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sirmister

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21 Março 2008
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Como se ser contra o aborto fosse um crime e um escândalo moral. Acho sempre muita piada as estas activistas do no meu corpo mando eu quando me lembro do que estas e outras disseram contra quem há poucos anos recusava injecções experimentais com o mesmo argumento.
Eu votei a favor do aborto no referendo, mas com plena consciência da contradição lógica e ética envolvida. Só pessoas muito ocas é que acham que o aborto se resume a uma questão de liberdade pessoal. E a coisa ainda se torna mais cómica quando a maioria dos defensores do aborto são contra a pena de morte ou execuções extra-judiciais. Enfim, a lógica não abunda neste mundo.
 

wolfheart

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30 Novembro 2015
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Bragança
Até entendo o ponto de vista, mas... do corpo e da vida da mulher só ela é que sabe. Ninguém anda a opinar sobre o que fazer ao corpo do homem, porque se haveria de fazer da mulher? (É retórico)

Um dia (se continuarem com as investigações por causa dos transgéneros), os homens poderão transplantar um útero, tornarem-se barriga de aluguer e passar pelo processo de uma gravidez (quiçá ser fecundados) e aí sim poderão ter um dizer sobre o assunto.

Até lá, a mulher é que decide sobre si, é soberana, não é propriedade de ninguém mas somente dela própria.
E quando o pai não quer, a mãe quer...as pensões de alimentos assim sendo ? Não consideras um pouco de double standard ?
 

Dragoness

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7 Junho 2017
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Porque alem da mulher há outra vida em jogo que estás a matar.. a opinião é sobre esse corpo.
Matas células que poderão a dar vida caso não ocorram mutações estranhas nas mitoses e outras coisas que tais, se não espontaneamente também pode abortar.

Imagino então que suportas a violação dos direitos de uma mulher por um embrião que será sempre um filho/a não querido pela mãe. Uma fonte de ressentimento e opressão na vida da mãe. Triste para a criança e para a mãe.

Espera pelo transplante e já vais poder "salvar" " a vida". Até lá manda em ti. E só em ti.
 

Tiagotg999

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19 Maio 2016
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Vila Das Aves
O aborto deve ser legal em casos de violação provada.

Estão a imaginar por exemplo, um cenário de um casal em que a mulher é violada e acaba por dar á luz um bebé fruto dessa mesma violação?

Acham que há alguma ligação emocional entre mãe e filho?

A mulher merece acordar todos os dias e olhar para o fruto de um crime?

E o homem, vai manter ou assumir um filho fruto de uma situação traumatizante?

O aborto deve ser regulamentado e fiscalizado para não ser usado por dá cá aquela palha.

A eutanásia entra no mesmo barco do aborto, deve igualmente ser legal, mas regulamentada.

Expressões como "vão abortar só porque sim" ou "vão matar os velhinhos quando a eutanásia for legal", é palha e propaganda de malucos.
 

bluemonday

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Matas células que poderão a dar vida caso não ocorram mutações estranhas nas mitoses e outras coisas que tais, se não espontaneamente também pode abortar.

Imagino então que suportas a violação dos direitos de uma mulher por um embrião que será sempre um filho/a não querido pela mãe. Uma fonte de ressentimento e opressão na vida da mãe. Triste para a criança e para a mãe.

Espera pelo transplante e já vais poder "salvar" " a vida". Até lá manda em ti. E só em ti.
Correto.

Eu volto a repetir o que já tinha dito:

O feto depende do corpo da mulher, usa o corpo da mulher, só tem viabilidade dentro do corpo da mulher e só sai do corpo da mulher. A mulher (e o homem também) tem o direito à autodeterminação do seu próprio corpo, isto é, decidir o que fazer com o seu corpo, quem usa o seu corpo, o que usa o seu corpo, etc.

Logo, este corolário à autodeterminação corporal não corresponde a um "eu decido o que o feto faz", mas sim a um "eu decido se o feto usa o meu corpo ou não".
 
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wolfheart

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30 Novembro 2015
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Que trigger.

AS OBRIGAÇÕES DE ALIMENTOS SÃO ESTABELECIDAS TENDO EM VISTA O INTERESSE DO FILHO E NÃO DA MÃE.
Só mencionas o direito. Mas todo o direito foi baseado na moral. Concordas que uma criança não pede para nascer (logo assegurar o bem estar), mas do outro lado concordas que pode não ter esse direito, o de nascer.
Eu conheço os argumentos todos, os pró e os contra. Mas não é tão linear como isso.
Se fosse não haveria a objeção de consciência mesmo perante os profissionais. E não são só os "religiosos".
A minha mulher sempre me puxou a mão para sentir os bebés a mexer... Mesmo eu que não sou crente, soube na hora que estava ali um ser senciente. Sabes o que é um ser senciente certo ? Podes escolher por conforto moral não quereres reconhecer isso...que um feto não é ainda um ser...mas é.
E acredito mesmo que deve custar muito a muita mulher fazer um aborto.
 
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Dragoness

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E quando o pai não quer, a mãe quer...as pensões de alimentos assim sendo ? Não consideras um pouco de double standard ?
São outros quinhentos mas nessa políticas existem muitos double standards e há mulheres que se aproveitam disso (e outras coisas). Tens razão.
 
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Cheue

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12 Maio 2016
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wolfheart

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Vergonhoso. Mas cuidado, com duas classes profissionais em Portugal... Médicos e Juízes.
Para tocar nesses não pode ser uma caça ás bruxas como a do Sócrates aos professores.
Estes têm verdadeiro poder. Professores havia a mais...eram dispensáveis naquela altura...
 
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bluemonday

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Só mencionas o direito. Mas todo o direito foi baseado na moral. Concordas que uma criança não pede para nascer (logo assegurar o bem estar), mas do outro lado concordas que pode não ter esse direito, o de nascer.
Eu conheço os argumentos todos, os pró e os contra. Mas não é tão linear como isso.
Se fosse não haveria a objeção de consciência mesmo perante os profissionais. E não são só os "religiosos".
A minha mulher sempre me puxou a mão para sentir os bebés a mexer... Mesmo eu que não sou crente, soube na hora que estava ali um ser senciente. Sabes o que é um ser senciente certo ? Podes escolher por conforto moral não quereres reconhecer isso...que um feto não é ainda um ser...mas é.
E acredito mesmo que deve custar muito a muita mulher fazer um aborto.
Primeiro de tudo, não venhas com essas tretas de experiências pessoais porque a conversa é objetiva e não exige a invocação desse tipo de circunstâncias.

Sei que na Internet há esta coisa do anonimato e não nos vemos cara a cara, mas há que ponderar se o nosso interlocutor passou ou não por certas situações.

Por mero acaso, até estás a falar de alguém que foi "prejudicado" com a questão da IVG. Quando tinha 22 anos, tinha uma namorada e ela engravidou. Recomendei que mantivesse o bebé, dei-lhe todas as garantias de que teríamos condições, ainda que jovens, para ter um filho, embora apoiasse qualquer decisão que tomasse. Ela decidiu abortar, tive de fazer terapia e acabamos por seguir caminhos diferentes. Passado uns tempos, entendi perfeitamente a razão pela qual o fez, mas não precisava de entender, era um direito dela.

Se tivesse na posição dela, não teria abortado, porque eu, caso tivesse a chance de enfrentar algo do género, não seria a favor do aborto exceto em caso de violação, de malformação do feto ou de risco de morte. O ponto, porém, é o seguinte: NUNCA enfrentarei uma situação dessas, portanto a minha opinião particular é irrelevante, posso no máximo recomendar e apoiar.

E não confundo o meu entender pessoal com o meu entender em geral, que é ser a favor da IVG até às 14 semanas.

Eu vou ser pai em breve, portanto sei perfeitamente o que é colocar a mão na barriga e sentir algo. Isso não é um argumento, é um apelo à emoção que deve ser completamente destruído numa discussão destas.

Baseado em direito? Queres algo mais moral do que uma obrigação de alimentos em favor do filho? Que o filho não tem culpa das querelas entre pais, que é a parte mais frágil entre os três e merece que os seus interesses sejam acautelados? Que raio de direito tem um pai ou uma mãe a não pagar a pensão de alimentos? O interesse é do filho, a criança precisa.
 

sirmister

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Matas células que poderão a dar vida caso não ocorram mutações estranhas nas mitoses e outras coisas que tais, se não espontaneamente também pode abortar.

Imagino então que suportas a violação dos direitos de uma mulher por um embrião que será sempre um filho/a não querido pela mãe. Uma fonte de ressentimento e opressão na vida da mãe. Triste para a criança e para a mãe.

Espera pelo transplante e já vais poder "salvar" " a vida". Até lá manda em ti. E só em ti.
Eu mando só em mim, simplesmente não sou pro aborto nem festejo o aborto como tu, eu votei a favor da despenalização no referendo... ao contrario de ti que nem sequer votaste.
 

Dragoness

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Eu mando só em mim, simplesmente não sou pro aborto nem festejo o aborto como tu, eu votei a favor da despenalização no referendo... ao contrario de ti que nem sequer votaste.
Já leste o Memorial do Convento? És tipo a Blimunda que vê coisas? É que não me conheces de lado nenhum para afirmar se fui votar, se isto ou aquilo.
Mas é sempre engraçado ler este tipo de coisas.
 

Dragoness

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7 Junho 2017
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Primeiro de tudo, não venhas com essas tretas de experiências pessoais porque a conversa é objetiva e não exige a invocação desse tipo de circunstâncias.

Sei que na Internet há esta coisa do anonimato e não nos vemos cara a cara, mas há que ponderar se o nosso interlocutor passou ou não por certas situações.

Por mero acaso, até estás a falar de alguém que foi "prejudicado" com a questão da IVG. Quando tinha 22 anos, tinha uma namorada e ela engravidou. Recomendei que mantivesse o bebé, dei-lhe todas as garantias de que teríamos condições, ainda que jovens, para ter um filho, embora apoiasse qualquer decisão que tomasse. Ela decidiu abortar, tive de fazer terapia e acabamos por seguir caminhos diferentes. Passado uns tempos, entendi perfeitamente a razão pela qual o fez, mas não precisava de entender, era um direito dela.

Se tivesse na posição dela, não teria abortado, porque eu, caso tivesse a chance de enfrentar algo do género, não seria a favor do aborto exceto em caso de violação, de malformação do feto ou de risco de morte. O ponto, porém, é o seguinte: NUNCA enfrentarei uma situação dessas, portanto a minha opinião particular é irrelevante, posso no máximo recomendar e apoiar.

E não confundo o meu entender pessoal com o meu entender em geral, que é ser a favor da IVG até às 14 semanas.

Eu vou ser pai em breve, portanto sei perfeitamente o que é colocar a mão na barriga e sentir algo. Isso não é um argumento, é um apelo à emoção que deve ser completamente destruído numa discussão destas.

Baseado em direito? Queres algo mais moral do que uma obrigação de alimentos em favor do filho? Que o filho não tem culpa das querelas entre pais, que é a parte mais frágil entre os três e merece que os seus interesses sejam acautelados? Que raio de direito tem um pai ou uma mãe a não pagar a pensão de alimentos? O interesse é do filho, a criança precisa.
Felicidades para vocês :). Pareces ser um grande homem, pois é uma atitude nobre a que tiveste.
 
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Manageiro de futból

Tribuna Presidencial
25 Julho 2007
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Esta discussão é fascinante, sobretudo porque tu argumentas com base no direito e eu argumento mais com base na filosofia e na biologia.
Mas confesso que tenho dificuldade em compreender como é que uma proibição se pode aplicar a uma entidade sem direitos. Que tipo de voltas mentais os juristas dão para chegar a essas conclusões? As alfaces não têm direitos, e portanto compreendo que seja perfeitamente legal matá-las (e inclusive comê-las!).
No caso de um feto, insisto na ideia de que não há nenhuma descontinuidade que justifique que até às dez semanas seja legítimo "interrompê-lo" e depois das dez semanas já não. Mas isto são apenas perplexidades que sempre tive em relação a este tema da IVG.
E agora tenho de ir fazer o jantar. Obrigado pela conversa.
Mas ha uma razão científica: até à oitava semana de gestação é considerado um embrião. Depois disso os rins começam a funcionar e o embrião começa a urinar (a maior parte da urina é apenas líquido amniótico). O cordão umbilical está completamente desenvolvido e os vasos sanguíneos passam através do cordão umbilical do embrião para as vilosidades placentárias. O estágio fetal tem início no final da 10ª semana.
 

wolfheart

Tribuna Presidencial
30 Novembro 2015
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Bragança
Primeiro de tudo, não venhas com essas tretas de experiências pessoais porque a conversa é objetiva e não exige a invocação desse tipo de circunstâncias.

Sei que na Internet há esta coisa do anonimato e não nos vemos cara a cara, mas há que ponderar se o nosso interlocutor passou ou não por certas situações.

Por mero acaso, até estás a falar de alguém que foi "prejudicado" com a questão da IVG. Quando tinha 22 anos, tinha uma namorada e ela engravidou. Recomendei que mantivesse o bebé, dei-lhe todas as garantias de que teríamos condições, ainda que jovens, para ter um filho, embora apoiasse qualquer decisão que tomasse. Ela decidiu abortar, tive de fazer terapia e acabamos por seguir caminhos diferentes. Passado uns tempos, entendi perfeitamente a razão pela qual o fez, mas não precisava de entender, era um direito dela.

Se tivesse na posição dela, não teria abortado, porque eu, caso tivesse a chance de enfrentar algo do género, não seria a favor do aborto exceto em caso de violação, de malformação do feto ou de risco de morte. O ponto, porém, é o seguinte: NUNCA enfrentarei uma situação dessas, portanto a minha opinião particular é irrelevante, posso no máximo recomendar e apoiar.

E não confundo o meu entender pessoal com o meu entender em geral, que é ser a favor da IVG até às 14 semanas.

Eu vou ser pai em breve, portanto sei perfeitamente o que é colocar a mão na barriga e sentir algo. Isso não é um argumento, é um apelo à emoção que deve ser completamente destruído numa discussão destas.

Baseado em direito? Queres algo mais moral do que uma obrigação de alimentos em favor do filho? Que o filho não tem culpa das querelas entre pais, que é a parte mais frágil entre os três e merece que os seus interesses sejam acautelados? Que raio de direito tem um pai ou uma mãe a não pagar a pensão de alimentos? O interesse é do filho, a criança precisa.
As experiências pessoais fazem parte do conhecimento que vais adquirindo ao longo da vida. Tu próprio mencionaste um episódio teu. E bem.
O aborto vai ser sempre uma questão "de escolha pessoal" . Não sou fã, excepto nas situações que já mencionei acima.
Mas não quero impor Leis nesse assunto.
Imaginas que o Estado tem investido muito, no planeamento familiar, na contracepção, na do dia seguinte e tudo. Na educação nas escolas sobre o tema.
Não pode ser em vão. O aborto como mero instrumento de contracepção ... Eu não concordo. Mas cada um é que sabe
 

bluemonday

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As experiências pessoais fazem parte do conhecimento que vais adquirindo ao longo da vida. Tu próprio mencionaste um episódio teu. E bem.
O aborto vai ser sempre uma questão "de escolha pessoal" . Não sou fã, excepto nas situações que já mencionei acima.
Mas não quero impor Leis nesse assunto.
Imaginas que o Estado tem investido muito, no planeamento familiar, na contracepção, na do dia seguinte e tudo. Na educação nas escolas sobre o tema.
Não pode ser em vão. O aborto como mero instrumento de contracepção ... Eu não concordo. Mas cada um é que sabe
Mencionei um episódio pessoal porque fizeste questão de levar a coisa para aí.

Essa questão do aborto como instrumento de contracepção...é mesmo não saber o quanto custa um aborto a uma mulher, e não falo só da parte psicológica.

É um mito essa coisa das mulheres com abortos a rodos. São casos absolutamente excepcionais, é uma experiência traumatizante em todos os sentidos.

Além disso, o Direito (que é o que acaba por relevar) não atende às motivações de cada um quando o sujeito exerce o seu direito. Era o que faltava.
 

sirmister

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21 Março 2008
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Correto.

Eu volto a repetir o que já tinha dito:

O feto depende do corpo da mulher, usa o corpo da mulher, só tem viabilidade dentro do corpo da mulher e só sai do corpo da mulher. A mulher (e o homem também) tem o direito à autodeterminação do seu próprio corpo, isto é, decidir o que fazer com o seu corpo, quem usa o seu corpo, o que usa o seu corpo, etc.

Logo, este corolário à autodeterminação corporal não corresponde a um "eu decido o que o feto faz", mas sim a um "eu decido se o feto usa o meu corpo ou não".
Então o que estas a dizer é que o aborto devia ser até ao segundo antes do parto?...
 

bluemonday

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Então o que estas a dizer é que o aborto devia ser até ao segundo antes do parto?...
Não deturpes o que estou a dizer. Todos os direitos têm limites, e têm de ceder face a outros direitos ou normas. Não há direitos absolutos.

Por isso é que existe um limite de semanas - e bem. A determinação desse limite é multidisciplinar e, ao contrário do que muitos pensam, não é só uma questão filosófica ou moral.
 

Dagerman

Tribuna Presidencial
1 Abril 2015
5,952
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Correto.

Eu volto a repetir o que já tinha dito:

O feto depende do corpo da mulher, usa o corpo da mulher, só tem viabilidade dentro do corpo da mulher e só sai do corpo da mulher. A mulher (e o homem também) tem o direito à autodeterminação do seu próprio corpo, isto é, decidir o que fazer com o seu corpo, quem usa o seu corpo, o que usa o seu corpo, etc.

Logo, este corolário à autodeterminação corporal não corresponde a um "eu decido o que o feto faz", mas sim a um "eu decido se o feto usa o meu corpo ou não".
Por acaso acho esse argumento pouco convincente do ponto de vista lógico. O recém-nascido também depende do corpo da mãe, e se ela o abandonar comete um crime. E não adiantaria nada à mãe alegar que o corpo é dela e ela é que decide quem usa o seu corpo. Mas claro que tu vais responder que o recém-nascido já é uma pessoa e portanto já tem direitos, que se sobrepõem nesse caso aos da mãe.
Eu acho estas distinções muito vagas e inconsistentes, mas isso é porque argumento com base na filosofia ao passo que tu, mais pragmático, te cinges ao direito.