia e terá a alavancagem financeira inerente a esse mercado, ou aposta a sério na formação com os custos competitivos inerentes.
Argumentos do género "há que voltar ao passado e apostar em jovens bons jogadores enquanto não são conhecidos" não vale nada.
O passado é irrepetível. O mercado mudou radicalmente nos últimos 10/15 anos.
Todos os empresários, todos os clubes conhecem todos os jogadores em todo o mundo.
Quando um jogador se começa a revelar, nascem logo 20 vídeos no youtube, com 20 empresários e outros tantos clube de olho nele.
Ainda que concorde com essas afirmações sobre o mercado é possivel poupar dinheiro em intermediarios.

Sobre a diferença estrutural(custos de pais rico e receita de pais pobre) toda gente sabe qual é a solução, sabe o que tem de ser feito mas ninguem o faz.

Quem não tem dinheiro não tem vicios...

PS: Atenção a comparação dos negocios é que o negocio Neymar é um caso de policia
 

domribeiro

Tribuna
8 Março 2012
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Pensei se valeria a pena, e apesar de ainda achar que não, aqui vai

Lope disse:
Nós não precisamos de 70M de mais valias por causa dessas "negociatas".
Nós precisamos de 70M de mais valias porque competimos em custos com equipas europeias de países ricos e obtemos receitas de equipa de país pobre.
Há um desequilíbrio estrutural que nada tem que ver com as "negociatas".
Claro que precisamos dos 70M€ por causa das negociatas!!!

Dizer isto não é dizer que se não existissem negociatas não precisaríamos de mais-valias, mas é muito diferente precisarmos de 30/35 ou precisarmos de 70M€.

Apenas para analise e para pensar basta ver o gráfico abaixo para perceber o que tem acontecido às mais-valias necessárias para atingir o break-even



Passamos de 31M€ em 2011 para 70M€ estimados para 2016 e o que aconteceu à nossa competitividade? Aumentou? Diminui?

Isto sem falar que ao mesmo tempo que duplicamos a nossa necessidade de mais-valias também passamos a comprar muito mais caro e percentagens muito menores dos passes.

Como costumo dizer cada vez precisamos de comer mais sardinhas mas ao mesmo tempo destruímos os viveiros onde criamos as sardinhas, sem falar que precisando de sardinhas macho compramos é sardinhas fêmeas.

Lope disse:
Há duas saídas possíveis. Ou o Porto tem como horizonte competir a médio prazo numa espécie de liga europeia e terá a alavancagem financeira inerente a esse mercado, ou aposta a sério na formação com os custos competitivos inerentes.
Argumentos do género "há que voltar ao passado e apostar em jovens bons jogadores enquanto não são conhecidos" não vale nada.
O passado é irrepetível. O mercado mudou radicalmente nos últimos 10/15 anos.
Faltou-te aqui o exemplo do sporting que é o costume da questão dizer se apostamos na formação acontece-nos como ao sporting que não ganha nada.

Só que o pessoal esquece que o sporting não optou por apostar na formação, foi obrigado a faze-lo.

E porque? Porque num ano para ser campeão apostou em Tello (jogador mais caro de sempre em PT até essa altura) apostou em pagar salários milionários a entre outros Schmeichel, andre Cruz etc… e não consegui rendibilizar esses investimentos (em mais valias capaz de pagar o défice) que é exatamente o que temos feito agora pagar salários milionários a pré-reformados (Maxi e cassillas) e apostar em jogadores que apenas dão retorno a empresários e não naqueles que dão retorno efetivo ao clube.
 

Lope

Bancada central
16 Junho 2015
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domribeiro disse:
Pensei se valeria a pena, e apesar de ainda achar que não, aqui vai

Claro que precisamos dos 70M€ por causa das negociatas!!!

Dizer isto não é dizer que se não existissem negociatas não precisaríamos de mais-valias, mas é muito diferente precisarmos de 30/35 ou precisarmos de 70M€.

Apenas para analise e para pensar basta ver o gráfico abaixo para perceber o que tem acontecido às mais-valias necessárias para atingir o break-even



Passamos de 31M€ em 2011 para 70M€ estimados para 2016 e o que aconteceu à nossa competitividade? Aumentou? Diminui?

Isto sem falar que ao mesmo tempo que duplicamos a nossa necessidade de mais-valias também passamos a comprar muito mais caro e percentagens muito menores dos passes.

Como costumo dizer cada vez precisamos de comer mais sardinhas mas ao mesmo tempo destruímos os viveiros onde criamos as sardinhas, sem falar que precisando de sardinhas macho compramos é sardinhas fêmeas.

Faltou-te aqui o exemplo do sporting que é o costume da questão dizer se apostamos na formação acontece-nos como ao sporting que não ganha nada.

Só que o pessoal esquece que o sporting não optou por apostar na formação, foi obrigado a faze-lo.

E porque? Porque num ano para ser campeão apostou em Tello (jogador mais caro de sempre em PT até essa altura) apostou em pagar salários milionários a entre outros Schmeichel, andre Cruz etc… e não consegui rendibilizar esses investimentos (em mais valias capaz de pagar o défice) que é exatamente o que temos feito agora pagar salários milionários a pré-reformados (Maxi e cassillas) e apostar em jogadores que apenas dão retorno a empresários e não naqueles que dão retorno efetivo ao clube.

Eu percebo, até porque é um dado objetivo, que precisamos de muitas mais valias para atingir o equilíbrio financeiro, leia-se, resultado nulo. Concordo com a identificação do problema, mas não concordo com o motivo identificado.
Àquilo a que chamas "negociatas" eu chamo-lhe maus negócios, ou seja, negócios que não tiveram o retorno esperado.
E a questão formal não é dispicienda, ou seja, "negociatas" tem o sentido de negócios sem intenção desportiva, mas apenas com a fito de "sacar" dinheiro para os bolsos dos administradores.
E a existir "negociatas" nesse sentido criminal (que eu não sei se existem ou não) elas não explicam nem uma pequena parte desse desequilíbrio.
Aquilo que, do meu ponto de vista, explica em larga medida esse desequilíbrio é uma coisa simples: maus investimentos acompanhados por alteração do modelo de negócio na era Lopetegui.
O modelo de negócio do Porto, que pode e deve ser discutido, deve ser enquadrado no altíssimo risco do negócio inerente ao setor do futebol.
Quando investes numa máquina consegues estimar com alguma fiabilidade o "output" que com ela consegues, e consequentemente, estimar vendas e lucros.
Quando a componente do investimento é toda ela em recursos humanos, em homens, o risco de correr mal sobe exponencialmente, naturalmente devido à própria condição humana.
E ao contrário do que aconteceu no passado recente, o Porto tem errado mais do que acertado. Fizemos efetivamente aquisições de jogadores que não retornaram financeiramente: Reyes, Adrian Lopez, Quintero, etc, etc.
E num clube que atua num mercado exíguo como o português, onde, repito, o futebol é intrinsecamente deficitário, não se tem de acertar mais vezes, tem de acertar muitas mais vezes do que as que se erra.
E o Porto tem errado mais do que o seu modelo permite.
Acresce que, e é aí que reside a minha principal crítica, o Porto mudou de modelo com o Lopetegui e investiu em jogadores emprestados que aumentaram muito a folha salarial sem que aumentasse o potencial de mais valias (porque não eram nossos).
E eu aceito que haja investimentos que corram mal, já me custa mais aceitar que em função de um treinador se mude o modelo de negócio.
O modelo de negócio em qualquer empresa é uma coisa estrutural, eu diria, quase cultural, e tem se ser imune (em certa medida) ao passar do tempo. É uma espécie de imagem de marca.
E o Porto, por causa de uma pessoa abdicou dele.
Por conseguinte, eu tenho (uma vez mais) uma ideia mais benévola da SAD, mas ao mesmo tempo mais exigente. Se os problemas financeiros do Porto se devessem às "negociatas", no sentido pejorativo do termo, então a solução era simples: colocar na SAD gente honesta (por oposição a estes "ladrões") e os problemas desapareciam.
Quanto ao Sporting, sinceramente não me diz nada nem é exemplo de nada. É clarinho como a água que eles investiram na formação não por opção estratégica mas por terem um garrote financeiro no pescoço.
Não me esqueço que no ano em que fizeram o seu maior negócio, a venda do Nani para o MU, desataram a comprar jogadores a granel.
Em suma, o modelo do POrto é o que todos conhecemos. É extremamente arriscado, mas é, na minha opinião, o que assegura uma maior equilíbrio no curto prazo entre finanças e competitividade desportiva, aliás, replicado pelo Benfica com sucesso.
Pode e deve discutir-se se não está na hora da alteração de modelo. Optar-se por um modelo assente na formação, mas eu duvido que os adeptos, em geral, estejam de facto dispostos a isso, se perceberem, como é normal que aconteça, que isso só traz resultados a médio prazo.
 

grandeporto

Tribuna Presidencial
25 Agosto 2006
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Gaia
O problema não é das calças, as calças são boas, o problema é quem as veste.
O Porto usou um modelo de expansão financeira que o levou a orçamentos e ordenados muito altos. O clube passou a ser escravo do modelo. Assim depois de anos rigorosos em que apostamos nos jogadores certos com a idade certa (Lucho, Licha, James, Hulk, Guarin, Otamendi ...) para  fazerem uma pós graduação na Universidade FC do Porto, o clube passou a correr riscos por duas razões. Passou a ser conhecido pelos seus negócios e porque os dirigentes confiaram, estagnaram e não se adaptaram ás ultimas mudanças no futebol europeu.
O Porto levou o modelo da mais valias  à exaustão porque começou a comprar jogadores cada vez mais jovens (reyes por exemplo) e por preços cada vez mais altos. Depois de ver o colapso desportivo de alguns passou a arriscar em jogadores mais velhos mas com menos tempo para maturar  e saírem craques (Martinez, Marcano) e ao mesmo tempo em emprestimos para cobrir a degradação do plantel.

Tudo isto deu origem a uma babilónia de jogadores que são comprados, emprestados e vendidos como se fossemos shopping futebolístico, aonde começa a treinar um grupo de 29 e a vai chegar 30 de agosto com outros 29 se calhar muito diferentes.
O clube tem de apostar no espirito de grupo, no compromisso e no amor ao clube. Temos demasiados atletas em transito constante muito comprometidos com as  seleções  mas que depois passam campeonatos sem garra e sem intensidade. Hoje em dia mais vale um grande sentido de grupo, união e identidade com o clube e cidade, ao estilo do AM, leicester, Dortmund, nova Juve, do que ter um conjunto de internacionais sem identificação com o nosso clube e sem ambição.

 

domribeiro

Tribuna
8 Março 2012
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Algumas notas soltas, pois o tempo é pouco...

Já há muitos anos que não acredito no pai natal...

Chamar de maus negócios ainda era possível antes dos leaks, agora ninguém o pode dizer. Onde é que dar percentagens dos passes do RN e AS é um "mau negocio"? onde é que o contrato que apareceu do generoso - um juvenil do chaves, é um "mau negocio"? Onde é que pagar 1M€ por 10% do Djim é um "mau negocio".

E repito quem acredita que só existem estes casos?

Mas dou-te isso de barato, mesmo que seja tudo maus negócios, pergunto o que merece um diretor que em janeiro deste ano olha para a equipa e contrata Marega, Sá e Suk - e vamos ver quanto vai custar o "mau negocio" de não terem contratado 1 central e o chidozie ter feito os jogos que fez pela A?

Para mim é simples ou o mesmo ou é tremendamente incompetente ou o foco são as negociatas....

Qualquer uma dessas opções para mim era o suficiente para rolarem cabeças....

Outra coisa, não gosto do Lopetegui, nunca gostei, devia ter sido despedido no final do primeiro ano; agora o presidente devia ter vergonha na cara quando culpa o Lopetegui seja pelo que for - alias o presidente de há alguns anos atrás teria vergonha da pálida imagem de presidente que ele é hoje em dia.

Aliás basta olhar para o gráfico e ver que o problema vem muito antes de Lopetegui, mas siga.

Claro que hoje chegar aqui e dizer que a contratação do Danilo (DD) na altura foi um erro, toda a gente vai dizer que quem o diz só sabe criticar etc, etc, mas eu continuo na minha contratar um defesa direito em 2011 por 13M€ + 4,8M€ de encargos adicionais foi um erro, tal como é um erro agora em 2016 gastar 12M€ em defesas esquerdos e emprestar um DE formado na casa.

Para terminar só queria dizer uma coisa, penso que já o disse por aqui mas repito, durante anos dei aulas no ensino superior de analise financeira e fazia sempre o mesmo no final do ano punha os alunos a fazer uma analise financeira dos 3 grandes, fazia isso por 2 motivos: o primeiro é que isso garantia-me mais atenção dos alunos que se fizesse o mesmo com a EDP, Sonae etc; o segundo era porque era sempre um motivo de orgulho mostrar que além dos campeonatos e das taças, também financeiramente o clube era um exemplo, deixei de o fazer em 2010/2011, pois os sinais estavam todos lá...  custou-me muito isso... ainda hoje custa.
 

andrito

Bancada central
4 Março 2015
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  • Campeão Nacional 19/20
esses senhores agora estão de férias, curioso pensei que já o estariam à muito, muito tempo.
 

grandeporto

Tribuna Presidencial
25 Agosto 2006
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Gaia
O modelo esgotou-se porque há clubes a copiar o modelo que se revelaram com mais competentes e mais corpulencia financeira que nós, a saber alguns, a Udine, o Malaga, Dortmund, benfique, AM, Villa Real, etc.

Em contrapartida o clube matou a matriz identitária do clube ao desprezar a formação, e assim matar qualquer hipotese de mais valia a partir do zero (caso que agora se quer corrigir com R Neves e A Silva), assim como  mataram a hipótese de crescimento de um espírito de grupo com identificação com os valores do clube a partir da formação.

Quanto aos negócios esquisitos, não me pronuncio, só posso falar do que sei e não com base em especulações e desconfiança na honestidade, por isso eu só debato questões de competência e fujo de questões de corrupção, porque se até justiça tem dificuldades em incriminar o Sócrates que apenas  moral e politicamente ficou destruído, o que é que adiante falar de corrupção sem provas.

Claro que acho imoral o trajecto ascendente ao nível de património de algumas pessoas do nosso clube, que de certeza nunca na vida lá chegariam sem o nosso FCP.
Eu como alguém que já gastou muitos milhares de euros a acompanhar o clube sinto me chocado, mas mais nada do que isso.
 

Lope

Bancada central
16 Junho 2015
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[member=3984]domribeiro[/member]
Uma sugestão se tiveres disponibilidade para tal e se ainda não o fizeste.
Um estudo comparativo das comissões/volume de negócios dos 3 grandes.
 

domribeiro

Tribuna
8 Março 2012
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grandeporto disse:
O modelo esgotou-se porque há clubes a copiar o modelo que se revelaram competentes e mais corpulencia financeira alguns, a Udine, o Malaga, Dortmund, benfique.
Discordo, nós é que aniquilamos o nosso modelo de sucesso, repara no gráfico que coloquei 2 post´s atrás até 2011 precisávamos de 31M€ de mais valias esse modelo era valido em 2011 e continua a ser valido hoje. Repara que entre 2003 e 2011 esse valor não variou muito e essa foi de longe a fase mais vitoriosa do clube e financeiramente falando nesses 9 anos acumulamos 10M€ de prejuízo (e nesses anos existiu 2005 que foi um ano de excessos).

Certo que o futebol mudou, correto que hoje temos muita mais concorrência, mas repara hoje em dia qualquer clube do final da tabela da liga inglesa é capaz de fazer contratações de 10/15 M€.

E essa tem sido a nossa grande falha, eu não compreendo como jogadores como o Varela, O Rolando não foram vendidos por valores próximos dos 10M€ (podíamos aqui juntar muitos mais).

Não podemos pensar que todos os anos vamos vender um hulk ou um Falcao, e a verdade é que fazemos negócios fantásticos mas depois somos incapazes de potenciar a "classe media" eu não entendo.

Depois quer se chame "maus negócios" ou outras coisas não há como fugir que nós temos "privilegiado" demais alguns empresários face a outros, ´daí os packs - primeiro os argentinos, depois foram os colombianos, depois os mexicanos e agora assistimos aos nigerianos - para a B. E isso parece claro que nos limita as capacidades de captação pois muitos empresários não vão colocar cá jogadores para depois ver os mesmos a serem "incentivados" a mudar de empresário - já é fumo a mais para que não exista fogo.

Por ultimo vejamos o exemplo do André Silva imagina que o vendes por 15M€

Já hoje terias de pagar os 10% ao Mendes por o vender, depois terias de pagar os 10% do passe ao Araújo, depois ainda terias de dar mais 10% da mais valia ao araújo contas feitas e esquecendo prémios de renovação e comissões de renovações já tinhas 4M€ a voar (dos 15).

Assim, na minha opinião não vamos lá....

 

domribeiro

Tribuna
8 Março 2012
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VanguardaFCP

Bancada lateral
18 Junho 2016
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Sinceramente não acho que os clubes sozinhos tenham força para combater isto.

È preciso as entidades tutelares serem mais severas em termos de regulamentos.

A primeira medida é acabar com o fraccionamento dos direitos economicos.Os direitos economicos tem de ser iguais aos direitos desportivos(passe internacional) e como um jogador não pode jogar ao mm tempo por 3 entidades diferentes...

Depois acabar com percentagens de venda e percentagem de mais valia.

Estabelecer um valor maximo(afecto ao valor transferencia claro) para comissão de intermediação e premio de assinatura e obrigatoriedade de reportar os valores discriminados a cada negocio.

Era um bom começo de conversa
 

Branco

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2 Julho 2007
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grandeporto disse:
O modelo esgotou-se porque há clubes a copiar o modelo que se revelaram com mais competentes e mais corpulencia financeira que nós, a saber alguns, a Udine, o Malaga, Dortmund, benfique, AM, Villa Real, etc.
O modelo não se esgotou, nós é que deixamos de dar prioridade ao rendimento desportivo e por isso mesmo perdemos o controlo, de resto só há um modelo de sucesso e é esse, não vale a pena criar ilusões sobre a formação que pode ser uma ajuda preciosa e um complemento ao modelo, mas nunca uma solução em si.

Não fossem as negociatas e ainda estaríamos a contratar dentro de uma lógica qualidade/preço/utilidade, e certamente ainda seriamos um clube vitorioso porque teríamos os melhores planteis, e certamente a própria selecção de treinadores seria feita de forma não tão condicionada, o que nos teria trazido melhores profissionais.

Nós é perdemos o controlo á situação, foi culpa da gestão do clube e não do modelo em si, deixamos de formar o melhor plantel, deixamos de contratar os melhores treinadores, deixamos de nos preocupar com o que acontece fora de campo, que raios é que isso tem a ver com o modelo e com a aposta ou não da formação ?

Ainda fossemos liderados da forma como éramos há uns atrás e mesmo que continuássemos a nos desleixar na formação, ninguém nos parava, o nosso problema são apenas e só os défices de gestão pelas razões que já se sabe.
 

Dragon Force

Tribuna
9 Março 2012
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domribeiro disse:
(...)

Certo que o futebol mudou, correto que hoje temos muita mais concorrência, mas repara hoje em dia qualquer clube do final da tabela da liga inglesa é capaz de fazer contratações de 10/15 M€.

E essa tem sido a nossa grande falha, eu não compreendo como jogadores como o Varela, O Rolando não foram vendidos por valores próximos dos 10M€ (podíamos aqui juntar muitos mais).

Não podemos pensar que todos os anos vamos vender um hulk ou um Falcao, e a verdade é que fazemos negócios fantásticos mas depois somos incapazes de potenciar a "classe media" eu não entendo.

(...)
Porque vender os melhores craques é fácil.

Vender o entulho exige trabalho e contactos que só um J.Mendes ou equiparado consegue. O problema é que por 10M€ o J.Mendes nem atende o telefone...ficamos agarrados.
 

domribeiro

Tribuna
8 Março 2012
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  • Jorge Costa
VanguardaFCP disse:
Sinceramente não acho que os clubes sozinhos tenham força para combater isto.

È preciso as entidades tutelares serem mais severas em termos de regulamentos.

A primeira medida é acabar com o fraccionamento dos direitos economicos.Os direitos economicos tem de ser iguais aos direitos desportivos(passe internacional) e como um jogador não pode jogar ao mm tempo por 3 entidades diferentes...

Depois acabar com percentagens de venda e percentagem de mais valia.

Estabelecer um valor maximo(afecto ao valor transferencia claro) para comissão de intermediação e premio de assinatura e obrigatoriedade de reportar os valores discriminados a cada negocio.

Era um bom começo de conversa
Em primeiro mesmo que isso que dizes aconteça nada mudaria existem muitas formas diferentes de contornar isso que são impossíveis de controlar pelas entidades competentes.

Ex: nós chegamos a vender uma % do passe do hulk sobre a forma de um empréstimo com taxa de juro variável isso é impossível de controlar.

Antes pelo contrario, na minha opinião o melhor seria ser obrigatório divulgar as % partilhadas, as condições de recompra etc - as entidades que detenham % serem obrigadas a prestar contas a entidades do futebol, e toda a gente saber quem são os seus acionistas etc..

Isso sim traria transparência, isso sim levaria a uma analise mais critica sobre os negócios, repara que p.e. no caso do Imbula detínhamos 100% do passe achas que não existiam por trás ganhos adicionais da doyen?

Sabendo que essas entidades detém % dos passes tudo é mais claro, aliás já disse e repito essa proibição interessa bastante é a alguns que querem branquear dinheiro no futebol e que portanto não lhes interessa muito a transparência.
 

Regod

Tribuna Presidencial
21 Março 2015
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Branco disse:
O modelo não se esgotou, nós é que deixamos de dar prioridade ao rendimento desportivo e por isso mesmo perdemos o controlo, de resto só há um modelo de sucesso e é esse, não vale a pena criar ilusões sobre a formação que pode ser uma ajuda preciosa e um complemento ao modelo, mas nunca uma solução em si.

Não fossem as negociatas e ainda estaríamos a contratar dentro de uma lógica qualidade/preço/utilidade, e certamente ainda seriamos um clube vitorioso porque teríamos os melhores planteis, e certamente a própria selecção de treinadores seria feita de forma não tão condicionada, o que nos teria trazido melhores profissionais.

Nós é perdemos o controlo á situação, foi culpa da gestão do clube e não do modelo em si, deixamos de formar o melhor plantel, deixamos de contratar os melhores treinadores, deixamos de nos preocupar com o que acontece fora de campo, que raios é que isso tem a ver com o modelo e com a aposta ou não da formação ?

Ainda fossemos liderados da forma como éramos há uns atrás e mesmo que continuássemos a nos desleixar na formação, ninguém nos parava, o nosso problema são apenas e só os défices de gestão pelas razões que já se sabe.
tenho que concordar, penso que a formação devia e podia ser um complemento ao negocio.  É muito complicado um clube sobreviver so da formação, porque está dependente da qualdiade e adaptaçao dos jogadores que saiem da formação.
 

Branco

Tribuna Presidencial
2 Julho 2007
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domribeiro disse:
Isso já foi parcialmente feito pelo tribunal do dragão podes ver aqui

http://otribunaldodragao.blogspot.pt/2016/06/sempre-ouvimos-e-e-sabido-que-nao-ha.html

PS: aproveito para felicitar o autor do blog pelo excelente trabalho
Esse números apenas revelam as comissões, não revelam tudo o que orienta o parcelamento dos passes (ou as clausulas de mais valias a terceiros dos contratos) que é onde está a verdadeira mama, de certa forma as comissões acabam por ser a única parte das negociatas que são relativamente transparentes no seu intento.