Actualidade Nacional

sirmister

Tribuna Presidencial
21 Março 2008
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  • Março/22
  • Abril/19
Não deturpes o que estou a dizer. Todos os direitos têm limites, e têm de ceder face a outros direitos ou normas. Não há direitos absolutos.

Por isso é que existe um limite de semanas - e bem. A determinação desse limite é multidisciplinar e, ao contrário do que muitos pensam, não é só uma questão filosófica ou moral.
Eu não deturpei nada, dai perguntar se era o que estavas a dizer.

Se calhar então o que escreveste ficava melhor assim..

O feto depende do corpo da mulher, usa o corpo da mulher, só tem viabilidade dentro do corpo da mulher e só sai do corpo da mulher. A mulher (e o homem também) tem o direito à autodeterminação do seu próprio corpo até as 10 semanas, isto é, decidir o que fazer com o seu corpo, quem usa o seu corpo, o que usa o seu corpo, etc.
 

SafariNasCuecas

Tribuna Presidencial
9 Setembro 2022
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Será para impedir o crescimento dos fachos sobretudo lá para baixo? Como é que isso da "Regionalização" funcionaria? Era tipo uma região autónoma como a Madeira? E abrangeria por exemplo o Norte todo?
É que onde eu voto por exemplos os fachos ficaram em 3º nem aos 15% chegaram. No resto da zona Norte já não é bem assim. Mesmo no Porto por exemplo em Vila do Conde ou em Felgueiras o chunga ficou em 2º com quase 25%
 

bluemonday

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4 Maio 2024
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  • Reinaldo Teles
  • José Maria Pedroto
Por acaso acho esse argumento pouco convincente do ponto de vista lógico. O recém-nascido também depende do corpo da mãe, e se ela o abandonar comete um crime. E não adiantaria nada à mãe alegar que o corpo é dela e ela é que decide quem usa o seu corpo. Mas claro que tu vais responder que o recém-nascido já é uma pessoa e portanto já tem direitos, que se sobrepõem nesse caso aos da mãe.
Eu acho estas distinções muito vagas e inconsistentes, mas isso é porque argumento com base na filosofia ao passo que tu, mais pragmático, te cinges ao direito.
A dependência de que falo é quanto à viabilidade de vida, à sua sobrevivência. Um recém-nascido não precisa só da mãe para sobreviver hoje em dia.

E sim, um recém-nascido tem direitos, porque tem personalidade jurídica. O direito tem como base a filosofia, a ciência, a moral, a política, as estruturas económicas, etc., as normas, institutos e princípios são influenciados de múltiplas formas.

A personalidade jurídica existe porquanto se exige uma existência física, efetiva e estável, para reconhecer direitos e imputar obrigações.
 

Dagerman

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1 Abril 2015
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Mas ha uma razão científica: até à oitava semana de gestação é considerado um embrião. Depois disso os rins começam a funcionar e o embrião começa a urinar (a maior parte da urina é apenas líquido amniótico). O cordão umbilical está completamente desenvolvido e os vasos sanguíneos passam através do cordão umbilical do embrião para as vilosidades placentárias. O estágio fetal tem início no final da 10ª semana.
Compreendo isso, mas continuo a bater na mesma tecla: essencialmente, não há qualquer diferença entre a criatura às dez semanas ou às vinte semanas.
É a mesma pessoa, ou o mesmo ser vivo, num mesmo processo de evolução, durante o qual não há nenhuma descontinuidade nem nenhum salto qualitativo que justifique dizer que até às 10 semanas é legítimo e legal, mas às dez semanas e um dia já é crime. Parece-me tudo muito arbitrário.
Mas aceito que se ache que isto é apenas uma picuinhice filosófica.
 

bluemonday

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Eu não deturpei nada, dai perguntar se era o que estavas a dizer.

Se calhar então o que escreveste ficava melhor assim..
O direito à autodeterminação corporal é muito mais abrangente que a IVG. Tudo o que eu disse não se cinge ao aborto, que é um mero corolário, senão os homens não teriam direito à autodeterminação do próprio corpo.
 
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Dagerman

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sirmister

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O direito à autodeterminação corporal é muito mais abrangente que a IVG. Tudo o que eu disse não se cinge ao aborto, que é um mero corolário, senão os homens não teriam direito à autodeterminação do próprio corpo.
Mas o que se estava a falar era no aborto, e o post que citaste que me respondia era sobre isso... e o que afinal me parece que tu defendes é que a mulher não tem direito á autodeterminação corporal a partir das 10 semanas. É isso? ou continua errado?
 
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Cheue

‎ ‎ ‎ ‎
12 Maio 2016
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Não foi isso que quis dizer, se bem entendi o que disseste.

Eu sei que com a NUTS 2024, a Península de Setúbal e o Oeste e Vale do Tejo foram separados de Lisboa, tendo em vista o acesso a fundos europeus.
ridículo isso não ter sido feito mais cedo, anos antes.
 

bluemonday

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Mas o que se estava a falar era no aborto, e o post que citaste que me respondia era sobre isso... e o que afinal me parece que tu defendes é que a mulher não tem direito á autodeterminação corporal a partir das 10 semanas. É isso? ou continua errado?
Desculpa, mas estás a parecer um pouco aleatório. Primeiro perguntas se estou a defender o aborto até ao parto. Agora perguntas se sou contra a IVG a partir das 10 semanas.

Eu defini o que era o direito à autodeterminação corporal e depois concretizei a sua dimensão quanto à IVG. Sendo um direito, tem limites tal como todos os outros, e exige-se uma concordância prática com outros direitos ou normas.

Nunca discuti o número de semanas ideal, nem pretendo. Pessoalmente, sou a favor até às 12 / 14 semanas, mas eu não debati isso aqui. Discuti se deveria existir IVG ou não.

Ah, e o direito à autodeterminação corporal não é um direito ao aborto: a possibilidade de existir IVG resulta daquele direito...
 

sirmister

Tribuna Presidencial
21 Março 2008
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Desculpa, mas estás a parecer um pouco aleatório. Primeiro perguntas se estou a defender o aborto até ao parto. Agora perguntas se sou contra a IVG a partir das 10 semanas.

Eu defini o que era o direito à autodeterminação corporal e depois concretizei a sua dimensão quanto à IVG. Sendo um direito, tem limites tal como todos os outros, e exige-se uma concordância prática com outros direitos ou normas.

Nunca discuti o número de semanas ideal, nem pretendo. Pessoalmente, sou a favor até às 12 / 14 semanas, mas eu não debati isso aqui. Discuti se deveria existir IVG ou não.

Ah, e o direito à autodeterminação corporal não é um direito ao aborto: a possibilidade de existir IVG resulta daquele direito...

está aqui o que escreveste.

Correto.

Eu volto a repetir o que já tinha dito:

O feto depende do corpo da mulher, usa o corpo da mulher, só tem viabilidade dentro do corpo da mulher e só sai do corpo da mulher. A mulher (e o homem também) tem o direito à autodeterminação do seu próprio corpo, isto é, decidir o que fazer com o seu corpo, quem usa o seu corpo, o que usa o seu corpo, etc.

Logo, este corolário à autodeterminação corporal não corresponde a um "eu decido o que o feto faz", mas sim a um "eu decido se o feto usa o meu corpo ou não".
 

Manageiro de futból

Tribuna Presidencial
25 Julho 2007
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Compreendo isso, mas continuo a bater na mesma tecla: essencialmente, não há qualquer diferença entre a criatura às dez semanas ou às vinte semanas.
É a mesma pessoa, ou o mesmo ser vivo, num mesmo processo de evolução, durante o qual não há nenhuma descontinuidade nem nenhum salto qualitativo que justifique dizer que até às 10 semanas é legítimo e legal, mas às dez semanas e um dia já é crime. Parece-me tudo muito arbitrário.
Mas aceito que se ache que isto é apenas uma picuinhice filosófica.
Apesar da gestação ser um processo contínuo, há alguns marcos e a décima semana inicia a actividade neuronal e a passagem de embrião a feto. As dez semanas são sobre a data da última menstruação, btw. O que equivale a dizer que corresponde a uma data aproximada do início da gravidez, não é um valor rigoroso.
 

Ginjeet

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11 Março 2018
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Não foi isso que quis dizer, se bem entendi o que disseste.

Eu sei que com a NUTS 2024, a Península de Setúbal e o Oeste e Vale do Tejo foram separados de Lisboa, tendo em vista o acesso a fundos europeus.

No entanto, antes disso, era tudo junto, e tenho receio que voltem a agregar as 3. O meu ponto é: de onde surgiu a ideia de existir Lisboa e Vale do Tejo e porquê?

De resto, o argumento que utilizas também pode ser utilizado no Norte: qual a razão para não separar o resto da AMP? Não esquecendo que as novas NUTS ainda são sociologicamente e historicamente próximas de Lisboa, senão mesmo "Lisboa". Há um tratamento desfavorável dado ao norte.

É errado e injusto Bragança estar enquadrada com o Porto (para Bragança).
Quando é sobre este tema, "os mesmos do costume" tendem a ser a grande, má Lisboa. Se não era esse o teu alvo, encarei mal.

E concordo que devia ser feito o mesmo com o Porto. E só não foi feito, penso, porque o Norte continua a estar dentro dos critérios de elegibilidade, mesmo com a AMP incluída.
 
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bluemonday

Tribuna
4 Maio 2024
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Quando é sobre este tema, "os mesmos do costume" tendem a ser a grande, má Lisboa. Se não era esse o teu alvo, encarei mal.

E concordo que devia ser feito o mesmo com o Porto. E só não foi feito, penso, porque o Norte continua a estar dentro dos critérios de elegibilidade, mesmo com a AMP incluída.
Não vou esconder que acho mesmo que Lisboa é constantemente beneficiada em detrimento (e não raras vezes à custa) do país fora desta questão da regionalização, mas neste caso estava a falar do PS e do PSD.
 
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wolfheart

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30 Novembro 2015
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Bragança
A regionalização devia ter sido feita há 30 ou 40 anos atrás. Agora provavelmente, até seria desastrosa para as regiões que precisavam dela na altura. Teria sido o milagre necessário para salvar o despovoamento ... Agora é tarde.
Mas nunca vai ser feita. Se não se conseguiu mudar o Infarmed, um mero instituto, que é uma gota num oceano, de Lisboa para o Porto, achas e conseguias mudar Ministérios inteiros como um dia o Santana propôs ? O Santana propôs o Ministério da Economia ser no Porto, o da Agricultura em Santarém, o do Turismo em Faro ...ainda foi ridicularizado.
 

Manageiro de futból

Tribuna Presidencial
25 Julho 2007
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Meu caro, sabes lá tu as minhas tendências.

Porque é que não te preocupas com o genocídio dos Uighurs na China ? Porque o teu panfleto proíbe de falar em genocídios perpetrados pelos regimes comunistas que tanto gostas de lamber.

A vossa luta pelo Hamaz é motivada pelo ódio aos valores ocidentais, que Israel representa naquele território.
quais são os valores ocidentais que Israel representa naquele território? Matar crianças? Chacinar famílias inteiras? Bombardear hospitais e escolas? Destruir 70% do território de Gaza?Expulsar as pessoas das terras onde viviam há décadas? Impedir a entrada de ajuda humanitária? Assassinar médicos? Matar uma população inteira à sede e à fome? Ilucida-me, por favor.
 

sirmister

Tribuna Presidencial
21 Março 2008
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Isso não demora muito para acabar, é preciso aproveitar enquanto não morre.
 

Dagerman

Tribuna Presidencial
1 Abril 2015
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Sim, e o que ainda não entendeste?
Por acaso acho a pergunta do Sirmister bastante pertinente: porque é após as dez semanas a mulher perde de repente direito à autodeterminação sobre o seu corpo? Mas acho que não existe uma resposta lógica e satisfatória para esta pergunta, e portanto a conversa acaba por se tornar inútil.
 
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