Aí concordamos em absoluto.Como disse antes, é impensável entrarem cá pessoas sem se checkar o cadastro.
É o mínimo.
Não sou contra a imigração per si.
Trabalho com 2 inclusivé.
Mas a estrutura de fiscalização e apoio aos imigrantes é um desastre.
Se eu em alojamentos locais tenho de dar entrada ao registo de todos os hóspedes estrangeiros no AIMA, como é que temos T1's com 10/15/20 a viver lá dentro? Ou não estão legais e alguém está a encher os bolsos com isso, ou têm todos contratos de arrendamento para poderem estar no país legalmente e a AT falhou completamente na identificação de contratos múltiplos no mesmo imóvel. Qual é a coima para o proprietário ou qual é a responsabilidade assacada à AT quando são descobertos? Pois.
A resposta é a mesma. Existe um salário mínimo para alguma coisa. Existem inspetores da AT para alguma coisa. Se os contratos são legais, existem valores mínimos de remuneração e de condições de trabalho a serem respeitadas. Se...Faz falta é mais pessoas que digam claramente como estas a fazer que queres uma aposta numa industria que vive de gente mal paga que vem para cá viver na pobreza. Em lisboa e Porto nos próximos anos vão abrir 200 hotéis.
Isso é tudo espetacular, mas o SNS e o sistema de educação têm melhorado? estando tu sentado de cadeirinha qual é a tua previsão para o SNS e sistema de educação daqui a 5-10 anos?
Esses portugueses que imigraram há muitas décadas na grande maioria comprou casa em França, Luxemburgo, Suíça e Alemanha, e não são pobres lá. E os filhos deles safaram-se bem.
Vamos ver se o teu paralelo está correto, e se esse pessoal que vem para cá trabalhar para os trabalhos mal pagos que falas conseguem o mesmo.
Sobre a pressão infraestrutural e de serviços, é um paradoxo. A Europa construiu infraestruturas para uma dimensão populacional que já não tem. A imigração ajuda a manter o nível, porque senão estaríamos em grande défice, esses serviços seriam insustentáveis e essas infraestruturas estariam ao abandono. Num país com uma demografia saudável, quer-se que estejam a ser expandidos constantemente e deem resposta às necessidades.
O mesmo se passa com a questão económica. Se retirarmos os estrangeiros da equação, partes do país parariam. O PIB afundava-se, o que tem reflexo em vários indicadores, desde a dívida pública à sustentabilidade da Segurança Social, passando pela escassez de mão de obra em setores primários e com larga atividade produtiva. Como referi em cima, quero ver algum chegano que diz defender a agricultura e a indústria, admitir se quer ver uma economia mais forte ou se quer acabar com a imigração. Os dois são incompatíveis. A economia de qualquer país desenvolvido depende há muito de fluxos migratórios para resolver as suas deficiências.