Agora que o campeonato levou o seu ponto final, vou escrever umas linhas.
Creio que aquele jogo na Dinamarca onde o FC Porto enfrentou um Copenhaga desfalcado da sua linha ofensiva foi decisivo para o desenrolar da temporada. Evitou-se uma eliminação histórica da Champions e deu alento para uma segunda volta acima das expectativas.
Ao contrário da larga maioria, sou a favor da continuidade e, se possível, da renovação do contracto do NES.
Por dois motivos:
1) porque não quero que esta SAD e, sobretudo, o seu presidente, e tudo o que gravita à volta (saúlada, macacada, claques/guarda pretoriana/canelada, empresários/sanguessugas/cavalos de tróia na SAD, filho, filha, mulher, ex-mulher, neto, afins e etc) tenham a sorte de se esconderem atrás da competência de um bom treinador. É que ao contrário da nova teoria do futebol português, é muito mais decisiva para o resultado desportivo a competência de um treinador, que as manobras de qualquer estrutura dirigente. Portanto, firmemente desejo a continuidade do NES. Não quero que esta gente sai da pressão. E quanto mais tempo passa, mais gente acorda do seu torpor mental.
2) porque o FC Porto tem uma franja crescente de adeptos/sócios/verdadeiros que o merecem. Porque atacam ferozmente o núcleo essencial do sucesso do FC Porto, para facilitarem o mercantilismo da SAD e do seu presidente, ou por simples e lamentável tolice.
Há algo que me faz confusão, confesso. Toda a gente gosta de ver as entrevistas do Rui Cerqueira, mas teimam em não aprender nada. Quando Drulo, só por ser a mais recente, diz que quando chegou ao FC Porto havia um núcleo de jogadores portugueses, a maioria deles formados no clube, que foram essênciais para enquadrar os talentos que chegam ao clube e que são determinantes nos momentos de aperto, de pressão, de manter o foco na vitória e de ganhar com sangue e suor, quando o talento não consegue ou é castrado (via arbitragem)...deve haver uma interferência qualquer nos receptores destes adeptos que os incapacita de perceberem a mensagem.
O André Silva é falha. Devem imaginar que o André pai era um craque do caraças, mas o filho nem no Varzim. O Danilo, se calhar não tão bom assim. O Jota não vale 20 milhões, e não, não vale, mas o Oliver, esse Iniesta em potência, com uma temporada fantástica, de craque, não entra na mesma questão, nem com a mesma violência argumentativa...
Enquanto isto for assim, força NES. Estou contigo. 3 pilares, fortaleza, somos porto e é até ao fim.
Por fim, e como no futebol, já dizia o Pimenta Machado, hoje é verdade, amanhã é mentira. No caso do NES sair, para um Wolverhampton, talvez um Atlético de Madrid, quiçá um PSG. Um processo natural de quem está em evolução e consegue ficar à frente de um Bas Dost à lá Jardel, haja reconhecimento.
Se tal acontecer, os meus olhos recaem de imediato em Coimbra. Costinha, o ministro, com Maniche, de preferência, para adjunto. Ouro sobre AZUL!