Viva Pinto da Costa!
O que o FC Porto acaba de cometer é mais do que uma enorme façanha desportiva. E derrubar as suas próprias limitações foi a proeza menor. É um feito social e político, a reafirmação de uma irredutibilidade de fera, contra o cerco do umbiguismo nacional e contra o desdém da mediocridade dominantes. Já agora, também a libertação do jugo sanitário e deste projetozinho de futebol desmaterealizado, assim organizado e imposto porque o maldito SARS-Cov2 apanhou e surpreendeu a desejada conjuntura na curva, na insuportável subalternidade.
É sobretudo por isso que esta gente sai à rua, a celebrar a vitória de um clube, de uma cidade e de uma maneira de estar tão singulares, sempre em notória inferioridade de forças, a mesma adversidade que é, afinal, a fonte de todas as superações. Oxalá os nossos inimigos nunca o detetem.
Viva Pinto da Costa, o maior tripeiro da história.