Pentacampeões – 1999 - Ano D’ouro

H

hast

Guest
DRULOVIC (11/09/1968)
Total de jogos: 146 - Completos: 76 – Incompletos: 70
Tempo de jogos: 11 016 minutos – Média por jogo: 75,4
Golos: 21
Cartões: 11 Amarelos; 0 Duplo Amarelo e 0 vermelho.

O BOM COMPANHEIRO
Haja quem finalize, que as preocupações com o fabrico dos lances de golo podem ser entregues, quase em exclusivo, a Drulovic. Chamam-lhe o”senhor Assistências”, podiam chamar-lhe o “Bom Companheiro”, tal a forma como cria para os outros brilharem. Porque não é um goleador e, como costuma dizer, só tem uma oportunidade de golo por jogo, que pode ou não marcar. E ninguém consegue cem por cento de eficácia.
A solidariedade é um dos seus atributos – e de que outra forma poderia ser tão gentil com os seus companheiros? -, seja na vida privada seja no relvado. Jardel deve-lhe muitos golos, como antes ficou a dever-lhe Domingos e, amanhã, será outro qualquer, se Jardel sair. O génio de Drulovic é mesmo assim, capaz de pegar na bola, ultrapassar os adversários que lhe saírem ao caminho e, no momento exacto, descobrir a via por onde passará a bola dirigida ao companheiro que a desviará para dentro da baliza.
Foi contratado ao já decorria a época 1993/94, depois de Robson ter substituído Ivic. Demorou uns tantos jogos a impor a sua qualidade ímpar, cativando o lado esquerdo do ataque. Ao longo dos cinco anos até ao Penta, não se limitou a subir de rendimento, foi-se tornando, gradualmente, mais regular, ele que foi acusado por Bobby Robson de, por vezes, adormecer em campo e precisar de um grito para acordar. É o seu jeito que intimida adversários. O pé esquerdo trata a bola como quer e coloca-a onde é necessário, seja em que flanco for, porque, ao longo do tempo, “Drulo” foi-se tornando vagabundo, alternando, durante um jogo, entre os dois flancos. Curiosamente, mesmo no lado direito, é com o pé esquerdo que cruza ou faz os passes. É que o direito é quase cego (marcou um golo no último jogo do Penta), mas o esquerdo compensa.
 
H

hast

Guest
RUI BARROS (24/11/1965)
Total de jogos: 125 - Completos: 23 – Incompletos: 102
Tempo de jogos: 6 894 minutos – Média por jogo: 55’
Golos: 24
Cartões: 14 Amarelos; 0 Duplo Amarelo e 0 vermelho.

VOLTOU PARA GANHAR
Rui Barros foi um dos primeiros emigrantes de sucesso do futebol português. Em Julho de 1988, 11 anos antes da conquista do Penta, transferiu-se para a Juventus e rendeu ao FC Porto UM MILHÃO de conto (5 milhões €)! Assim mesmo, um milhão quando 60 ou 70 contos era salário que se visse e não seriam muitos os futebolistas a ganharem mil contos/mês em Portugal. Rui Barros foi ganhar dez mil a cada 30 dias. Um espanto. À aposta da Juventus correspondeu com golos, jogadas de sonho e taças (a de Itália e a UEFA). De tal modo que dois anos depois, ao dispensá-lo, a Juventus impediu-o de continuar em Itália. Mudou-se para o Mónaco e aumentou o salário. Os seus passes mágicos, aliados a uma velocidade estonteante, puseram-no nos píncaros. Um ano depois de ter ajudado a ganhar a Taça de França, na véspera da final da Taça das Taças, contra o Werder Bremen, no estádio da Luz, o semanário desportivo francês “France Football” pedia-lhe: “Gil, ensina-nos a ganhar” [os franceses chamavam-lhe Rui Gil e o Gil, naquele caso, dava mais jeito para o título]. Dessa vez a sorte não o acompanhou e no ano seguinte juntou-se a Futre no Marselha.
Regressar às Antas era um sonho. Concretizou-o, porque antes de partir só tinha um título (1987/88 campeonato e Taça, com Ivic) e queria juntar-lhe outros. Bobby Robson adoptou-o de pronto e conferiu-lhe papel de grande importância, que foi perdendo com o passar dos anos. Esta época, com Fernando Santos e a sua mudança de filosofia de jogo, renasceu e voltou a ser indiscutível. A idade? Bah, isso é para quem quiser saber dela. Rui Barros, se quiser, até pode brincar com a situação e dizer que os diamantes são eternos.
 
H

hast

Guest
FOLHA (21/05/1971)
Total de jogos: 87 - Completos: 16 – Incompletos: 72
Tempo de jogos: 4 496 minutos – Média por jogo: 72’
Golos: 13
Cartões: 9 Amarelos; 0 Duplo Amarelo e 0 vermelho.

NÃO QUIS ESPERAR
Está ligado aos cinco títulos do FC Porto, mas no dia em que o seu clube do coração comemorava o Pentacampeonato, Folha perdia a final da Taça da Bélgica, ao serviço do Standard de Liège. Mas foi Pentacampeão, por 13 minutos, disputados contra o Rio Ave, depois de ter feito uma pré-época de encantar.
Por nunca ter conseguido ser titular absoluto nas quatro épocas que conduziram aos quatro títulos anteriores, Folha desta vez não teve paciência para esperar pela sua vez. Segundo Fernando Santos, quando lhe sugeriu a hipótese de empréstimo ao Standard de Liège, o jogador quis saber a opinião do técnico, que lhe terá dito que contava com ele. Mas folha estava cansado do banco, não quis esperar e saiu.
Uma boa época na Bélgica poderia reabrir-lhe as portas do plantel, se, entretanto, o jogador estiver mais paciente e for capaz de lidar melhor com a pressão. Folha é o melhor jogador de treinos do plantel, não há estágio de pré-temporada em que não deixe o treinador boquiaberto, seja ele quem for. E no Penta foram três – Bobby Robson, António Oliveira e Fernando Santos -, todos de escolas diferentes. Mas depois chegam os jogos e tudo se complica, porque o rendimento poucas vezes é bom. A sua irregularidade coloca-o nos pólos. Passa de óptimo para o péssimo com a maior das facilidades, quando se lhe pede que seja bom e nunca pior do que suficiente. Os responsáveis portistas esperam que o período de emigração a que se votou lhe tenha feito bem e dado consistência ao seu futebol, porque quando está bem Folha tem um pé esquerdo fabuloso e é capaz de fazer coisas incríveis, falemos de cruzamentos, passes de morte ou “slalons” de 50 metros.

Textos de Carlos Machado e Fernando Rola, «OJOGO» - Edição especial FC PORTO PENTACAMPEÃO - 4 Junho de 1999
 
H

hast

Guest
OS DONOS DO GOLO

Uma parte do estádio grita de alegria, a outra desespera; quem é o responsável? O goleador! A essência máxima do futebol é o momento em que a bola entra na baliza. Há outros instantes belos, como drible ou a grande defesa do guarda-redes, mas o facto que leva o público aos estádios é o golo! Não há campeões sem goleadores, e tão raros são os especialistas…
Revejam-se os méritos, estudem-se os processos, procurem-se as razões das conquistas do Pentacampeonato que entre elas, estarão sempre dois nomes: Domingos e Jardel. Primeiro o português, porque era da casa, comandou as duas primeiras sagas e justificou os méritos, com 44 golos e muita magia; depois, o brasileiro, não por ordem de talento mas pela ordem cronológica, porque Jardel é “bicho raro” da área, multiplicador de triunfos, coleccionador de esquemas, ortodoxos ou não, para bater os guarda-redes. Em três anos festejou 96 golos…

As comparações serão injustas para qualquer dos artistas. Porque são diferentes na forma de estar e jogar. A discrição fora dos relvados de Domingos contrasta com o espírito de samba de Jardel; o enfeite do português, no relvado, chega a ser tão eficaz como o remate de primeira do brasileiro. O que um tem o outro disfarça…
Tudo começou, em 1994/95, na teimosia de Domingos, que nunca desistiu de provar a Bobby Robson que o lugar era seu, tão seu que na condição de suplente utilizado, era o melhor marcador da equipa. O inglês convenceu-se e deixou que o génio comandasse a armada dentro das quatro linhas e iniciasse a aventura que levaria ao Penta. Um ano mais, melhor do que o anterior, e Domingos continuava estrela de primeiríssima grandeza. Chegou António Oliveira e, com ele, Jardel, então e ainda agora a mais cara contratação de sempre do FC Porto. O banco estava-lhe destinado mas Domingos lesionou-se gravemente. Jardel nunca mais permitiu que lhe roubassem o lugar no eixo do ataque. Foi então Domingos a bater um recorde financeiro, materializando com entrada nos cofres das Antas da até então mais cara transferência feita pelo futebol português, partindo o avançado para Tenerife.

Jardel não voltou a ter concorrência. Foi rei e senhor dos golos do FC Porto e do Campeonato português. Três épocas, três títulos, três vezes o melhor marcador. Brilhante na primeira temporada, com 30 golos, menos eficaz na segunda, com 26, fabuloso na terceira, que agora acaba, com 36. Com a cabeça, com o pé, com a parte do corpo que estiver mais a jeito, de primeira ou enfeitando com um pormenor, que pode ser de “letra”, Jardel marca quase sempre. Mais do que isso, também dá a marcar, juntando aos tentos próprios mais uns quantos dos companheiros em que teve participação decisiva.

Para a história do feito que o FC Porto acaba de conseguir, os nomes de Domingos e Jardel são incontornáveis. Porque a festa do futebol são os golos e os heróis mais visíveis os goleadores.

CURIOSIDADES

DOMINGOS
Época 1995/96
- Vencedor do ranking Jogador, Avançado Mais Valioso e rematador Mais Eficaz.
- Vencedor da lista dos melhores marcadores com 25 golos em 122 remates, com uma eficácia de remate/golo de 22%.
- Jogo, logo marco… logo ganho. É uma máxima de Domingos que apresenta uma média de 0,9 golos por jogo. O FC Porto venceu sempre que Domingos marcou!
- Foi o jogador do Nacional com mais remates dentro da área e 2º com mais contabilizando todas as áreas, com uma média de 4,2 por jogo. Cotou-se como o 5º jogador com mais ataques do campeonato com uma elevada média de 8,2 por jogo.
- Apresenta uma eficácia de passe de 79%, um bom valor para um avançado.
- Foi preponderante na manobra da equipa: contabilizou 30% dos golos, 20% dos remates, 23% de assistências e 44% dos foras-de-jogo.
- É claramente mais ofensivo nos jogos em casa, pois os seus índices sobem nos ataques, cruzamentos e remates. Em casa do adversário perde mais a bola e é apanhado mais vezes em fora-de-jogo.
Como marcou os golos: 8 com o pé esquerdo; 30 com o pé direito; 8 de cabeça e 3 de penalti.

JARDEL
Época 96/97
- Jogador e Avançado Mais Valioso e 3º Rematador Mais Eficaz
- Melhor marcador do campeonato com 30golos em 31 jogos. Só à sua conta marcou 42,8% (30 em 76) dos golos do FC Porto.
- A sua produção destaca-se pela quantidade e qualidade: Foi o maior rematador do campeonato (média de 5 por jogo). É o 1º com mais remates na pequena-área (1 por jogo), mais remates à baliza (2,4 por jogo), mais remates de cabeça (2,1 por jogo). O 2º com mais foras-de-jogo (1,8 por jogo)

Época 97/98
- Jogador e Avançado Mais Valioso e 4º Rematador Mais Eficaz
- Jardel imita em quase tudo a excelente época anterior. Escrever sobre o seu rendimento é como “rezar” as mesmas “contas do terço”: Homem golo do campeonato com 26 tentos. Fez 34,6 (26 em 75) dos golos da equipa
- Jogador com mais remates (5,2 por jogo), com mais remates de cabeça (2,6), mais remates dentro da área (4,7) e mais remates à baliza (2,29).
- Consegue uma eficácia de 16%, ou seja, um golo em cada 6 remates.

Época 98/99
- Melhor marcador do campeonato e Bota de Ouro, com 36 golos.
- Jogador e Avançado Mais Valioso e 3º rematador Mais Eficaz, com uma eficácia de 22%. Marcou um golo em cada 4,5 remates.
- Esteve em 54% dos golos da equipa (46 em 85)! Marcou 36, fez 8 assistências para golo, 1 cruzamento com remate/golo e sofreu ainda 1 penalti convertido com êxito.
- Fez 2 “hat trick” e em 10 jogos marcou por duas vezes
- Sempre que marcou, apenas por 8 vezes se ficou por 1 golo.
- É um finalizador nato por excelência. As suas performances no capítulo do remate são impressionantes: foi o jogador do campeonato com mais remates (5,1 de média por jogo), mais remates dentro da área (4,7 por jogo) e mais remates de cabeça (2,3).
- Fez 70 remates de cabeça e 93 com o pé, totalizando 163.
- Mandou 11 bolas ao poste.
Como marcou os golos: 13 com o pé esquerdo; 37 de cabeça; 42 com o pé direito e 4 de penalti.
«OJOGO» - Edição especial FC PORTO PENTACAMPEÃO - 4 Junho de 1999
 
H

hast

Guest
1º GOLO DO PENTA
RUI FILIPE
Quando no início da época 1994/95, o FC Porto deu o pontapé de saída, frente ao Sp. Braga, a primeira grande manifestação de alegria foi obra de Rui Filipe, que marcou o 1º golo da época, e da série do Penta.
Sete dias depois (28 de Agosto de 1994), Rui Filipe era vítima mortal de um acidente de viação, enlutando não só os Portistas como todo o futebol português. Tinha 26 anos e tudo para dar ao futebol, porque os seus recursos eram inegáveis. Centrocampista de talento – revelava agressividade, lucodez, boa leitura de jogo e razoável potência de remate -, Rui Filipe afirmara-se como herdeiro de André e preparava-se para comandar o meio-campo Portista na luta pela conquista do primeiro campeonato de Bobby Robson.
A modesta contribuição no relvado - um golo e uma boa exibição, no triunfo por 2-0, sobre o Sp. Braga – aumentaria na proporção da saudade que deixou entre os companheiros, que passaram toda a época a afirmar que queriam ganhar o título para o dedicar à memória de Rui Filipe. Um incentivo que também terá sido um contributo para a conquista de um campeonato que, tal como tinham prometido, todos os jogadores dedicaram a Rui Filipe, cuja imagem perdurará por muito tempo nas Antas.

http://www.youtube.com/watch?v=ed10ttzoIoI&feature=PlayList&p=FDE63A46D839551A&playnext=1&playnext_from=PL&index=17
 

jsm

Tribuna
29 Abril 2007
3,319
16
Obrigado hast pelas recordações e informação sempre bem vinda!O penta foi uma obra gigantesca do nosso querido clube. Uma obra de todos, jogadores, treinadores dirigentes, associados e adeptos. Contra os detractores nunca poderemos deixar de afirmar que o nosso clube ganhou tudo o que havia para ganhar. Champions, Intercontinental, UEFA, Supertaça, Penta. Para mim que sou um dos que jejuou tantos e tantos anos e sempre fui fiel ao que disse ao meu pai com 4 anos numa manhã inesquecível em que me afirmei portista pela primeira vez, falar das vitórias do nosso Porto é falar do que há de mais fundo e sagrado em mim. Por isso bem hajas!
 
H

hast

Guest
OUTROS GOLEADORES
1994/95
T C F GP
Domingos 19 10 9 2
Rui Barros 9 3 6 0
José Carlos 8 5 3 0
Folha 6 5 1 0
Emerson 5 0 5 0
Secretário 5 3 2 0
Drulovic 5 4 1 0
Aloísio 5 5 0 3
Iuran 4 2 2 0
Kulkov 4 2 2 0
Latapy 1 0 1 0
Jorge Costa 1 1 0 0
Rui Filipe 1 1 0 0
Baroni 1 1 0 0
Kostadinov 1 1 0 0

19995/96
T C F GP
Domingos 25 13 12 2
Edmilson 13 9 4 1
Drulovic 8 5 3 0
Lipcsei 6 4 2 0
Latapy 5 4 1 0
Rui Barros 4 1 3 0
Emerson 4 3 1 0
Folha 4 3 1 0
J. M. Pinto 3 2 1 0
Jorge Couto 3 2 1 0
Bino 2 1 1 0
Mielcarski 2 1 1 0
Quinzinho 2 2 0 0
Rui Jorge 2 2 0 0
Jorge Costa 1 1 0 0

1996/97
T C F GP
Jardel 30 14 6 0
Edmilson 10 3 7 3
Zaohvic 7 4 3 0
Artur 5 0 5 0
Jorge Costa 4 2 1 0
Barroso 4 4 0 0
F. Mendes 3 1 2 0
Rui Barros 3 1 2 0
J. M. Pinto 3 2 1 0
Folha 3 2 1 0
Domingos 2 1 1 0
Costa 1 0 1 0
Drulovic 1 0 1 0
Wetl 1 0 1 0
S. Conceição 1 1 0 0
Mielcarski 1 1 0 0

1997/98
T C F GP
Jardel 26 15 11 2
S. Conceição 8 6 2 0
Artur 6 4 2 0
Zahovic 6 5 1 0
Rui Barros 5 4 1 0
Capucho 4 2 2 0
P. Santos 4 3 1 3
Drulovic 4 3 1 0
Mielcarski 3 1 2 0
Chippo 2 2 0 0
Barroso 1 0 1 0
Gaspar 1 0 1 0
Doriva 1 1 0 0
J. M. Pinto 1 1 0 0
F. Mendes 1 1 0 0

1998/99
T C F GP
Jardel 36 19 17 2
Zahovic 14 4 10 1
Capucho 6 4 2 0
Aloísio 4 3 1 0
Quinzinho 4 4 0 0
Doriva 4 4 0 0
Drulovic 3 3 0 0
Rui Barros 2 0 2 0
J. M. Pinto 2 1 1 0
Jorge Costa 2 2 0 0
Chaínho 2 2 0 0
Mielcarski 2 2 0 0
F. Mendes 1 0 1 0
Esquerdinha 1 1 0 0
Peixe 1 1 0 0
P. Santos 1 1 0 0
 
H

hast

Guest
5 ÉPOCAS – 5 ESTRELAS

Passaram cinco anos, emergiram cinco estrelas, ou melhor, cinco jogadores de cinco estrelas.
Vítor Baía, com defesas fabulosas ou uma postura intimidatória, foi herói no início e no fim da caminhada do Penta. Em 1994/95, sofreu apenas 15 golos, o que é extraordinário, e em 1998/99 regressou para fazer a segunda volta e dar à equipa a consistência de que necessitava.
A segunda época rumo ao Penta teve em Domingos o seu grão-mestre do golo, ele que na época seguinte seria substituído na liderança do ataque Portista por um brasileiro longilíneo chamado Jardel, que desde a chegada às Antas já marcou mais de uma centena de golos.
As épocas seguintes revelaram Sérgio Conceição – entretanto transferido para a Lázio, de Itália, por 1,4 milhões de contos (sete milhões de euros) – e Zahovic, que fez uma época fantástica e também poderia estar de saída.
«OJOGO» - Edição especial FC PORTO PENTACAMPEÃO - 4 Junho de 1999
 
H

hast

Guest
5 Épocas – 5 Estrelas

ZAHOVIC (1998/1999)

Chegou às Antas a pedido de António Oliveira e logo se fez notado, porque protagonizou um transferência rocambolesca, que envolveu os serviços da Liga, já que o Guimarães alegava ter enviado a carta de vinculação ao jogador, com cópia remetida à Liga, documento esse que nunca foi encontrado. O jogador ficou a custo zero para o FC Porto, mas provocou mais um momento de fricção entre Portistas e vimaranenses, mais tarde sanado com a cedência de jogadores ao Guimarães. Tanto é que a transferência de Capucho para as Antas, um ano depois, foi pacífica.
Sem ter feito pré-época, Zahovic foi “guardado” por António Oliveira nas duas primeiras jornadas da época – Setúbal em casa e Leiria fora – para aparecer como titular em Milão, na primeira jornada de uma participação gloriosa na Liga dos Campeões. Desde então, o craque esloveno só saiu da equipa pontualmente, em alguns casos por castigo interno, pois a sua irreverência e indisciplina táctica já lhe causaram alguns amargos de boca.
Zahovic adora jogar nas costas do ponta-de-lança e procura ocupar sempre essa zona do terreno, o que muitas vezes contraria as indicações dos técnicos, porque Zahovic quer marcar golos e jogar como segundo homem de área, independentemente do sistema táctico ser ou não propício a que o faça. Com António Oliveira, que raramente abdicava de dois trincos, as incursões do esloveno eram disfarçadas pela acção de Paulinho e Barroso ou Doriva. Com Fernando Santos tudo foi diferente, porque o sistema táctico contempla apenas um trinco e exige que os dois médios que o acompanham sejam capazes de fazer o vaivém. Ora, Zahovic, quando decide pisar terrenos que pelo novo esquema lhe estão vedados só faz o vai, esquecendo-se do “vem”, o que deixa Fernando Santos à beira de um ataque de nervos.
Para além das desobediências, Zahovic acaba de assinar a sua melhor época ao serviço do FC Porto, tendo feito um campeonato bastante bom e uma Liga dos Campeões fantástica. Segundo o próprio, apesar de ter contrato estará em fim de ciclo.
«OJOGO» - Edição especial FC PORTO PENTACAMPEÃO - 4 Junho de 1999
 
H

hast

Guest
5 Épocas – 5 Estrelas

SÉRGIO CONCEIÇÃO (1997/1998)

Sérgio Conceição foi uma peça vital na conquista do Tetra. Realizou um final de época 1997/98 notável, catapultando, graças à sua energia e à alegria do seu futebol, o FC Porto para o título. Foi sobretudo por ter recusado uma proposta milionária do D. Da Corunha que Sérgio Conceição mais se fez notar, tornando-se, a par de Jardel e de Drulovic, um dos mais influentes jogadores de uma equipa que atravessou um período difícil, antes de arrancar definitivamente para a conquista do quarto campeonato consecutivo.
Numa temporada em que o FC Porto esteve sujeito a forte pressão, Sérgio Conceição viveu, igualmente, momentos de alguma tensão, envolvendo-se até nas opções técnicas. Em Leiria, num jogo respeitante à Taça de Portugal, Sérgio Conceição questionou as escolhas de António Oliveira, que o deixou de fora nesse jogo. “A continuar assim terei de falar com o presidente”, disse na altura. Dias depois, Sérgio Conceição retratou-se, desculpou-se junto do grupo de trabalho e o caso morreu aí.
No final da época, o Corunha apertou o cerco, mas Sérgio Conceição disse não, manifestando-se contra os empresários que circulam no futebol. “Quero o Tetra”, justificou. A partir desse momento, embalou para jogos inesquecíveis, marcando belíssimos golos e protagonizando assistências mortíferas que Jardel foi aproveitando. Depois o convite da Lázio, os milhões, o Cálcio e a fama. Sérgio Conceição teve, em 1997/98, a sua época de ouro que confirmou no criterioso campeonato italiano e também ao serviço da Selecção Nacional. Poderoso, com um pique fantástico, excelente leitura de jogo e muito carácter na forma como se desdobra no apoio defensivo foram itens fundamentais que encantaram Eriksson. Sempre com o FC Porto no coração, Sérgio Conceição é (foi), sem favor, um dos mais distintos futebolistas que o futebol português gerou.
«OJOGO» - Edição especial FC PORTO PENTACAMPEÃO - 4 Junho de 1999
 

Kelvin87

Tribuna Presidencial
7 Maio 2007
22,355
873
GRANDE JOGADOR E GRANDE HOMEM, pagou neste país de hipocrisia pelo facto de ser frontal.
 
H

hast

Guest
5 Épocas – 5 Estrelas

MÁRIO JARDEL (1996/97)

Três épocas de sonho, mais de cem golos, alguns belíssimos, Bota de Ouro reservada, assim se escreve a história de Jardel enquanto avançado do FC Porto. Pinto da Costa perdeu a cabeça e contratou-o ao Grémio de Porto Alegre. Jardel chegou, cara de menino, tímido e reservado e o povo ficou com dúvidas. Mas Jardel começou a marcar muitos golos. Primeiro de cabeça, depois com qualquer dos pés, num estilo eficaz e inconfundível. Para desconhecido, pode-se dizer que fez uma primeira época mortífera, ajudando o FC Porto a ganhar o Tri. O seu nome começou a ser uma referência na difícil arte de marcar. Ficou e aprimorou o seu jogo. Voltou a marcar, apesar da dureza dos defesas prevenidos, porque o adversário não dorme. Aquele jogo em San Siro, lembram-se? Os golos ao Benfica, recordam-se? Jardel tem o dom divino dos golos. Bonitos ou “à Muller”, de lado ou com a canela, em voo picado ou num desvio subtil. E como salta Jardel! Foi Tetra e continuou, apesar de se falar muito na possibilidade de sair. Atravessou momentos difíceis de algum “frisson” com António Oliveira. E depois tinha a questão do ombro, que saía do sítio mas não o impedia de marcar golos.
E vieram os objectivos seguintes, cada dia mais ambiciosos. Recebeu a Bota de Ouro europeia que premeia o melhor marcador do velho continente. Vai continuar a marcar golos nas Antas, Barcelona, Madrid, São Paulo, Pequim ou Nairobi, porque Jardel é a personificação do golo. Mantém o ar de menino, o sorriso tímido. Aumentou a confiança, porque os golos são eternos. Onde quer que jogue no virar do milénio, Jardel terá sempre um ninho para escrever as memórias. Na Foz do Douro.
«OJOGO» - Edição especial FC PORTO PENTACAMPEÃO - 4 Junho de 1999
 

admin

Tribuna Presidencial
14 Julho 2006
38,239
13
Cascais, 1966
Estive no \"penta\". Foi o arranque dos encontros da mailing list do FC Porto, o primeiro grupo de discussão a sério de ciberdragões. Já lá vão 10 anitos.
 
H

hast

Guest
5 Épocas – 5 Estrelas

DOMINGOS PACIÊNCIA (1995/96)

Na primeira época que Bobby Robson levou nas Antas de fio a pavio descobriu, sensivelmente a meio da temporada, que tinha nas suas fileiras um rapaz franzino e habilidoso que sabia marcar golos. A custo, é verdade, lá o começou a pôr a jogar e a época de 1994/95 – 19 golos – marcou o renascimento do ponta de lança que tinha despontado em 1989/90 – 25 golos - pela mão de Artur Jorge, mas que depois tinha mantido uma carreira intermitente, alternando golos e boas exibições com alguns períodos no banco dos suplentes. Depois de perceber o que valia de Domingos, Bobby Robson não mais o largou da mão, obrigando-o, inclusivamente, a alinhar em jogos com o Sporting de Lamego ou o União de Lamas, ambos a contar para a Taça de Portugal. Porque sem Domingos a equipa não sabia marcar golos, ficava sem jeito, envergonhada, incapaz de desenvolver o seu futebol, que na altura era mesclado de força – no meio campo jogavam Emerson e Kulkov… - e arte, pois a dianteira estava entregue a homens com a arte de Edmilson e Drulovic. Para além de Domingos, claro, que aos 19 golos da primeira meia época que jogou com o treinador inglês respondeu com 25 na segunda.
A o rumar a Barcelona, Bobby Robson aconselhou ao colosso espanhol as contratações de Vítor Baía e Domingos, mas depois de deixar sair o guarda-redes o FC Porto não mostrou disponibilidade para ceder o avançado, que viria a vender no final da época seguinte, depois de uma campanha para esquecer, que começou com uma rotura dos ligamentos cruzados de um joelho. E antes tinha sido o Europeu de Inglaterra passado no banco, entrando às vezes, depois de ter sido o MVP do campeonato.
E se nas Antas ainda há muita gente com saudades de Domingos, as dele não serão menores em relação ao clube que o viu nascer.
«OJOGO» - Edição especial FC PORTO PENTACAMPEÃO - 4 Junho de 1999
 
H

hast

Guest
5 Épocas – 5 Estrelas

VÍTOR BAÍA 1994/95

Chegou à baliza do FC Porto com 18 anos e aos 19 já era titular. A partir daí cimentou uma carreira de sucesso, que conheceu um hiato de um ano já esquecido com o regresso às Antas. O primeiro título da série que conduziu ao PENTA teve em Vítor Baía a mais cintilante das estrelas Portistas. Tendo jogado a época inteira, sofreu apenas quinze golos. Um feito notável que ficou a dever-se, em grande parte, - como mais tarde viria a provar… - às qualidades do guarda-redes. E por qualidades não pode entender-se apenas os reflexos, a elasticidade ou as muitas e complicadas defesas que fez, mas também – se calhar principalmente… - a sua inegável capacidade de liderança. Basta atentar no que se passou na época que agora termina (1998/99): desde que regressou às Antas, em Janeiro, não teve que fazer nenhuma verdadeira “defesa à Vítor Baía” e em meio campeonato foi o mais utilizado e o menos batido dos guarda-redes Portistas.
Voltando ao contributo para o PENTA, Vítor Baía acabou por ser decisivo no PRIMEIRO título da série e importante no SEGUNDO e no QUINTO. Em 19995/96 foi suspenso depois de em Campo Maior responder a soco a uma cobarde agressão de foi vítima por parte de Pedro Morcela, dirigente do Campomaiorense. No final da época mudou-se para Barcelona e por lá ficou dois anos e meio, tendo regressado a tempo de relançar a sua carreira e oferecer ao FC Porto a solidez defensiva de que necessitava há… dois anos e meio. Foi o regresso do chefe da segurança, com vantagens para a equipa e companheiros de sector, principalmente os centrais, pois sempre que a bola se encaminha para a área Portista o entendimento entre os que defendem é perfeito, deixou de haver o vais lá tu ou vou lá eu. Aloísio recomeçou e acabou a época em grande, como se tivesse acabado de fazer 20 anos, e Jorge Costa terá feito a sua melhor época de sempre.
«OJOGO» - Edição especial FC PORTO PENTACAMPEÃO - 4 Junho de 1999
 
H

hast

Guest
SAD, MUDAR TUDO E FICAR NA MESMA

Recordem-se as palavras dos criadores e diga-se, hoje, que a FC Porto, Futebol, SAD consolidou um êxito anunciado. A polémica (que antecedeu e teve continuidade) da constituição de uma empresa, com interesses iminentemente comerciais, para gerir o futebol dos dragões, não acabou mas está demasiado esbatida para merecer atenção de facto. A realidade é quase uma cópia das previsões que Pinto da Costa fizera quando assumiu a presidência do Conselho de Administração, garantindo, então, que nada mudaria; quando muito ao rigor da gestão então já em vigor no clube poderia ser aperfeiçoado. De resto, em termos desportivos, nada, rigorosamente nada sofreria alteração…
Hoje, é fácil dizer que o presente é igual ao passado. A conquista do PENTA começou antes do advento da SAD e materializou-se já com o Conselho de administração instalado na Torre das Antas. A sede de vitórias é a mesma e os negócios, se diferem, são sobretudo produto dos tempos, nada garantindo que não fossem feitos noutras circunstâncias. Ou seja, as mudanças são visíveis, ao nível das estruturas e da própria gestão, mas, em termos desportivos, está tudo na mesma. E se é certo que, nos momentos piores, os adeptos gostam de apontar o dedo à Torre, para fazer acusações extravasando o desalento de quem não está habituado a perder, não o é menos que exactamente os mesmos adeptos vibram e festejam com o mesmo sentimento do passado os triunfos da equipa de futebol. E gritam FC Porto.
Obviamente!

NEGÓCIOS DE MILHÕES COM VÍTOR BAÍA NO VAIVÉM

Não é ainda tempo para quantificar, em números exactos, os negócios que o FC Porto efectuou com Vítor Baía, tendo por base a venda do passe ao Barcelona, em 1996/97, e o seu regresso às Antas, em Janeiro passado (1999). Por enquanto, o que se pode dizer é que os Portistas encaixaram cerca de 1,2 Milhões de contos (6 Milhões €), quando aceitaram a transferência do guarda-redes para Espanha e que beneficiaram do contributo, claramente decisivo, que Baía deu nesta época para a conquista do PENTA. Quanto ao resto, há que esperar.
O FC Porto conseguiu, agora, o passe por empréstimo, que durará até ao final da próxima temporada (1999/2000). Depois, os dois clubes, (FC Porto e Barcelona) e o atleta terão que decidir o que fazer, colocando-se três hipóteses: o regresso de V. Baía ao Barcelona; a compra do passe pelo FC Porto; a transferência para um terceiro clube. É cedo para conclusões…

GRANDES NEGÓCIOS DO PENTA

Compras
1996/97 – Jardel – Grémio – 800 mil contos (4 Milhões €)
1997/98 – Doriva – Atl. Mineiro – 600 mil contos (3 Milhões €)

Vendas
1996/97 – Vítor Baía – Barcelona – 1,2 Milhões de contos (6 Milhões €)
1996/97 – Emerson – Middlesbrough - 800 mil contos (4 Milhões €)
1997/98 – Edmilson – P.SaintGermain - 600 mil contos (3 Milhões €)
1997/98 – Domingos – Tenerife – 1,5 Milhões de contos (7,5 Milhões€)
1998/99 – Sérgio Conceição – Lázio – 1,8 milhões de contos (9 Milhões €)
1998/99 – Doriva – Sampdória – 1,4 Milhões de contos (7 milhões€)
«OJOGO» - Edição especial FC PORTO PENTACAMPEÃO - 4 Junho de 1999
 
H

hast

Guest
Quem foram os atletas (68!) jogadores que contribuíram para o PENTA

SILVINO
Tempo útil: 906’ - Jogos: 12 - Épocas: 95/96 e 96/97 - Golos sofridos: 6
Foi tricampeão aos 38 anos, porque sempre teve uma força interior impressionante. Quando fracturou a clavícula no estádio da Luz, na época 1995/96, deram-no como acabado. Silvino disse sempre que não.
Na época seguinte, começou por não ser inscrito, mas nunca fez contra vapor. Trabalhou e o seu nome voltou a constar no “dossier” de operacionais. Acabou a temporada a titular (fez 12 jogos). O seu nome também está ligado ao PENTA.

HILÁRIO
Tempo útil: 1997’ - Jogos: 21 - Épocas: 96/97 e 97/98 - Golos sofridos: 19
Foi um ícone na primeira época de António Oliveira (1996/97), para melhor, quando na estreia, no estádio de Alvalade, e para o pior, depois da derrota em Manchester. Voltou a jogar na temporada seguinte mas acabaria, no início desta temporada (1998/99), emprestado ao Estrela da Amadora, onde fez uma excelente época. Continua uma reserva para as balizas do FC Porto.

ERIKSSON
Tempo útil: 856’ - Jogos: 9 - Épocas: 95/96, 96/97 e 97/98 - Golos sofridos: 11
Em duas épocas de FC Porto jogou apenas 9 encontros em três campeonatos: 4 em 95/96 e 1 em 96/97 e 4 em 97/98.
Muito pouco para um guarda-redes que, durante épocas a fio, foi a sombra de Thomas Ravelli, na baliza da Suécia. Poucos jogos, mas um grande sentido profissional, até à saída, no final da temporada (97/98).

WOZNIAK
Tempo útil: 672’ - Jogos: 7 - Épocas: 96/97 - Golos sofridos: 2
Suceder a Vítor Baía acabou por se tornar um pesadelo e Wozniak, primeira aposta para a baliza no campeonato de 1996/97, nunca teve arcaboiço mental para resistir à pressão de substituir um ídolo que jogou, ininterruptamente, oito épocas no clube. Cedido ao Braga, acabou, igualmente, por não se impor, rescindindo com o FC Porto no final de 1997/98.

CÂNDIDO
Tempo útil: 105’ - Jogos: 2 - Épocas: 94/95 - Golos sofridos: 0
Na vitrina, em lugar de destaque, está a faixa de campeão de 1994/95, como suplente de Vítor Baía. Só fez um jogo, mas o seu nome integra o naipe dos campeões que contribuíram para o PENTA.

VÍTOR NÓVOA
Tempo útil: 198’ - Jogos: 3 - Épocas: 94/95 e 95/96 - Golos sofridos: 6
Bicampeão (1994/95, 1995/96), Vítor Nóvoa jogou, no entanto, muito pouco, porque esteve sempre (tal como todos os outros) tapado por V. Baía. Um jogo completo (1995/96 frente ao U. Leiria), dois incompletos, eis o trajecto de V. Nóvoa pelos seniores do FC Porto, depois de ter sido, anos a fio, titular das principais equipas do futebol juvenil dos Portistas.

JORGE SILVA
Tempo útil: 6’ - Jogos: 1 - Épocas: 96/97 - Golos sofridos: 1
Com uma passagem efémera pelos Portistas, foi campeão porque jogou 6 minutos. O FC Porto foi recrutá-lo (ao Rio Ave), a meio da época de 1995/96 devido a uma lesão de Silvino quando Vítor Baía estava castigado (“caso Morcela”).
 

fcporto56

Tribuna Presidencial
26 Julho 2006
7,173
0
Sacramento
Esse Candido chegou a ser uma grande promessa.A certa altura ao servico penso que do Boavista,partiu um braco,e nunca mais foi o mesmo.
 
H

hast

Guest
JOÃO Pinto
Tempo útil: 4610’ - Jogos: 56 - Épocas: 94/95, 95/96 e 96/97 - Golos: 0
Depois da conquista do TRI, viu o TETRA da bancada, pois já era treinador da equipa de juniores, mas o seu nome estará sempre associado à história do FC Porto, clube a que se encontra ligado há mais de vinte anos. Esteve sempre nos grandes momentos do futebol Portista: na final da Taça dos Campeões Europeus como capitão em Viena (1987), na vitória da Taça Intercontinental, em Tóquio, como titular (1988), e nos dois jogos da Supertaça Europeia (contra o Ajax, em 1988). O seu palmarés interno é igualmente impressionante: 9 campeonatos, Taças de Portugal e 6 Supertaças. É (era) o mais internacional jogador português. Mais de 400 jogos ao serviço do FC Porto.

BUTOROVIC
Tempo útil: 514’ - Jogos: 9 - Épocas: 96/97 e 97/98 - Golos: 0
O croata que o FC Porto foi contratar ao Hajduk Split, decorria a temporada de 1996/97, não estabilizou na equipa. Na época de estreia fez apenas 3 jogos e na seguinte assinou o livro de presenças por seis vezes. A sua velocidade e o seu remate – pormenores que revelou ao serviço do Split – não chegaram a ter confirmação ao serviço dos Dragões. Mudou-se para o Vitesse, da Holanda.

BANDEIRINHA
Tempo útil: 205’ - Jogos: 3 - Épocas: 94/95 e 95/96 - Golos: 0
Em duas épocas, jogou duas vezes em 1994/95 e foi suplente utilizado num jogo da temporada seguinte. O seu nome fica ligado ao clube, sobretudo, por feitos anteriores.

RUI ÓSCAR
Tempo útil: 22’ - Jogos: 1 - Épocas: 96/97 - Golos: 0
Integrou o plantel na época de 1996/97 e jogou apenas 22 minutos, frente ao Salgueiros.

NEVES
Tempo útil: 345’ - Jogos: 5 - Épocas: 97/98 - Golos: 0
Utilizado em cinco jogos em 1997/98, voltou a não conseguir impor-se no FC Porto. Tendo dado nas vistas na condição de emprestado – Belenenses e Marítimo – nunca conseguiu impor-se nas Antas, mudando-se, já no decorrer da presente temporada (97/98), para Chaves.

JOSÉ CARLOS
Tempo útil: 3253’ - Jogos: 36 - Épocas: 94/95 e 95/96 - Golos: 8
Fez em 1994/95, com Bobby Robson a treinador, a sua melhor época, participando em 28 jogos e marcando 8 golos. Jogador duro e com um remate muito forte, o central brasileiro transferiu-se, depois, para o Marítimo.

MATIAS
Tempo útil: 278’ - Jogos: 4 - Épocas: 95/96 - Golos: 0
Em 1995/96, com problemas no eixo central da defesa, os responsáveis Portistas encontraram em Matias, que jogava então no Leça, uma solução temporária. Fez 4 jogos - 3 como titular - , ligando assim o nome à conquista do histórico PENTA.

LULA

Tempo útil: 682’ - Jogos: 9 - Épocas: 96/97 e 97/98 - Golos: 0
A sua passagem pelo FC Porto não foi muito feliz. As lesões, quase todas de recuperação demorada, obstaram a uma presença mais regular na equipa. Na época de 1996/97 esteve presente em quatro jogos, e foi um dos que tiveram o privilégio de jogar e vencer o Milan, em San Siro. Em 1997/98, foi utilizado em quatro partidas, regressando ao Brasil no final da temporada.

GASPAR
Tempo útil: 981’ - Jogos: 9 - Épocas: 97/98 - Golos: 1
Um dos reforços da época de 1997/98, o ex-central do V. Setúbal participou em 8 jogos (marcou um golo, no Bessa) e bisou no triunfo (muito difícil) do FC Porto, na Maia, num jogo da Taça de Portugal. Não foi incluído nos planos de Fernando Santos, sendo emprestado ao Leça.

DIAZ
Tempo útil: 12’ - Jogos: 1 - Épocas: 96/97 - Golos: 0
Tal como muitos outros que estiveram a trabalhar nas Antas, nestes cinco campeonatos, o uruguaio não foi feliz. Levou a faixa para casa pela meia dúzia de minutos que esteve em campo no último jogo dos Portistas no campeonato do TRI (em Braga).

RUI JORGE
Tempo útil: 4306’ - Jogos: 54 - Épocas: 94/95 a 97/98 - Golos: 2
Era, há um ano (1998), um dos mais emblemáticos jogadores do FC Porto, clube que serviu 16 anos. Influente peça no balneário e na orgânica do grupo de trabalho, Rui Jorge, na temporada passada (1997/98), a da despedida do clube, não atingiu um nível consentâneo com o seu passado. Presente em apenas 6 jogos, não teve oportunidades suficientes para recuperar um lugar que foi seu durante épocas e mudou-se para o Sporting.

KENEDY
Tempo útil: 679’ - Jogos: 9 - Épocas: 97/98 - Golos: 0
Uma das surpresas do início de 1997/98. Poucos imaginariam a sua contratação atendendo à época regular que tinha feito ao serviço dos franceses do Paris Saint-Germain. A par do marroquino Chippo constituiu uma das novidades – sempre habituais nos mandatos de Pinto da Costa – na megafesta de apresentação do plantel aos sócios na noite de 2 de Agosto, de 1997. Depois de ter estado, até bem perto do final da época, na prateleira, Kenedy mostrou-se na ponta final, mas nem por isso deixou de estar incluído na lista das dispensas, demorando a encontrar um novo clube. Passou pela II Divisão espanhola (Albacete) e regressou a Portugal, a convite do Estrela da Amadora.