blueaice disse:
Sinceramente acho que Pinto da Costa, cometeu apenas um erro.
Contrariamente ao que sempre afirmou, ou deu a entender, não preparou a sua sucessão.
No meu entender deveria-o ter feito, abdicando da presidência da SAD, continuando a ser o Presidente do clube, cargo que para a sua idade e saúde, seria bem mais saudável.
Acho que neste momento, e conforme está organizado o clube, muito dificilmente alguém de dentro da estrutura poderá sequer insinuar querer a presidência do clube. Ora, não sendo Pinto da Costa a dar esse passo, ninguém o trairá...
Mas nunca serão 3 ou 4 anos de crise que apagarão tudo de bom o que fez no clube...
Mas será que a responsabilidade de tratar da sucessão passa mesmo pelo actual Presidente? Faz sentido sequer pensar em sucessão, num clube em que o Presidente é eleito pelos sócios?
Eu acho que PdC fez muito bem em negar qualquer sugestão de quem gostaria de ver à frente do Porto depois de sair, os adeptos têm de se habituar a usar a sua própria cabeça e a analisarem bem os projectos de cada candidato antes de decidirem.
Instituiu-se, a meu ver, alguma "preguiça" junto dos adeptos do Porto no que à presidência diz respeito, "PdC está lá, não tenho que me preocupar", e, apesar disso fazer algum sentido, tendo em conta o historial de sucessos, não contemplou a possibilidade de se assistir a um declínio nas suas capacidades. Ninguém é eterno, em contraste com os seus triunfos.
"Ninguém jamais concorreria contra PdC". "Os SD abafariam qualquer hipótese de concorrência", frases repetidas até à exaustão quando a reeleição surge. Mas não são os sócios a votar? Se há críticas contra a direcção, criem-se alternativas. Façam listas com candidatos credíveis, deixem que a democracia funcione. Não esperem que eles se demitam quando continuam a ganhar as eleições enquanto lista única. Desde quando é que um novo candidato tem de ser um opositor ao anterior presidente? Pode muito bem ser alguém que complementa o trabalho e o evolui, trabalhando sobre as coisas que falharam.
Esta é, a meu ver, a principal mudança que tem de existir nos adeptos. Passar dos assobios à acção concreta.