O Ricardo foi, na altura, muito criticado por ter numa entrevista revelado que para ficar no banco, preferia sair e ir jogar noutro lado. Foi apelidado de pouco ambicioso, entre outras coisas.
2 anos depois, já é mais fácil de compreender que foi a decisão correcta. O Porto contratava Maxi, que certamente não iria ficar no banco, auferindo o salário monstruoso que tem. Ficar 2 anos a aquecer o banco para ao fim desse período não dar garantias nenhumas ao treinador que o jogador estaria pronto para ser aposta? Muito bem fez o Ricardo, foi ambicioso, ao contrário do que diziam, e mostrou lá fora que está pronto para ser titular. Volta para o Porto não em condição de suplente mas como um dos laterais mais desejados da Europa.
Ao Maxi, agradeço o esforço e a raça que demonstrou. Não foi um dos apologistas da sua contratação, mas conseguiu fazer-me mudar de opinião. Mas seria um acto de ingerência pura agora não apostar em Ricardo. A saída de Maxi é inevitável por variadas razões: Salário, idade, qualidade em sentido decrescente. Ricardo é o futuro próximo, e somos privilegiados de ter ainda o Fernando e, especialmente o Dalot como alternativas. A lateral direita, bem gerida, está definida para a próxima década. Há que não destruir isso.