Gilvanildo12 disse:
É uma opinião tua. Tal como a minha opinião é que é mais díficil ganhar depois de uma época perfeita, principalmente porque tudo o que seja a menos já não vai agradar aos adeptos. O que se veio a constatar.
Ao contrário, ao fim de 4 anos, quaisquer resultados positivos começam a entusiasmar os adeptos, e foi aí que se formou o Mar Azul. E tal, como se desvaloriza o trabalho de uns, também muitas e variadas vezes é desvalorizado o trabalho do FJM nesse ano, que ajudou a colocar um travão (ainda que pequeno, mas colocou) nas roubalheiras de que havíamos sido alvos nos anos anteriores.
Portanto, concordamos em discordar.
O que se veio a constatar foi que a qualidade do futebol caiu vertiginosamente e que a mesma equipa que arrasava em Portugal e na Europa no ano anterior, era incapaz de ganhar um jogo a um adversário vindo do Chipre. Que houvesse um decréscimo, aceita-se, que se caísse do 10º andar para a cave, já é mais difícil de engolir por qualquer adepto. A base de que parte o VP é uma base ganhadora; a base de que parte o SC é completamente perdedora, ainda por cima sem nenhum reforço que pudesse dar um lastro novo àquele grupo. Achar o contrário é exótico, no mínimo.
Relembra-te se eram muitas ou poucas as pessoas que, no 1º ano do SC, achavam antes da época começar que íamos ser campeões. Pouquíssimas acreditavam. Eu acreditava piamente, mas era uma minoria clara. Agora vê quantas pessoas achavam no 1º ano do VP que íamos ser campeões. Resposta: uma imensa e gigantesca maioria. Fazer agora análises a posteriori é sempre muito mais fácil... e conveniente.
E eu não desvalorizo nada o trabalho do FJM. Acho que ajudou, mas não evitou que tivéssemos sido roubados no primeiro e no segundo ano do Sérgio, sobretudo no primeiro (paradoxalmente, fomos campeões aí). E roubados de uma maneira que não tem comparação com os dois anos do VP.
Gilvanildo12 disse:
Em segundo, o que referes é mentira.
Se não te recordas, eu ajudo. Em janeiro saíram Belluschi e Guarín, que andavam a fazer autênticos fretes por não terem sido vendidos no Verão, logo a seguir à conquista da Liga Europa.
Dois jogadores, por sinal, que tinham sido bastante importantes nas conquistas no ano anterior.
Para não falar de Álvaro Pereira, que também andava contrariado.
O que refiro é verdade e como é verdade não tenho problemas nenhuns em repetir e sustentar.
Aliás, o Belluschi andava contrariadíssimo. Tão contrariado que saiu, em janeiro, para o fabuloso Génova. De facto, o Génova mexe com a cabeça de qualquer jogador. E o Álvaro também andava desfocado, ainda assim o treinador pô-lo a titular quase a época inteira, talvez porque não houvesse suplente à altura. Ah espera aí, no banco estava o Alex Sandro (a realidade de plantel do Sérgio Conceição é parecida realmente). Já para não falar no Rolando, que só saiu do 11 depois da milionésima cagada, ao conseguir ser comido de cabeça, na área, pelo Melgarejo. E aí lá entrou um senhor chamado Mangala - mais um cepo pior do que o aqueles que o SC tem no banco.
Mas mesmo que eu pudesse aceitar (que não aceito, de todo) essa teoria, então o mesmo se poderia aplicar ao Sérgio Conceição. É ver o caso Marega no ano passado e o Danilo este ano. O problema é que quando temos paixões/ódios assolapados, tendemos a perder a razão e a coerência.
Gilvanildo12 disse:
Depois, portanto, por ter uma equipa que na época passada tinha ganho tudo, rotinada e com ideias assimiliadas, isso quer dizer então que nada do que foi feito, é digno de registo? O substituir um Falcao por um Kleber, devem ser peaners, como diz o outro.
Substituir o Falcao? Nunca é fácil, mas quando se tem o Hulk (melhor marcador do campeonato passado) no plantel fica mais fácil. E quando, alguns anos mais tarde, se tem o Marega (gosto dele, atenção, mas estamos a falar de divisões diferentes) como única referência no centro do ataque para um grupo de Champions (que, por sinal, se passa com 5 vitórias e 1 empate) até parece peaners, é verdade. E perder um titular quando o Sérgio, só este ano, perdeu 5 também são quase peaners.
Gilvanildo12 disse:
Esta constante bajulação a um treinador que não ganha, joga mal e ainda por cima é grosseiro, faz-me confusão, por contraste ao tratamento que levou um treinador que foi bicampeão, com 1 derrota, e que nunca se atirou aos adeptos, insultando-os.
Não ganhou taças? Não foi longe na Europa? Pois não, é verdade. Podia e devia ter feito mais, realmente.
Mas, no campeonato, fez o que lhe competia. Foi campeão. Duas vezes seguidas.
Depois o pessoal anda-se a babar com quem ganha um. Pudera, quando cá estiveram outros, eram corridos porque alguns "adeptos" não gostavam de ver um jogo controlado do início ao fim.
Realmente, é mais fixe não estar a contar ganhar um jogo, ou saber de antemão que se vai andar a sofrer no final de cada partida.
Bajular? Eu não bajulei ninguém. Pelo contrário. Eu critiquei várias vezes aqui o Sérgio Conceição, quando era altissimamente impopular fazê-lo. E continuo a criticar agora. Faço-o é muito menos vezes porque já há de sobra quem o critique por tudo e coisa nenhuma e, portanto, eu nessas situações não só não me costumo juntar ao coro como gosto de recordar que 1) foi um treinador que ganhou em condições dificílimas e de uma forma muitíssimo bem conseguida 2) não ganhou o ano passado porque foi escabrosamente roubado 3) muitos dos que agora o criticam foram os mesmos que, esses sim, o bajulavam com epítetos de "Deus", "milagreiro", etc. E confesso, o terceiro ponto dá-me um nojo particular, de tal modo que até posso passar por membro do clube de fãs do treinador, mas aceito o risco.
Se gosto do futebol do Sérgio? Já gostei muito. Na primeira época e em vários momentos da última temporada gostei bastante. Mas falar de falta de nota artística e, na mesma frase, referir o Vítor Pereira é anedótico. Com ele, tantos e tantos foram os jogos como os que tivemos em casa com o Aves e no Bessa: futebol pastoso e vitória tangencial, mas como os adversários são tão fracos, nem um remate conseguiram fazer à nossa baliza. Mas se isto com o Sérgio é objeto de crítica, com o mestre dos equilíbrios chama-se controlo... até chegarmos à Europa e cairmos com qualquer equipa mediana.
Gilvanildo12 disse:
Sim, tens razão. Estamos aqui para isso mesmo.
Em relação à dinâmica de vitórias, isso veio-se a confirmar na época a seguir à saída de VP... Achava-se que com qualquer meco no banco, se era campeão. Veio Paulo Fonseca, e foi o que foi. É certo que teve um plantel mais fraco, nada mais correto que isso. Mas também revelou não estar minimamente preparado para o FCPorto.
Depois, em relação aos plantéis... Como referes e bem, Danilo só veio a meio, Alex Sandro era uma promessa a adaptar-se. Otamendi era classe mundial, como se veio a confirmar.
Guarin, Belluschi e até o Souza saíram em janeiro. Ou seja, quando veio Lucho ficou basicamente Fernando-Moutinho-Lucho, com Defour a suplente.
O Cristian Rodriguez fez 17 jogos nessa época.
O Varela passou de 13 para 6 golos.
Hulk e James eram os abonos da família, mas saiu um jogador que tinha marcado 34+38 golos em 2 épocas. O que, quer se queira quer não, é a diferença entre fazer uma boa campanha europeia, ou não.
Depois, Suazo, Kikin e Reyes foram contratados nas épocas do Camacho e afins. O Cavalo Branco, nessa época, tinha Garay, Gaitán, Witsel, Matic, Enzo Perez, Aimar, Rodrigo, Saviola e outros que tais.
Nelson Semedo foi aposta com Rui Vitória, Cancelo foi aposta no Valencia e Bernardo Silva no Monaco.
Certo, concordo contigo que VP foi e continua a ser muito injustiçado por vários adeptos.
A principal diferença com SC é que, em duas épocas, VP ganhou dois campeonatos e duas supertaças. Podia e devia ter feito mais e melhor tanto nas taças, como nas competições europeias. Mas fez, sem dúvida, melhor que SC. E levou com 100x mais contestação.
Sim, sim, o cavalo branco, como tu lhe chamas, tinha uma super equipa. Então na segunda época do VP era uma dream-team. Tão boa, tão boa que andou a jogar com o Artur na baliza e com o Melgarejo a lateral, já para não falar de que teve de adaptar o Enzo a médio.
Varela passa de 13 para 6 golos... loool deve ter sido por acaso. E o Danilo e o Alex Sandro, ambos internacionais brasileiros e vencedores da Libertadores, precisavam de adaptação, os reforços do Jesus não. E o Lucho estava em pré-reforma, mas o Aimar transpirava saúde, tanto que até saiu para a Malásia. Viva a coerência.