FILHO DE JORGE PLÁCIDO QUIS JOGAR NO FC PORTO
Jimmy P, o rapper que vai Dar Letra à Música, trocou Paris pelo Porto movido pelo sonho de jogar de azul e branco
Distinguido com o prémio de Melhor Atuação - Artista Revelação nos Portuguese Festival Awards 2014, Jimmy P é o convidado do mês do Dar Letra à Música do Museu FC Porto e promete deixar, a 11 de fevereiro, a audiência On Fire, com interpretação de temas ao vivo e conversa intimista conduzida pela dupla Tito Couto/Jorge Oliveira.
Joel Plácido, Jimmy P para a música, filho de Jorge Plácido antigo futebolista internacional português que representou o FC Porto no final da década de 1980 e princípio dos anos de 1990 , vai partilhar histórias, curiosidades e canções saídas dos álbuns #1 (2013) e FVMILY F1RST (2015), dois êxitos de vendas que confirmam a qualidade da fusão do hip-hop, reggae, R&B e rock deste nome forte da música nacional, que esgotou o primeiro álbum em pouco mais de um mês. Porque não é todos os dias que se pode assistir a entretenimento puro e de qualidade por apenas 7,50 euros (cinco euros para sócios), o Museu FC Porto aconselha a aquisição antecipada do bilhete.
Jimmy P aposta numa abordagem natural à música. O gosto pelo rap descobriu-o em Paris, onde viveu a adolescência. Já o semba, a morna, a coladera, a salsa, o reggae e o jazz são heranças do pai, natural de Angola. Estes traços determinaram vivências e propostas de intervenção na escrita e, toda esta influência rica do ponto de vista cultural, fizeram-no optar pelas rimas e batidas do hip-hop, em vez do futebol, que esteve a um passo de seguir. Com 16 anos, deixou Paris e mudou-se para o Porto para jogar no FC Porto, porque levava jeito para a coisa. Também o pai lhe dizia que, se não tivesse sido futebolista, teria sido músico.
As diversas participações em projetos de renome, como a coletânea Rascunhos (produzida por Conductor, dos Buraka Som Sistema) e o tema Melhores Anos, com Valete, associados às colaborações com artistas como Chullage ou Bezegol, confirmam o seu estatuto de artista independente aclamado e ouvido no panorama da música cantada em português, no qual tem milhares de seguidores.
Em 2013, Jimmy P editou o primeiro disco da carreira. #1 surpreendeu a crítica e o público e esgotou em pouco mais de um mês, impulsionando uma digressão pelo país. A fusão de hip-hop, reggae, R&B e rock, aliada a performances de grande nível, tornou Jimmy P um artista singular e camaleónico, desejado pela maioria dos promotores.
No ano de 2014, o rapper subiu ao palco dos Portuguese Festival Awards para atuar com uma orquestra e venceu na categoria de Melhor Atuação - Artista Revelação. Quase em simultâneo, lançou Marcha na Internet. Com rimas de Valete e produção de Dj Ride, a canção foi uma janela aberta para FVMILY F1RST, segundo disco da carreira, editado em 2015. O single On Fire é outra das faixas de eleição deste álbum e foi escolhido, por exemplo, para a banda sonora da telenovela portuguesa Coração dOuro.
Quase a chegar está o terceiro disco, a ser lançado nos primeiros meses de 2016. Jimmy P já mostra que o próximo trabalho também vai Valer a Pena, single extraído deste novo álbum e que pode ser ouvido no Facebook oficial do músico. Entretanto, o rapper segue a tendência de êxito do Dar Letra à Música, onde se apresenta depois de Blind Zero, Carlos Tê, Mind da Gap e Clã. A sessão vai decorrer no Auditório Fernando Sardoeira Pinto, no dia 11 de fevereiro, pelas 21h30, e será mais uma iniciativa do Museu FC Porto em parceria com a Associação Sótão Paralelo.